terça-feira, 8 de abril de 2008

BM&F e Bovespa iniciam 2008 com números abaixo das projeções, diz Bradesco

O banco Bradesco divulgou relatório nesta segunda-feira (7) em que inicia cobertura semanal dos volumes de negociação de contratos futuros e de ações no mercado brasileiro - principal termômetro para medir o desempenho das bolsas como empresas.

Nesta primeira avaliação, o banco afirma que o volume de contratos negociados na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) está muito abaixo do volume médio diário de 2,4 milhões que a instituição usou em suas estimativas para 2008. Ainda que os números não sejam satisfatórios, o volume médio diário até a última sexta-feira (4) foi de 1,75 milhões e apresentou crescimento de 5,7%, em relação ao mesmo período do ano passado.

O relatório alerta para os números abaixo do esperado, mas pondera que ainda é muito cedo para afirmar que as projeções serão afetadas e, assim, reitera sua recomendação de compra e o preço-alvo a R$ 23, upside de 35% em relação ao último fechamento.

Receita maior
Em relação à receita, o Bradesco prevê incremento, uma vez que a média de ganho por contrato está maior em conseqüência de um melhor mix de produtos - com maiores prazos de vencimento para contratos de juro e mais contratos de câmbio. O banco destaca que, segundo dados da BM&F, no primeiro trimestre de 2008, o valor médio dos emolumentos por contrato foi maior em 9,7%, na comparação com igual intervalo de 2007.

Volume na Bovespa
Quanto ao volume financeiro de ações negociadas na Bovespa, até o último dia 4, o crescimento de 64% em relação a 2007 foi robusto, alcançando R$ 5,585 milhões. Porém, o montante está baixo das estimativas do Bradesco, que são de R$ 6,5 bilhões para 2008, o que leva a equipe do banco a enfatizar: "nós ainda estamos do lado conservador em relação às projeções".

Potencial de crescimento
Apesar dos dados apresentados até o momento terem sido decepcionantes, o banco enumera os potenciais das bolsas brasileiras, que podem permitir um incremento maior nos volumes de negociação. No caso da Bovespa, a melhoria da performance no mercado de ações deve ser um fator de avanço. Já para a BM&F, a expectativa de crescimento no volume de contratos está em sua parceria com o CME Group, da Bolsa de Chicago, e na migração para o sistema eletrônico de negociação.