Por Renato Martins
O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que os governos devem se preparar para uma "escassez crescente" de petróleo nos mercados globais e para picos agudos de preços nos próximos anos. Para o FMI, embora o efeito da escassez de petróleo possa ser apenas um "freio menor" para a expansão da economia global no médio e no longo prazo, "esses efeitos benignos no crescimento global não devem ser tomados como premissa, desde que a escassez, ou seus efeitos para o crescimento, poderão ser mais significativos".
Em um capítulo de seu relatório Perspectiva da Economia Mundial, divulgado nesta quinta-feira, o FMI diz que "na prática, será difícil fazer uma distinção clara entre mudanças inesperadas na escassez de petróleo e choques mais tradicionais e temporários, especialmente no curto prazo, quando muitos dos efeitos na economia global serão similares".
O relatório completo será divulgado na próxima semana, antes da reunião de primavera do FMI, na qual a alta dos preços das commodities deverá ser discutida. No capítulo revelado hoje, o Fundo exorta os governos a assegurarem que suas economias estejam preparadas para lidar com mudanças inesperadas na oferta e nos preços do petróleo - por exemplo, reduzindo os subsídios aos preços dos combustíveis, de modo a proteger a posição fiscal dos governos, mas também fortalecendo as "redes de segurança" para os mais pobres - e a encorajarem políticas que promovam fontes alternativas de energia.
O crescimento forte da demanda por petróleo nos países emergentes, combinado com as preocupações quanto a possíveis interrupções na oferta do petróleo produzido no Oriente Médio, levou os preços a subirem mais de 25% no ano passado.
Endossando a opinião de muitos analistas, para quem a produção global de petróleo vai atingir seu pico em breve, se é que já não começou a declinar, o relatório do FMI reconhece que a maturação de muitos campos de petróleo vai limitar a capacidade de alguns países produtores de elevar sua capacidade de produção.
Para o FMI, uma volta ao crescimento anual de 1,8% na produção global de petróleo, visto entre 1981 e 2005, "parece improvável". "As possibilidades variam entre uma redução maior na tendência de crescimento da oferta e uma redução propriamente dita na produção de petróleo, temporária ou mais permanente", diz o relatório.
As projeções do FMI são de que uma desaceleração de 1 ponto porcentual no crescimento da oferta global de petróleo, para 0,8% ao ano, reduziria o crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) global em menos de 0,25% no médio e no longo prazo. Ainda assim, a transferência de riqueza dos países importadores para os exportadores faria crescerem os fluxos de capital e ampliaria os desequilíbrios de conta corrente que já existem.
Os economistas do Fundo advertem, porém, para o potencial para "mudanças grandes e abruptas", tendo em vista os riscos geopolíticos associados ao mercado de petróleo. "Efeitos adversos poderão ser muito maiores, dependendo da extensão e da evolução da escassez de petróleo e da capacidade da economia mundial para lidar com uma escassez maior", diz o relatório. As informações são da Dow Jones.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que os governos devem se preparar para uma "escassez crescente" de petróleo nos mercados globais e para picos agudos de preços nos próximos anos. Para o FMI, embora o efeito da escassez de petróleo possa ser apenas um "freio menor" para a expansão da economia global no médio e no longo prazo, "esses efeitos benignos no crescimento global não devem ser tomados como premissa, desde que a escassez, ou seus efeitos para o crescimento, poderão ser mais significativos".
Em um capítulo de seu relatório Perspectiva da Economia Mundial, divulgado nesta quinta-feira, o FMI diz que "na prática, será difícil fazer uma distinção clara entre mudanças inesperadas na escassez de petróleo e choques mais tradicionais e temporários, especialmente no curto prazo, quando muitos dos efeitos na economia global serão similares".
O relatório completo será divulgado na próxima semana, antes da reunião de primavera do FMI, na qual a alta dos preços das commodities deverá ser discutida. No capítulo revelado hoje, o Fundo exorta os governos a assegurarem que suas economias estejam preparadas para lidar com mudanças inesperadas na oferta e nos preços do petróleo - por exemplo, reduzindo os subsídios aos preços dos combustíveis, de modo a proteger a posição fiscal dos governos, mas também fortalecendo as "redes de segurança" para os mais pobres - e a encorajarem políticas que promovam fontes alternativas de energia.
O crescimento forte da demanda por petróleo nos países emergentes, combinado com as preocupações quanto a possíveis interrupções na oferta do petróleo produzido no Oriente Médio, levou os preços a subirem mais de 25% no ano passado.
Endossando a opinião de muitos analistas, para quem a produção global de petróleo vai atingir seu pico em breve, se é que já não começou a declinar, o relatório do FMI reconhece que a maturação de muitos campos de petróleo vai limitar a capacidade de alguns países produtores de elevar sua capacidade de produção.
Para o FMI, uma volta ao crescimento anual de 1,8% na produção global de petróleo, visto entre 1981 e 2005, "parece improvável". "As possibilidades variam entre uma redução maior na tendência de crescimento da oferta e uma redução propriamente dita na produção de petróleo, temporária ou mais permanente", diz o relatório.
As projeções do FMI são de que uma desaceleração de 1 ponto porcentual no crescimento da oferta global de petróleo, para 0,8% ao ano, reduziria o crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) global em menos de 0,25% no médio e no longo prazo. Ainda assim, a transferência de riqueza dos países importadores para os exportadores faria crescerem os fluxos de capital e ampliaria os desequilíbrios de conta corrente que já existem.
Os economistas do Fundo advertem, porém, para o potencial para "mudanças grandes e abruptas", tendo em vista os riscos geopolíticos associados ao mercado de petróleo. "Efeitos adversos poderão ser muito maiores, dependendo da extensão e da evolução da escassez de petróleo e da capacidade da economia mundial para lidar com uma escassez maior", diz o relatório. As informações são da Dow Jones.