quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Commodities Agrícolas

Risco no abastecimento Preocupações sobre o abastecimento mundial de açúcar voltaram a dar sustentação aos preços na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em maio terminaram o pregão de ontem cotados a 24,93 centavos de dólar por libra-peso, ganhos de 78 pontos. Segundo a Bloomberg, as exportações da Maharashtra - maior Estado produtor de açúcar refinado da Índia - caíram 29% entre 1º de outubro e 20 de novembro na comparação com o mesmo período do ano anterior. Além disso, seguem no mercado as preocupações sobre os efeitos da seca no Brasil. No mercado interno, os preços do açúcar voltaram a subir na terça-feira. O indicador Cepea/Esalq para o açúcar cristal ficou em R$ 74,89 por saca, com ganho de 0,36%.

Compras especulativas Os preços do café na bolsa de Nova York terminaram o pregão de ontem em alta, diante do movimento de compras especulativas do mercado após a queda registrada no início da semana. Os contratos com vencimento em março fecharam cotados a US$ 2,1055 por libra-peso, com ganho de 340 pontos. Segundo a Dow Jones Newswires, o mercado reverteu a tendência de queda observada no início das negociações, que foram influenciadas pelo bom andamento da safra do Vietnã, segundo maior produtor mundial e o primeiro na variedade robusta. Segundo analistas, a expectativa é de uma grande safra no país asiático. No mercado interno, o dia foi de queda. O indicador Cepea/Esalq para o café fechou a terça-feira valendo R$ 356,01 por saca, com queda de 0,06%.

Controle chinês A decisão do governo chinês de reduzir a disponibilidade de crédito para especulação no mercado de commodities agrícolas fez com que os preços do algodão fechassem em queda e atingissem o nível mais baixo em um mês na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em março terminaram o pregão de ontem cotados a US$ 1,1179 por libra-peso, queda de 600 pontos. Segundo a Bloomberg, a ideia é reduzir empréstimos do governo chinês em operações com commodities que possam inflacionar artificialmente os preços. A alta do dólar no mercado internacional também contribuiu para derrubar os preços do algodão. Em Rondonópolis (MT), a fibra foi cotada a R$ 90 por arroba, queda de 1,53%, segundo dados do Imea.

Clima na América do Sul Ameaças climáticas voltaram a influenciar negativamente o mercado de milho na bolsa de Chicago. Diante da possibilidade de perdas nas lavouras do Brasil e Argentina, os contratos com vencimento em março fecharam o pregão de ontem cotados a US$ 5,43 por bushel, em alta de 13,75 centavos de dólar. Segundo a Bloomberg, o tempo seco irá provocar um déficit hídrico nas áreas produtivas da América do Sul nas próximas semanas. Diante da previsão, alguns analistas já acreditam em redução na oferta da região. Além disso, o mercado também aproveitou para recomprar alguns contratos depois das seguidas quedas nos preços do cereal. No Paraná, a cotação média do milho ficou em R$ 20,34 por saca, alta de 0,35%, segundo o Deral.