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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Apagão de talentos e a competitividade brasileira

Fábio Pereira Ribeiro

É comum a pergunta, por quê com tanta riqueza e potencial, o Brasil perde em competitividade para outros países? A resposta é um coletivo de problemas, tributos, infra-estrutura, educação, corrupção, insegurança, falta de planejamento e outras questões mais “cabeludas”. E quando comparamos com países do BRIC (Bloco Brasil, Rússia, Índia e China), além de Coréia do Sul e outros países asiáticos o cenário futuro é mais preocupante, na maioria das comparações perdemos pela falta de mão de obra qualificada (técnica), e com qualidade.

Nossas empresas hoje no Brasil ainda importam muita mão de obra, e praticamente em todos os setores de base, sem contar os setores tecnológicos. Hoje é categórico que vivemos literalmente um apagão de talentos, ou de mão de obra com técnica e qualidade, e muito disso tem um conjunto de culpados. Sejam por falta de políticas públicas, de forma histórica, pela deficiência histórica de nosso sistema educacional, e principalmente de base, a falta de atração no ensino, para muitos estudantes brasileiros a escola é “chata”, a falta de incentivos por parte da família nas questões escolares, a falha no ensino de matemática na base e com isso afugenta muitos brasileiros nos estudos de exatas, e na seqüência nas engenharias, e o principal a falta de investimento direto em formação técnica.

Os tributos têm um impacto violento contra nossa competitividade, mas hoje pela aceitação do Brasil no sistema internacional, pelo mercado potencial que temos, a falta de profissionais afeta mais diretamente as indústrias e principalmente a inovação nos produtos brasileiros, e na criação de valor agregado.

E o problema parece que ainda está crescente. Por exemplo, mais de 5 milhões de estudantes brasileiros no ensino médio estão fora de suas séries de equivalência e progressão, sem contar o crescimento na evasão escolar por dois grandes motivos, primeiros emprego e que a escola não é atrativa (por isso da necessidade de investimentos no ensino técnico). Com isso podemos esperar no futuro um problema maior. Empresas como Petrobras, Vale, Embraer e outras são obrigadas a buscar profissionais nas diversas áreas em países da Europa, Ásia e Estados Unidos. E a situação ainda é mais precária, pois em setores mais simples, como gastronomia e hotelaria, o cenário é trágico, pois não existem profissionais básicos e com alguma língua estrangeira, parece que para alguns brasileiros até o português é língua estrangeira.

Outro problema, muitas empresas estrangeiras deixam de investir no Brasil pelas questões fiscais e tributárias, mas um dos maiores problemas é falta de profissionais qualificados para atender suas demandas de produção. Por exemplo a produção do IPad no Brasil foi postergada por motivos de falta de engenheiros. A Petrobras em seu último concurso não conseguiu atender as suas demandas por engenheiros e administradores, e por aí vai.

Educação e formação técnica com qualidade é a solução para o Brasil. Pode resolver diversos problemas sociais, aumentar nossa riqueza interna, e o melhor aumentar em pelo menos 30% a renda do brasileiro, pois quanto mais titulado ele está, mais riqueza ele gera.

Nossa competitividade terá um avanço desde que busquemos, e isso é um trabalho coletivo, governo, empresas e sociedade, formação e educação com qualidade, e que o brasileiro entenda que escola vai além de uma sala de aula, é um local de transformação de uma sociedade, de um país e principalmente para colocar o Brasil no lugar que ele merece, no topo!

sábado, 18 de junho de 2011

Reengenharia – o que é e como funciona


por Gustavo Periard, Blog SobreAdministração

A reengenharia é um sistema administrativo criado no início da década de 90 por Michael Hammer e James Champy. Ela é muito utilizada para manter as empresas competitivas no mercado, mantendo-as com foco no alcance de objetivos e metas, transformando seus processos e atividades de negócio, através do “rompimento” com costumes obsoletos. Suas primeiras aplicações foram realizadas em empresas dos Estados Unidos.

O que é a reengenharia?
Basicamente, o sistema administrativo denominado reengenharia pode ser definido como:

    “(…) um redesenho de processos, que envolve a readequação dos processos empresariais, estruturas organizacionais, sistemas de informação e valores da organização, objetivando uma guinada nos resultados dos negócios da organização”. - Stair e Reynolds (2002, p.39)

A utilização desta ferramenta de gestão deve sempre primar por repensar e reinventar os procedimentos principais da organização, tais como: serviço prestado ao cliente, desenvolvimento de novos produtos, cultura organizacional, etc.. Com o objetivo claro de aumentar a produtividade, através da redução de custos e do aumento do grau de satisfação do cliente.

Como utilizá-la?

Como dito anteriormente, a reengenharia questiona toda a forma de trabalhar de uma organização, gerando uma redefinição total de processos. Por este motivo, a sua utilização e implementação precisa passar primeiro por um processo de definição de estratégia e recolhimento de informações sobre necessidades e expectativas dos stakeholders, a fim de mapear os processos que requerem melhorias. Feito isso, os gestores poderão vislumbrar quais são os pontos que devem ser otimizados e os que serão descartados, caso não tenham valor real para a organização.

De forma simples e objetiva, a metodologia de implementação de processos de reengenharia pode-se estruturar em quatro fases, são elas:

  •     Preparação: Listar todos os processos da organização, selecionar aqueles que serão redefinidos e viabilizar os recursos necessários para esta atividade;
  •     Planejamento: Garantir os recursos necessários: tempo, dinheiro e pessoas; estruturar as equipes de trabalho e distribuir as tarefas entre seus membros;
  •     Implementação: Analisar os processos selecionados (responsável, envolvidos, pontos fracos e pontos fortes), reinventar o processo, avaliar o impacto das mudanças e implementá-lo;
  •     Avaliação: Medir e comunicar os resultados obtidos, controlar o processo como um todo e gerir o impacto das alterações efetuadas em outros processos.

Segundo José Carlos Rodrigues Junior afirma em seu artigo, a reengenharia introduz mudanças significativas em três níveis gerenciais da organização, são eles: operacional, de gestão de processos e de gestão de negócios. Veja abaixo cada um deles detalhadamente:

    Operacional – as pessoas passam a trabalhar em equipes multifuncionais e as relações hierárquicas, que geralmente criam conflitos são eliminadas. O excesso de hierarquias, com grande diluição de responsabilidade, torna o processo decisório lento e burocratizado;
    Gestão de processos – neste nível, ocorrem as maiores mudanças no que tange a aplicação das inovações tecnológicas. Os processos são todos integrados e informatizados;
    Gestão de negócios – neste nível ocorrem as maiores mudanças na empresa. Rompem-se as barreiras com clientes e fornecedores, e todos integrados, repensam os negócios, e até criam novos negócios e produtos.

Já as melhorias obtidas pela utilização desta ferramenta podem ser observadas em três níveis gerais: redução de custos, redução de tempo das atividades e melhoria da qualidade dos serviços prestados. Isto se deve, principalmente, ao aumento da eficiência nos processos e atividades do negócio.
Críticas à reengenharia

As mudanças geradas pelo processo de reengenharia criam resistências por parte dos colaboradores que já estão acostumados a trabalhar de uma determinada forma. Isto gera uma grande dificuldade para a organização, que precisa driblar esta resistência e fazer com que seus colaboradores entendam os reais benefícios deste novo sistema.

Outra crítica à reengenharia é a sua possível relação com os processos de downsizing, que visam a uma reestruturação interna da empresa através, basicamente, da redução do número de colaboradores nas organizações. Isto gera muita insegurança por parte dos trabalhadores e um olhar de desconfiança por parte dos críticos de plantão.

terça-feira, 31 de maio de 2011

O profissional certo na empresa certa

Por Marcos Morita, administradores.com.br


Trabalhar fora resume-se a uma perversa equação: tempo pessoal = longas horas passadas no escritório + trânsito caótico das grandes metrópoles. O resultado traz um saldo preocupante. Somente três a quatro horas diárias, nas quais precisamos ainda: cuidar de nossa família, amigos, atualização profissional, compras de emergência, saúde, alimentação, últimos e-mails do dia e ufa, já ia me esquecendo, de nós mesmos.



Em minha carreira como executivo pude conviver com os mais variados tipos de profissionais, os quais, creio, conseguiria categorizá-los em quatro grandes grupos. Vale salientar que uma pessoa poderá possuir uma combinação de uma ou mais características, porém sempre haverá uma que se sobressairá perante as demais. Identificar-se é o primeiro passo antes de encontrar a empresa perfeita para se trabalhar.



Empreendedor: personalidade forte e centralizadora atua com base na intuição e experiência acumulada. Sente-se motivado com novos projetos, investindo energia para que possam ser concluídos. Não obstante, desafiam e questionam as regras e os procedimentos, caso sinta que possam atrapalhar a consecução de seus objetivos.



Carreirista: ambicioso, analisa suas ações com base nas repercussões que possam ter em sua carreira. Gosta do jogo de poder e política existente nas empresas. Em geral articula-se muito bem entre as pessoas e departamentos. Estratégico, visualiza seu progresso com base em cargos e aumento de poder, estipulando metas e objetivos para seu cumprimento.



Autônomo: trabalha muito bem sozinho, solicitando pouca orientação sobre como fazer as atividades. Tem por hábito entregá-las dentro do prazo solicitado, seguindo um padrão de qualidade. Perfeccionista, gosta de fazer as coisas do seu modo, não aceitando muito bem as críticas. Pode se sentir desconfortável quando exposto ao grupo.



Processual: metódico e organizado, prefere seguir regras, convenções e procedimentos na realização de suas tarefas. Costuma ser um especialista competente em sua área de atuação, fruto de sua dedicação e estudo sobre o tema. Sente-se pouco a vontade em ambientes incertos ou em constante modificação.



Creio que tenha conseguido se encaixar em um dos grupos. Chegou então a hora de encontrar a empresa mais adequada ao seu perfil, o que aumentará suas chances de sobrevivência e sucesso no mundo corporativo. Para ajudá-lo, utilizarei a teoria do consultor de negócios Ichak Adizes, o qual desenvolveu um interessante estudo sobre o ciclo de vida das organizações, classificando-as em seis principais grupos:



Desbravamento: uma idéia, um plano de negócios e um empreendedor. Sobram vontade e aventura, nesta fase caracterizada pelo alto risco de morte prematura. Vale salientar que Steve Jobs, Bill Gates, Mike Zuckeberg e seus sócios hoje milionários, começaram seus negócios na garagem.



Faz-faz: com as primeiras vendas, chegam os primeiros funcionários. Sem estrutura organizacional, cargos, salários, políticas e procedimentos definidos, é necessária muita improvisação e jogo de cintura para que os clientes e prazos possam ser atendidos. Por outro lado, sobra autonomia e poder de decisão.



Adolescência: a empresa começa a se profissionalizar. Departamentos, cargos e funções são criados. A figura do empreendedor começa a se dissipar na nova estrutura organizacional. É uma época propícia para se criar procedimentos, processos e normas, as quais serão implantadas na empresa em crescimento.



Plenitude: é a fase em que toda empresa quer chegar. Com fundamentos sólidos e princípios éticos, desenha o futuro a partir do presente. Com cargos e departamentos definidos, oferece segurança e bons benefícios. Há espaço para praticamente todos os tipos de profissionais, apesar da limitação da autonomia em alguns casos.



Aristocracia: a empresa e seus funcionários adotam uma postura arrogante frente ao mercado e aos clientes, resultado de um passado de glórias. Os procedimentos e padrões se espalham pela empresa, assim como os feudos para defendê-los. Demissões injustificadas são frequentes nesta fase.



Fossilização: é o próximo passo da empresa aristocrática, caso nada seja feito na etapa anterior. Torna-se engessada e lenta, buscando o sucesso do passado através de fusões e aquisições. Não raro, seus produtos e serviços tornam-se obsoletos. Pode ser uma grande oportunidade aos que possuem perfil empreendedor.



Importante mencionar que o mercado no qual a empresa se insere terá grande influência sobre o ciclo de vida e a duração de suas etapas, uma vez que há ambientes super ágeis e competitivos, enquanto outros são mais lentos e tradicionais. De qualquer maneira, eleger um local que se adéque ao seu perfil fará toda a diferença, não apenas no seu desempenho profissional, mas também em sua qualidade de vida. Pense nisso antes de aceitar uma nova proposta de emprego. Afinal, ninguém quer tornar sua equação ainda mais perversa.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Os 10 países em que as pessoas mais trabalham por dia

Na primeira colocação do ranking está o México, com a média de 9.54 horas trabalhadas por dia

Infomoney

Um levantamento realizado pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e divulgado pelo portal de notícias CNBC revelou os 10 países em que os profissionais trabalham mais horas por dia. O estudo considerou o tempo gasto com o trabalho remunerado e não remunerado, como trabalhar em casa ou ser voluntário.

Na primeira colocação do ranking está o México, com a média de 9.54 horas trabalhadas por dia. A pesquisa ressalta que os profissionais mexicanos tem o segundo mais alto nível de renda e maior nível de pobreza entre os países da OCDE.

Na segunda posição, encontra-se o Japão, com a média diária de 9 horas. Segundo dados, a presença do país não é surpresa no relatório, já que é comum que os japoneses trabalhem após o seu expediente para promoções.

Em seguida aparece Portugal, cuja a média diária é de 8.48 horas. Os homens portugueses fazem quase duas horas de trabalho não remunerado a mais na comparação com outros países, como Japão e Coreia, em que a média do trabalho não remunerado é de uma hora.

Ranking completo

Completam a lista a Estônia, Áustria, China, Nova Zelândia, Estados Unidos e Eslovênia. Confira a média de horas trabalhadas por dia de cada país:

Países em que os profissionais mais trabalham:


Países em que os profissionais mais trabalham
Colocação
País
Horas/dia

México
9.54

Japão
9

Portugal
8.48

Canadá
8.37

Estônia
8.36

Áustria
8.29

China
8.24

Nova Zelândia
8.18

EUA
8.16
10º
Eslovênia
8.15
Fonte: OCDE

quinta-feira, 19 de maio de 2011

As 10 profissões com maior escassez de qualificação

Pesquisa aponta que demanda do mercado é maior do que o número de profissionais qualificados como técnicos e engenheiros

Amanda Luz, de Exame

Faltam técnicos e engenheiros qualificados em todo o mundo

São Paulo - Técnicos e engenheiros são as profissões com maior escassez de profissionais capacitados em comparação com a necessidade do mercado no Brasil, segundo pesquisa da ManPowerGroup divulgada nesta quinta-feira (19).


O estudo aponta que um em cada três empregadores do mundo se deparam com diversos problemas na busca por talentos que ocupem os postos em aberto. No Brasil, a falta de profissionais qualificados foi citada mais da metade (57%) dos 876 entrevistados.

Os cargos com maior escassez de talentos de acordo com a pesquisa, são: técnicos em produção, operações, engenharia e manutenção, seguidos por engenheiros e motoristas. Em 2010, as profissões de perfil técnico também eram as de maior incompatibilidade entre a qualificação disponível e o perfil demandado.

A escassez de técnicos não está restrita ao mercado de trabalho brasileiro. A pesquisa da Manpower Group em 39 países e 40 mil empregadores mostra que as profissões de perfil técnico são as com maior falta de profissionais qualificados no mundo, em uma tendência acompanhada há quatro anos.

As profissões com menor número de talentos no mundo são: técnicos, representantes comerciais, produtores artesanais, engenheiros, contadores e profissionais de finanças, gerentes e executivos, assistentes admnistrativos, técnicos de TI, técnicos de operações e motoristas.


  Profissões com escassez de talentos
Técnicos
Engenheiros
Motoristas
Operários
Operadores de Produção
Representantes de vendas
Secretárias e Assistentes Administrativos
Trabalhadores de Ofício Manual
Mecânicos
10º Contadores e Profissionais de Finanças

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O desafio de encarar novos desafios

Você está pronto para mudar?

Por Simão Vieira, www.administradores.com.br

Fazer mais uma aposta e ter a chance de ganhar um milhão ou voltar para casa contente com os dez mil que ganhou? No mercado de trabalho, algumas propostas de mudança, às vezes, soam tentadoras como a grande chance numa mesa de jogo: arriscar muito por muito mais. Trocar de setor, mudar de cidade, assumir novas responsabilidades, tendo que aprender muita coisa e se reinventar. Você está pronto para encarar novos desafios?

No jogo, quem comanda é a sorte. No mundo profissional, a posição dos dados quem decide é o profissional. Nem todo mundo vê com bons olhos as possibilidades de mudança, mas quem vê precisa colocar em mente uma coisa: antes de fazer a aposta, ter certeza de que pode ganhar. Daí em diante, é só trabalhar, e trabalhar muito. "É necessário que a pessoa compre o desafio, se comprometa com ele e seja persistente para conseguir alcançá-lo. Além disso, deverá criar um planejamento, uma estratégia, um processo para que consiga alcançá-lo, e depois agir e fazer as correções que forem necessárias no trajeto", afirma Adriana Néglia, consultora da Career Center, empresa especializada em gestão estratégica de carreiras e recursos humanos.

 Quem vai e quem fica

De acordo com a consultora, para muitos profissionais, enfrentar o desafio já é a própria realização. Segundo ela, pessoas com esse perfil "fundamentam suas carreiras na percepção de que podem conquistar qualquer coisa. Para elas o sucesso é transpor obstáculos, vencer adversários e quando conquistam algo, correm atrás de outra coisa mais complexa".

Para quem tem uma postura mais conservadora com relação ao trabalho, encarar mudanças pode não ser muito positivo. "Isto não quer dizer que o profissional não se adapte, ele até poderá se adaptar, mas o tempo necessário para que isto ocorra será bem maior do que no caso de quem tem sede por mudanças", afirma Néglia.

Satisfação no trabalho

"Sem dúvida que é mais fácil fazermos o que gostamos e mais difícil gostarmos de tudo que fazemos. Mas onde está o trabalho/emprego que só tem atividades que gostamos?", questiona a consultora. Néglia levanta uma questão que, muitas vezes, pesa na hora de tomar uma decisão quanto a mudanças no âmbito profissional. Desenvolver métodos que permitam o melhor aproveitamento do dia no exercício de uma função é fundamental em qualquer lugar, seja na sala nova ou na antiga. "Cabe a nós encontrarmos uma forma mais leve de lidar com as atividades que não gostamos. Se possível, realizá-las logo no início do dia, quando estamos bem dispostos. Deixe as atividades que gosta para o meio e final do dia de trabalho e o conclua seu dia de forma bem mais prazerosa", aconselha Néglia.

Como administrar o estresse no trabalho?

 Hoje, existe uma crença de que o estresse nas empresas é um mal necessário para aumentar a produtividade e os lucros. Mas será que isso é verdade?

Por Fábio Bandeira de Mello, www.administradores.com.br

Virou moda dizer que o estresse pode colaborar em alguns momentos no trabalho, mas a realidade é que ‘estresse positivo’ não existe. As pessoas têm confundido estresse com desafio, mas são duas coisas completamente diferentes. O desafio no trabalho nos motiva a aprender novas habilidades e crescer e o estresse é uma reação do organismo a uma ou mais sobrecargas.

O estresse atinge homens e mulheres em todas as atividades e de diferentes classes sociais. Esta doença silenciosa pode ser a grande causadora da baixa produtividade no trabalho e de conflitos que prejudicam o profissional, o ambiente de trabalho e, por conseguinte, os resultados almejados pelas empresas.

Existem muitos sintomas relacionados ao estresse: cansaço, insônia, baixa resistência, dores de cabeça, dores musculares, depressão, entre outros. O médico canadense Hans Selye, criador da moderna conceituação de estresse, compara esse problema a uma relação entre o indivíduo e o meio. Trata-se, portanto, de uma agressão e reação do nosso próprio organismo.

Em entrevista ao Portal Administradores, o Dr. Gilberto Grellet, Gestor Médico da Torres Associados, explica porque esse mal atinge tanto o ambiente corporativo e quais as melhores formas de evitar esse problema.

ADMINISTRADORES: Como administrar o estresse em ambientes altamente competitivos?

R- A competitividade faz parte do dia-a-dia das empresas tanto de produtos como serviços. O ponto de partida para evitar esse problema, é entender que devemos dar pouca importância para situações como a sobreposição do ego em detrimento do grupo de maneira que cada um cumpra com as suas obrigações, sem enxergar que seu papel no processo é maior do que o de qualquer outro funcionário. Isso vai transformar ambientes estressantes em locais agradáveis e saudáveis de se trabalhar.

ADMINISTRADORES: Existe algum passo a passo, tipo exercício silencioso, que o profissional pode fazer no momento de estresse no trabalho?

R- O grande segredo é, além de estar bem consigo mesmo, focar naquele momento integralmente no seu trabalho, impedindo que outras preocupações (que muitas vezes são relevantes dentro de um contexto de vida) afetem o momento, para que as idéias fluam de forma eficaz e natural.

ADMINISTRADORES: Quais os benefícios da implantação de ginástica laboral nas empresas?

R- O grande benefício é além de demonstrar que a empresa se preocupa com a sua saúde de uma forma pessoalizada, o trabalhador tem a oportunidade de através de uma pausa forçada descansar do ponto de vista físico e mental

ADMINISTRADORES: E fora do trabalho. Quais as melhores atividades para fugir desta doença?

R- O grande segredo para fugir desta situação é procurar balancear o cansaço mental com o físico. De uma maneira geral, a maioria das atividades laborativas demanda o uso do intelecto em grande intensidade, sendo que a parte física, determinada por horas e horas sentado, encontra-se até certo ponto descansada. Uma atividade física, que seja acima de tudo prazerosa, restabelece o equilíbrio entre o cansaço mental e físico que certamente determinará horas de sono reparadoras.

ADMINISTRADORES: Qual o segredo para que as empresas diminuem o nível de estresse dos seus funcionários?

R- O grande segredo do sucesso da empresas é de uma forma otimizada e inteligente extrair o que o funcionário tem de melhor para oferecer em termos de eficácia no trabalho, sem que sua saúde seja comprometida, gerando assim um ganho que se reflete em produtividade e qualidade nos produtos e serviços. Quanto maior o número de funcionários estressados, maior o prejuízo para as empresas.

Não deixe que o estresse afete seu convívio familiar e profissional. O reconhecimento do stress é o primeiro passo para resolvê-lo.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Brasil: Um país em busca de gente para trabalhar

É assim o Brasil de hoje - recorde de emprego, briga por profissionais e risco de apagão de mão de obra. Para quem trabalha, o momento é ótimo. Para a economia, nem tanto

Alexa Salomão e Tatiana Gianini, da EXAME

Aos 20 anos, o gaúcho Jorge Menegassi ingressou como estagiário na subsidiária brasileira da Ernst & Young, uma das maiores empresas de auditoria e contabilidade do mundo. O ano era 1977 e ele estava decidido a cumprir o roteiro que sua geração acalentava: fazer carreira numa grande companhia.

Hoje, Menegassi é o presidente da Ernst & Young no Brasil. Por força das circunstâncias, uma de suas tarefas mais árduas é encontrar jovens com a mesma ambição que ele teve e estruturar uma equipe capaz de aproveitar o bom momento da economia. Por comandar uma prestadora de serviços, Menegassi precisa de muita gente — e gente bem qualificada.

A Ernst & Young, com um quadro total de 3 850 funcionários, tem atualmente 200 vagas em aberto. Dos 700 estagiários contratados no ano passado, 30% migraram para outras companhias poucos meses após a seleção. Eles estão na mira não apenas de concorrentes mas também das mais de 200 empresas que planejam abrir o capital no Brasil e precisam montar a área financeira com profissionais habilitados em contabilidade, economia e administração.

“Vivemos uma verdadeira guerra por profissionais, e essa situação só vai piorar”, diz Menegassi. “Vamos ter de aprender a conviver com essa nova rea­lidade. Lutar contra ela é inútil.” A cada ano, os executivos brasileiros da Ernst & Young sabem que terão de atrair e treinar em sua universidade corporativa cerca de 1 000 novos funcionários.

E sabem que, inevitavelmente, perderão grande parte deles. Esse tipo de situação é regra no Brasil de hoje. Gente é um dos principais gargalos do crescimento da economia e das empresas. O país tem hoje 92 milhões de pessoas empregadas, o maior contingente da história. Esse total representa mais de 90% da população em idade e condições de trabalhar.

Nas seis principais regiões metropolitanas, a taxa de desemprego atingiu 5,3% em dezembro, o nível mais baixo desde que a pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística começou a ser feita, em 2002 — na média do ano, a taxa de 6,7% também foi recorde. Trata-se de uma boa notícia, reflexo dos muitos avanços da economia brasileira nos últimos anos.

Mais emprego significa mais gente com renda e crédito para consumir e fazer a roda da economia girar. Recentemente, porém, o país começou a perceber que as boas notícias no mercado de trabalho também impõem desafios complexos. O primeiro deles é justamente o da escassez de gente preparada para preencher os novos postos que as empresas estão criando.

Segundo uma projeção feita por economistas do Itaú Unibanco a pedido de EXAME, caso o país mantenha até 2015 um crescimento médio de 4,6% ao ano, será preciso um adicional de 8 milhões de pessoas — o equivalente a toda a população da Áustria — educadas e qualificadas para assumir funções cada vez mais sofisticadas.

Por coincidência, o Brasil tem hoje cerca de 8 milhões de desempregados. A solução para a carência de profissionais certamente não virá desse grupo. Esses 8 milhões de brasileiros sem emprego foram colocados à margem do mercado por total falta de qualificação. São a herança maldita de um sistema educacional quase sempre inepto e ineficiente.

Quando um país não consegue suprir a demanda por mão de obra, a própria perspectiva de crescimento fica em xeque. O mecanismo funciona da seguinte maneira: o desemprego muito baixo dá poder aos trabalhadores para pedir aumento de salário. Salários maiores pressionam os custos das empresas, que reagem aumentando preços e gerando inflação.

O governo vê-se, então, diante da opção de esfriar a economia ou aceitar mais inflação — e o bom senso manda que a primeira opção seja a escolhida. Atualmente, os salários são um dos itens que mais pressionam a inflação. Os reajustes salariais dos empregados domésticos, um custo que faz parte da composição do IPCA, o índice oficial de inflação, ficam acima do próprio IPCA há cinco anos — o próprio governo contribuiu para isso ao dar aumentos reais expressivos ao salário mínimo.

Mesmo assim, os sindicatos de trabalhadores continuam obtendo reajustes acima da inflação. No ano passado, quase 90% das 700 negociações entre patrões e empregados resultaram em ganhos reais. Recentemente, cerca de 80 000 operários cruzaram os braços em obras do Programa de Aceleração do Crescimento exigindo aumento da remuneração.

Desde 1973, os custos de mão de obra não representavam uma fonte de pressão inflacionária no Brasil. “Corremos o risco de entrar numa espiral de aumentos de preços”, diz Aurélio Bicalho, economista do Itaú Unibanco. “Este é um ano decisivo para conter a inflação — e a única maneira de fazer isso é frear o crescimento.”

Em teoria, haveria uma alternativa melhor. Em qualquer economia, os salários podem subir de maneira sustentada se forem acompanhados pelo aumento da produtividade. A produtividade, uma medida do valor gerado anualmente pelo trabalhador, depende de diversos fatores: a aplicação de tecnologia, a gestão das operações, o nível de inovação e a formação educacional do trabalhador.

“Nenhum país consegue manter crescimento robusto e consistente se não investir na produtividade”, diz o economista Laurence Ball, professor da universidade americana Johns Hopkins e estudioso da relação entre produtividade e crescimento. As estatísticas evidenciam quanto o Brasil está defasado.

De 2000 a 2008, o índice de produtividade da Coreia do Sul cresceu, em média, 7,4% ao ano. O da China, 5,2%, o dos Estados Unidos, 4,6%, e o da Argentina, 3%. Enquanto isso, a produtividade brasileira evoluiu parco 0,9% por ano.

O passo é vagaroso em boa medida porque a educação nas nossas escolas perdeu qualidade, e isso faz com que a maioria dos recém-formados chegue ao mercado de trabalho com deficiências que nem sempre podem ser corrigidas com cursos de qualificação. Isso sem falar que as empresas estão absorvendo, por falta de opção, pessoas sem nenhuma base educacional.

“Não é fácil treinar”, diz José Márcio Camargo, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. “Você pode ensinar um pedreiro a colocar um tijolo sobre o outro, mas, se ele não souber ler, contar, medir e não conseguir conversar com o engenheiro, seu trabalho vai ser feito com muita lentidão e desperdício.”

Isso significa que um produto custa mais e leva mais tempo para ser concluído no Brasil. É o que está acontecendo no Estaleiro Atlântico Sul, instalado no porto de Suape, em Pernambuco. Desde sua criação, em 2005, o estaleiro corre para garantir a oferta de profissionais da indústria naval numa região sem tradição na atividade.

Nos últimos quatro meses, deflagrou uma operação de busca em sete estados para preencher 1 200 vagas com mão de obra qualificada. Foram avaliados 20 000 currículos. Muitos são de gente que nunca havia trabalhado numa indústria. Na linha de produção do Atlântico Sul trabalham ex-pescador, ex-representante comercial e até ex-doméstica.

O treinamento de pessoas da região foi visto como uma solução prática e um resgate social, festejado pelo governo. Mas é um processo sinuoso. O estaleiro precisa entregar 22 navios petroleiros, sete navios-sonda e um casco de plataforma até 2018. O primeiro petroleiro foi pré-lançado em maio do ano passado numa solenidade com a presença do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A entrega final deveria ter ocorrido em setembro, mas foi adiada para maio deste ano e protelada mais uma vez para o segundo semestre. Se o cronograma vingar, a entrega vai ocorrer três anos após o início da construção. Na Coreia do Sul e em Singapura, petroleiros são construí­dos em, no máximo, nove meses.

Parte do atraso é atribuída à falta de experiência da equipe. Em fevereiro, Ângelo Bellelis, presidente do estaleiro desde 2008, afirmou que o atraso fazia parte da “curva de aprendizagem” para construir esse tipo de embarcação pela primeira vez. Passados alguns dias, Bellelis pediu demissão alegando que iria assumir “novos desafios”. O fato é que suas declarações pegaram mal perante os clientes — entre eles a Petrobras —, que cobram resultados e mais agilidade.

A teoria econômica tem um nome para a nova dinâmica registrada no Brasil — pleno emprego. Trata-se do estágio em que a taxa de desemprego cai a níveis muito baixos e praticamente todas as pessoas qualificadas estão empregadas. Não existe um número que delimite exatamente quando isso ocorre.

Devido ao grande número de desempregados ainda existente, não há consenso entre os especialistas se, afinal, o Brasil estaria ou não no pleno emprego. Quem defende que sim leva em consideração as dificuldades para o preenchimento das vagas.

“Basta olhar o que está acontecendo: faltam babás, pedreiros, soldadores, técnicos, engenheiros, e a rotina das pessoas e das empresas já está sendo afetada pela escassez de gente”, diz Luiz Carlos Mendonça de Barros, sócio da Quest Investimentos. “Estamos vivendo o pleno emprego — com seus benefícios e problemas.”

O Brasil da classe C

A face positiva do pleno emprego ajudou a colocar o Brasil entre as economias emergentes mais atraentes do momento. A exuberância do mercado de trabalho contribuiu para a ascensão da classe C e a formação da nova classe média, a redução das desigualdades e o aumento do consumo, o que atrai empresas e investidores ao país.

A última vez que o emprego e a renda cresceram com tanta força foi na década de 70, durante o chamado milagre econômico. Para o economista Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas, apesar das semelhanças, o momento atual é muito mais representativo. “Agora há distribuição da renda, algo que não aconteceu nos anos 70”, diz Neri.

Desde 2003, a renda dos 20% mais pobres cresceu praticamente o dobro do que cresceu a dos 20% mais ricos. Esse ciclo foi uma espécie de redenção para pessoas como Juscilene dos Santos. Ela migrou do Piauí para São Paulo no começo da década de 90. Sem o ensino fundamental completo, ficou anos desempregada, vivendo de bicos.

Em 2005, aos 38 anos, encontrou a oportunidade para dar uma guinada. Conseguiu emprego com carteira assinada numa prestadora de serviços de limpeza e concluiu os estudos nos cursos gratuitos oferecidos pelo Seac, o sindicato das empresas do setor.

Juscilene fez a prova do Exame Nacional do Ensino Médio no ano passado, conseguiu uma bolsa de estudos, prestou vestibular e hoje, aos 41 anos de idade, está no primeiro semestre de gestão da segurança na Unip. O curso é de formação técnica, com dois anos de duração. “Ainda preciso do emprego na limpeza, mas a vida já melhorou”, diz Juscilene. “E vai melhorar ainda mais.”

Seu caso mostra que a carência de profissionais tem gerado novas oportunidades para o setor educacional. Com foco no mercado de trabalho, duração mais curta e grade curricular voltada para a prática, os cursos de tecnologia dispararam nos últimos anos.

O total de matrículas passou de menos de 70 000 em 2001 para mais de 680 000 em 2009 — e os cursos de tecnologia já respondem por 11% do total de matrículas na graduação. “Os tecnólogos têm uma formação tão qualificada quanto os bacharéis, apenas mais específica”, afirma Arthur Sperandéo de Macedo, vice-reitor das Faculdades Metropolitanas Unidas, de São Paulo.

Nos Estados Unidos, os cursos superiores de curta duração, chamados de associate degree, correspondem a uma parcela ainda maior dos alunos do ensino. Segundo o Departamento de Educação dos Estados Unidos, em 2008 os graduados em cursos de curta duração eram mais de 750 000, enquanto os cursos de graduação tradicionais formam 1,6 milhão de americanos.

Esforços de qualificação à parte, o fato é que a demanda por profissionais corre muito à frente da oferta. Isso pode ser visto nitidamente na construção, um dos setores mais aquecidos da economia. Há três anos a demanda por operários virou uma espécie de poço sem fundo, e as construtoras drenam trabalhadores também de outros setores.

Em São Paulo, há um buraco de 100 000 técnicos na área de prestação de serviços de TV por assinatura e outro de 20 000 nas empresas de limpeza porque muitos empregados conseguiram salários melhores na construção civil.

Numa situação de escassez generalizada, vale qualquer estratégia para fechar o quadro de trabalhadores. Uma das mais desesperadas é tirar o pessoal do concorrente em pleno andamento do projeto. Um emissário procura os trabalhadores e avisa que há uma empresa oferecendo mais para quem aceitar mudar de canteiro de obra.

No final do ano passado, um residencial com três torres de 27 andares na zona oeste de São Paulo, erguido pela PDG, a maior incorporadora do país, perdeu do dia para a noite mais de 100 operários para uma obra em Santos, a 70 quilômetros da capital. A dificuldade para repor os trabalhadores atrasou a conclusão dos apartamentos, que deveriam ter sido entregues até dezembro.

O setor estima que 70% das obras estão atrasadas por falta de gente. Em Caxias do Sul, maior cidade do polo metal-mecânico gaúcho, a fabricante de carrocerias Randon deixou de exigir experiência dos candidatos e partiu para uma forma inusitada de recrutamento.

Com 100 vagas em aberto, a empresa colocou um carro de som circulando na periferia de Caxias e em cidades vizinhas oferecendo treinamento, emprego com carteira assinada e benefícios a quem queira aprender um novo ofício.

“No mundo normal, você anuncia uma vaga e escolhe os candidatos”, diz Luiz Antonio Oselame, diretor executivo da Randon. “No mundo do pleno emprego, você aceita quem quiser trabalhar.”

A vez dos estrangeiros

A busca de gente também está mexendo com os fluxos migratórios do país. Em Teresina, no Piauí, para garantir a expansão das operações, o Grupo Pão de Açúcar lançou recentemente um programa batizado de De Volta Para a Minha Terra Natal.

Além de estar à procura de gente para cobrir 2 500 vagas hoje em aberto, o grupo precisará de 15 000 novos trabalhadores até dezembro em cidades como Palmas, no Tocantins.

No Rio de Janeiro, um dos maiores nós está no setor de petróleo e gás. Até 2013 o setor vai exigir mais de 200 000 profissionais. Há um esforço concentrado de formação, mas, enquanto o país não consegue suprir a demanda, as vagas são preenchidas com a importação de pessoal qualificado. O setor é o recordista de pedidos de visto de trabalho para estrangeiros.

No ano passado, o estado do Rio de Janeiro recebeu quase 22 000 trabalhadores vindos do exterior, 40% dos que entraram no Brasil no período.

Em alguns casos, as profissões requisitadas nem sequer existem no país. Para criar no Rio de Janeiro seu quinto centro de pesquisa no mundo, a americana GE precisa de 200 pesquisadores com habilidade para trabalhar na iniciativa privada — um perfil exótico num país em que esse tipo de profissional costuma ficar confinado nas universidades.

São engenheiros e doutores especializados nas áreas de óleo, gás, energia, transporte e saúde. “Vamos fazer visitas a 17 das melhores instituições brasileiras e sensibilizar os acadêmicos”, diz João Geraldo Ferreira, presidente da GE do Brasil. “Usamos essa estratégia quando criamos os centros da Índia, da China e da Alemanha, mas ainda não sabemos qual será o resultado aqui.”

Outra carreira ignorada aqui é a de analista de tesouraria, especialista que planeja operações financeiras para aplicar e captar recursos. “Na Europa e nos Estados Unidos, existem especializações e MBAs na área”, diz o francês Thierry Giraud, presidente da subsidiária local da Sage XRT, especializada nesse tipo de serviço.

“Aqui não há um único curso, e somos obrigados a formar nossos profissionais.” Formam e perdem. A equipe da Sage precisaria ser de 90 pessoas, mas hoje faltam dez. A lacuna foi causada pelos próprios clientes. Eles levaram os profissionais porque — obviamente — não encontraram outros no mercado.

Vagas em aberto são uma barreira ao crescimento e causam perda de negócios — às empresas e ao país. Na área de tecnologia da informação, a carência atual é da ordem de 200 000 profissionais. Estima-se que o setor precisará de um contingente extra de 750 000 pessoas até 2020. Por falta de gente, os negócios já emperram.

A IBM tem um bom termômetro da situação. A empresa define o número de profissionais de que precisa à medida que os clientes fazem os pedidos. No dia 25 de março, havia quase 300 ofertas de emprego no site da empresa. “Só fechamos um contrato depois de formar a equipe que irá tocá-lo”, diz Edson Luis Pereira, executivo de desenvolvimento profissional da IBM.

“Quando não conseguimos reunir o grupo, o Brasil perde a encomenda para a subsidiária de outro país.” Fica a pergunta: o que faz uma empresa sem unidades em outros países? “Seleciona e treina o maior número possível de pessoas o tempo todo para garantir gente”, afirma Benjamin Quadros, sócio da BRQ Solutions, prestadora de serviços de tecnologia.

A empresa tem treinado 300 profissionais por trimestre, ao custo de 5 000 reais por aluno. “Viramos uma escola de informática”, diz Quadros. Mesmo assim, a BRQ tem sempre cerca de 200 vagas em aberto.

Problemas como os que o Brasil enfrenta no campo do trabalho são próprios de países emergentes. Nesse sentido, não deixa de ser uma mostra de sucesso saber que o desafio, hoje, é o desemprego muito baixo, não o contrário. Esse desafio terá de ser enfrentado com um ganho de qualidade de nossa mão de obra.

O valor da alta produtividade do trabalho ficou claro quando os Estados Unidos atingiram o pleno emprego no final dos anos 90. Foi um dos períodos de maior prosperidade econômica da história americana, que combinou estabilidade com crescimento e desemprego abaixo de 5%.

Uma das explicações para a bonança sem inflação foi o crescente aumento da produtividade, que entre 1997 e 2000 se expandiu, em média, 3% ao ano a reboque da revolução tecnológica. Com certo exagero, o momento virtuoso foi batizado de Nova Economia. Replicar o exemplo americano é vital para que consigamos, também nós, lidar com o desafio do pleno emprego.

Estamos diante de uma oportunidade histórica de qualificar nossa mão de obra e pavimentar o crescimento dos próximos anos — ou de ver o bonde passar mais uma vez.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Assuma o controle da sua carreira

Você já pensou em traçar estratégias para a sua carreira como você traçaria para um produto? Coloque isso em prática

Por Leila Navarro

A valorização de profissionais com experiências diversificadas nunca foi tão grande. A atitude, o espírito empreendedor, está presente em profissionais que sabem reconhecer oportunidades, buscam realizar seus sonhos e têm confiança no futuro, sendo realistas em relação aos resultados.

Diante disso vemos que muitos desses profissionais assumem o controle de suas respectivas carreiras, pois sabem que diante de tanta competitividade e de tantos talentos, ninguém terá mais propriedade e nem tratará melhor de sua carreira como ele mesmo.

Sem contar que as empresas buscam profissionais com essa iniciativa, pois sabem que eles são competentes e necessários para alavancar os negócios porque também buscam uma grande realização e satisfação profissional, que acaba por se reverter em benefícios para ambas as partes.

Para alcançar o destaque que você merece dentro da organização em que atua, é necessário ter um diferencial. Tratar a própria carreira como um negócio pode ser um grande diferencial.

Lembre-se que muito mais do que administrador da sua carreira, você tem que ser seu maior incentivador. Você não pode deixar de ter ambição, visão, confiança, habilidade para riscos, determinação, energia, espírito competitivo, autocrítica e liderança.

Administre sua carreira, seja empreendedor do seu futuro. Utilize seu poder comunicativo para o sucesso e para o seu marketing pessoal. Você também é o seu melhor divulgador.

Você já pensou em traçar estratégias para a sua carreira como você traçaria para um produto? Coloque isso em prática, mostre como o seu produto tem diferencial, comprometimento, criatividade e busca continuamente por soluções. O seu produto é o seu talento e em que você acredita. Quando se faz o que se acredita realmente, a aposta e o envolvimento não têm fim, e os resultados são conseqüência.

Leila Navarro é Palestrante Motivacional e Comportamental no Brasil e no Exterior. É autora de 10 livros, ganhou o prêmio Top of Mind de melhor Palestrante do Ano pelos Fornecedores de RH, mais informações no site www.leilanavarro.com.br.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O que querem os jovens profissionais brasileiros?

Pesquisa revela preferências e objetivos de carreira da Geração Y no Brasil, e Nestlé aparece como a empresa mais desejada

www.administradores.com.br
 
Como pensam os jovens profissionais brasileiros? Foi essa pergunta que conduziu a pesquisa "Millennials 2010", desenvolvida pela consultoria MPCO e a Projeto RH sobre as preferências da Geração Y no Brasil. Segundo o levantamento, a maioria pretende trabalhar nas áreas de marketing ou financeira. E se puderem escolher a empresa, a Nestlé será o destino mais procurado, à frente da Vale e a da Petrobrás, que ocupam, respectivamente, a segunda e a terceira posição. Google, Coca-Cola, Unilever e Johnson & Johnson aparecem empatadas na quarta colocação.

Realizado junto a 1.412 estudantes de graduação e pós-graduação de todo o país, com idades entre 21 e 29 anos, o levantamento teve como objetivo identificar as preferências da nova geração e mostrar como o comportamento destes jovens irá influenciar o ambiente de trabalho das organizações.

O que estudam os jovens que participaram da pesquisa?

29%
Administração

27%
 Engenharia

13%
Marketing

7%
Direito

6%
Economia

Composta por 77 perguntas, a pesquisa envolveu universidades de São Paulo (48%), Rio de Janeiro (23%), Belo Horizonte (12%), Porto Alegre (6%), Salvador (6%) e Curitiba (5%).

"A Geração Y como um todo engloba nascidos entre 1979 e 1994. Como o estudo tem foco na carreira, o levantamento foi direcionado exclusivamente aos jovens universitários ou que fazem pós-graduação em universidades de primeira linha", afirma Marcelo Pinheiro, diretor da consultoria MPCO.

A pesquisa foi dividida em quatro partes: expectativas e motivações em relação ao trabalho; o que os jovens valorizam nos modelos de gestão das organizações e em seus líderes; o que planejam fazer profissionalmente e pessoalmente nos próximos anos; e quais as organizações que mais os atraem.

Já com relação à empresa empregadora, a nova geração busca, em primeiro lugar, oportunidades de desenvolvimento de carreira. A harmonia entre vida pessoal e profissional é a segunda característica mais buscada por esses profissionais, seguida pela oportunidade de realizar projetos e atividades desafiadoras.

A pesquisa ainda avaliou o que a nova geração espera com relação ao comportamento de seu supervisor direto. A grande maioria quer um gestor que se preocupe com o crescimento profissional da equipe. Outras características importantes, na visão dos jovens, são o respeito e a valorização aos funcionários e o "saber ouvir".

"Esses resultados, como a preocupação com as oportunidades e com uma equipe de qualidade e um supervisor que seja um bom líder, provocam as organizações a repensarem seus modelos de gestão e a desenvolverem seus líderes frente a essas novas demandas da força de trabalho, de forma a manterem-se atrativas e competitivas", afirma Pinheiro.

Com relação às preocupações imediatas dos entrevistados, a grande maioria revelou ter interesse em investir em educação, seguido por poupar e economizar dinheiro e sustentar-se financeiramente.

Perfil dos jovens profissionais

5 anos e 4 meses
 É a experiência profissional média

2 anos e 2 meses
Período médio de permanência nas empresas

3,6 empregos
É a quantidade de empresas diferentes pelas quais os jovens já passaram

44 horas semanais
É o tempo que esses profissionais trabalham por semana, com exceção dos estagiários

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Os sete talentos do profissional do futuro

Veja as características que os profissionais precisam, cada vez mais, para alcançar os resultados esperados para sua carreira

Por Fábio Bandeira de Mello, www.administradores.com.br


Todo o profissional quer fazer parte de uma excelente empresa, estar nas melhores equipes e ver seu trabalho ser reconhecido. Mas, você sabe qual o principal fator que torna determinada organização um excelente local para trabalhar ou ser considerada uma empresa de sucesso?

Muitas pessoas ainda não perceberam, mas o fator fundamental que faz empresas se destacarem com excelentes resultados e serem bem vistas por todos, é justamente a atuação dos seus próprios funcionários. Equipes capazes, motivadas e empenhadas fazem com que organizações cresçam e procurem sempre os melhores resultados.

Independente da área de atuação de um profissional, para fazer parte de equipes vitoriosas, é importante possuir uma capacitação adequada e demonstrar vontade e capacidade para vencer os desafios que o trabalho impõe. Parte destas competências e valores são naturalmente adquiridas ao longo das experiências de vida, e outras adquiridas pela necessidade de se sobressair no mercado profissional.

Só que, muitos valores e características que antes eram vistas como suficientes e ideais, se transformaram em apenas competências básicas. Com um mercado cada vez mais exigente, os profissionais têm sido testados e postos à prova em suas atitudes e comportamentos.

Segundo o consultor em gestão e orientação de pessoas e Vice Presidente da Thomas Brasil, Edson Rodriguez, "as necessidades do mercado de trabalho estão em constante mudança e as habilidades que eram pouco requisitadas no passado agora são consideradas essenciais, durante o mapeamento de talento realizado por empresas".

O especialista Rodriguez comentou sete características de profissionias que as empresas têm buscado para formação de suas equipes pensando no presente e futuro da organização. Confira:

Auto Gerenciamento:
capacidade do indivíduo em se auto motivar, disciplinar, cobrar e avaliar os resultados obtidos. Em suma, ele deve ser capaz de realizar projetos, desempenhar tarefas, buscar soluções e identificar formas de implementar essas soluções.

Comunicação Múltipla:
habilidade de se comunicar de modo realmente eficaz em inglês. Essa deve ser a primeira prioridade na área de línguas estrangeiras, salvo casos específicos, e antes de sair para uma terceira língua, certificar-se de que o inglês está realmente bom. Outras formas de comunicação é explorar, conhecer o máximo e manter-se atualizado com relação a blogs, twitter, internet, intranet, processos e sistemas de informação e transmissão de dados.

Negociação: dedique especial atenção às suas habilidades no quesito capacidade de negociação, isso é, procure apresentar ideias de modo claro e convincente, argumentar de forma positiva, franca e objetivamente e ouça com atenção as objeções para construir formas convincentes de superá-las.

Adaptabilidade: o profissional do futuro não deve apenas assumir uma posição de aceitar as mudanças, mas sim procurar prevê-las e antecipar-se a elas. A capacidade de facilitar o processo de mudanças, quaisquer que sejam, para as pessoas à volta também é uma característica importante e uma habilidade a ser cultivada.

Educação Contínua: a vida é um aprendizado constante e no mundo moderno isso se torna cada vez mais verdade. Novas descobertas e processos mais eficazes surgem a cada momento. Por isso, o processo de treinamento e desenvolvimento de um profissional de sucesso ocorre por toda a sua vida. Ele tem que estar constantemente se atualizando, buscando novos conhecimentos e novas abordagens.

Domínio da Tecnologia faz diferença. É imprescindível buscar, usar e fomentar o uso de tecnologia de ponta além de decretar sua própria obsolescência e partir para patamares mais altos de tecnologia.

Foco nos Resultados: as pessoas são avaliadas por suas ações e pelo resultado obtidos. Por isso, reflita sobre qual é o resultado que se busca e procure identificar o que agrega valor em termos de custos/esforços e centrar-se nisso.

Não é de uma hora para outra que o sucesso e o reconhecimento profissional acontecem. É preciso muito trabalho, determinação e foco naquilo que faz.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Capacite-se para evoluir!

A capacitação de cada profissional não deve ficar vinculada apenas às oportunidades que a empresa lhe oferece, mas também ao interesse em ir em busca de sua qualificação

*Por Wagner Campos

Há profissionais que acreditam que ir ao trabalho é apenas chegar dentro do horário contratado e desenvolver as tarefas que foi orientado a realizar. De certa forma não deixa de estar correto, porém será também a única atividade que conseguirá exercer, pelo menos enquanto alguém não fizer algo além do que este profissional faz.

Trabalhar não se resume simplesmente em realizar as atividades para as quais fomos designados e cumprir a carga horária exigida. Devemos ser pró-ativos, saber ouvir e interpretar tudo à nossa volta, o comportamento dos colegas de trabalho, dos clientes e principalmente nossas atitudes. Através destas observações poderão ser verificadas as necessidades de cada indivíduo, meios de ajudar, agilizar, flexibilizar e colaborar para o envolvimento e satisfação de todos.

Existem profissionais com habilidades e competências específicas e que se destacam uns dos outros. Obviamente, há aqueles que possuem uma admirável competência para debater sobre determinados assuntos, porém muitas vezes, lhes faltam habilidades suficientes para lidar com pessoas ou situações inovadoras e responsáveis pela quebra de paradigmas dentro da organização.

Ambas as situações são reversíveis. Um erro comum percebido no mercado de trabalho é em relação ao profissional que acredita que sempre sabe sobre tudo. Considera desnecessário estudar, se atualizar, aprender com os colegas, participar de treinamentos, palestras e seminários além de não ter o hábito de realizar auto-avaliação de suas habilidades e competências para buscar pontos de necessidade de melhorias.

Todos devem passar por reciclagens constantes através de cursos e treinamentos, sejam eles nas áreas diretamente relacionadas às suas atividades, sejam naquelas correlacionadas e que influenciam no resultado do trabalho ou da vida pessoal. Cursos, treinamentos e outras formas de capacitação com objetivo de se requalificar, abordando temas como reciclagem, qualidade de vida, assédio moral ou palestras motivacionais são importantes por apresentarem novos pontos de vista sobre o ambiente de trabalho e comportamento.

Temas relacionados à sua área específica como marketing, vendas, qualidade, logística, comércio exterior, segurança, informática, agregam informações que aprimoram a atividade exercida diretamente enquanto os demais assuntos mencionados complementam as qualificações e colaboram para que o profissional interaja com outros campos de atuação e proporcionam uma melhor visão estratégica.

Hoje são encontradas várias oportunidades para capacitação de profissionais. Existem custos à distância, vídeos e também cursos presenciais criando assim oportunidade e acesso a todos. A capacitação de cada profissional não deve ficar vinculada apenas às oportunidades que a empresa lhe oferece, mas também ao interesse em ir em busca de sua qualificação.

Todos têm seu time preferido, esporte, clube, amigo e animal predileto. Atue com o que realmente se identifica e se realiza. Tenha sua profissão preferida. Aquela que o motiva a investir em sua constante capacitação profissional. A profissão que proporciona uma grande realização em sua vida e que também gere resultados para a empresa, seus clientes e principalmente para você.

Diferencie-se e seja exclusivo. Ser um profissional é mais que apenas ter uma atividade profissional. É fazer com que a cada dia sejam geradas novas oportunidades de ampliar seu crescimento e apresentar criatividade em fazer novo o que é tradicional.

Você deve sentir-se 100% realizado em suas atividades. Sua satisfação proporcionará um ambiente mais agradável aos que dividem atividades com você. A alegria e os sorrisos constantes aumentarão a produtividade de todos, ajudarão a reduzir as dores de cabeça e o estresse diário.

Faça que seu trabalho seja realmente o seu trabalho preferido. Se você acreditava que "a grama do vizinho era mais verde" passe a confiar que seu jardim é mais fértil. Plante todas as metas pessoais de crescimento e regue com as informações que deseja. No momento adequado você poderá colher os frutos saborosos que foram germinados por seu conhecimento e adubados por sua determinação.

*O autor é Especialista em Marketing. É Palestrante em Vendas, Motivação e Liderança. É Consultor de Empresas e Diretor da True Consultoria, mais informações no site www.trueconsultoria.com.br

segunda-feira, 28 de março de 2011

Feedback como ferramenta de melhoria no desempenho

Quem não gosta de receber um retorno de algo que solicitou ou fez?

* Por Ricardo Dóres

"Sem feedback, voamos às cegas".
(Folkman)

Quem não gosta de receber um retorno de algo que solicitou ou fez?

O feedback exprime uma retroalimentação, ou alimentação de retorno. É considerado como sendo uma sugestão ou crítica, que pode ser positiva ou não, de âmbito profissional ou pessoal, mas sempre vista de forma construtiva.

O feedback é uma forma de comunicação que pode ser feita por uma resposta escrita, um elogio, uma análise ou até mesmo uma opinião direta ao solicitante. Pode ser considerado como uma excelente ferramenta de aprendizado e aprimoramento em nosso trabalho, pois, por meio dele, podemos buscar a perfeição e descobrir o caminho certo a seguir.

É uma atitude que demonstra consideração e respeito pelo ser humano por minimizar incertezas e ansiedades, quando recebido. Deve ser individual quando se tratar de conduta ou até falhas impróprias.

O feedback é parte fundamental do processo que orienta as pessoas a apresentarem comportamento e desempenho apropriados a uma determinada situação, fazendo com que saibam como estão sendo vistas no mercado ou no ambiente de trabalho, desta forma, podemos saber como estamos sendo vistos e avaliados ao nosso redor.

A falta do feedback pode nos deixar sem saber qual direção seguir. Podemos considerá-lo como sendo uma bússola, que nos dá a direção que devemos tomar, para atingir nosso objetivo e satisfação do cliente. Assim sendo, temos que considerar que toda informação que recebemos de chefes, colegas, subordinados, amigos, clientes e etc., podem nos orientar na correção de nossa rota.

Dentro do ambiente de trabalho, é um processo, cuja postura crítica, não pode ter carga emocional, pois, poderá se transformar em desentendimentos e ressentimentos, que, ao invés de trazer estímulos, poderá acarretar perda de tempo e de dinheiro.

Quando bem recebido, deverá se tornar uma fonte de energia para nossas mentes e gerar ótimos resultados. O feedback serve para aperfeiçoar o comportamento de alguém em relação a nós e nosso grupo.

Por vezes, pode não ser bem compreendido e, assim, causar um resultado oposto ao pretendido, por falta de uma interpretação correta do receptor e acabar gerando efeito contrário ao pretendido. Por este motivo, assegure-se que no processo de comunicação, você seja compreendido corretamente.

É preciso existir uma relação de confiança e segurança para que haja êxito no seu recebimento, pois, normalmente, o feedback é visto como uma relação negativa e não de forma construtiva, como deveria ser.

Quando der ou receber um feedback, atente-se ao fato de ser mais descritivo do que avaliativo. Preste muita atenção no que está sendo comunicado e tenha sempre em mente que o feedback é uma reorientação para melhoria e sucesso. É uma lapidação que tornará seu colaborador mais valioso e forte a cada vez que for recebido.

* Ricardo Dorés - Com formação acadêmica em Direito e especialização em Marketing, ocupou no mercado as posições de Diretor de Unidades de Negócios, Gerente de Unidade de Negócio, Gerente Nacional de Vendas, Gerente de Desenvolvimento de Mercado, Gerente de Treinamento de Vendas, Supervisor de Vendas, em empresas multinacionais e nacionais de grande porte, tais como: 3M, Pfizer, Glaxo, IMB, Itaú Seguros, dentre outras. É, há 10 anos, consultor empresarial e palestrante. É sócio-diretor da SalesResults | Soluções para Mercados Competitivos. www.salesresults.com.br contato ricardo@salesresults.com.br

quinta-feira, 24 de março de 2011

Felicidade no trabalho é possível e está associada à qualidade de vida

Estar satisfeito com a carreira não é algo irreal, dizem especialistas. Para isso, profissional precisa equilibrar campos da vida

Infomoney


Colocar a felicidade como meta no campo profissional é bem comum, mas difícil na avaliação de muitos profissionais que têm sempre críticas a fazer do chefe, do ambiente, de alguns colegas e da correria. Ao contrário do que muitos pensam, contudo, ser plenamente satisfeito com a profissão é possível.



“É uma meta alcançável”, afirma o headhunter da De Bernt Entschev Human Capital, Weider Silva. “Essa felicidade está lincada com o indivíduo”, ressalta. Para Silva, o campo profissional não está isolado e recebe interferências de outras áreas da vida, como a familiar, a financeira e a afetiva, por exemplo. “Se um lado está desequilibrado, ele afetará o outro”.



A felicidade no trabalho só se estabelecerá, na avaliação do especialista, quando o conjunto de elementos que forma a nossa vida estiver bem. Mas não precisa estar perfeito. “A questão não é ter nenhum problema, mas saber equilibrar todos os que temos”, considera a consultora de Planejamento de Carreira da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Karla Mara Alves de Oliveira.



Para a especialista, o profissional só alcançará a felicidade no trabalho quando ele souber priorizar a qualidade de vida. “Ele tem de tentar relacionar o bem estar dele com o da empresa”, afirma.

Ser feliz


Se você está insatisfeito com o trabalho que tem ou, apesar de gostar do que faz e da empresa onde atua, não se sente plenamente feliz, talvez o problema não esteja mesmo no trabalho. “Às vezes, o profissional acha que está infeliz no trabalho, mas na verdade ele não está bem em outra esfera da vida”, afirma Silva. “Tudo gera impacto”, reforça.


Pensar no que incomoda hoje no trabalho pode ajudar o profissional a resolver alguns nós que impedem que ele se sinta feliz com o que faz ou onde trabalha. Ao identificar os gargalos, ele limpa seu campo de visão e começa a perceber se os problemas estavam relacionados ao seu campo de atuação.



“No trabalho, teremos problemas, enfrentaremos riscos, erraremos e trabalharemos sobre pressão. Mas isso faz parte”, considera Karla. Com isso, considerar esses fatores como motivos para uma possível infelicidade não conta, pois em qualquer lugar onde o profissional esteja ou em qualquer profissão que atue, ele vai encontrar problemas dessas naturezas.



Para se alcançar a felicidade plena no campo profissional, o ideal é aliar todos esses fatores e encará-los do modo mais natural possível. E cada profissional saberá qual a melhor forma de lidar com essas pequenas pedras diárias. Por isso, a felicidade é algo tão particular. “A felicidade está atrelada ao que o profissional quer”, considera Silva.



Os fatores da felicidade


Atingir a felicidade profissional é particular. Mas existem fatores que dão um empurrãozinho para a felicidade aparecer para qualquer um. Fazer o que gosta é o primeiro passo para conseguir alcançar a satisfação na carreira. “Se ele faz o que gosta e não apenas o que tem de fazer, se a remuneração é adequada e se o grupo de convivência é positivo, ele pode ser feliz no trabalho”, afirma Silva.


Além desses, Karla cita como fatores que contribuem para a felicidade na carreira o fato de o profissional ter desafios constantes, se sentir útil, respeitado e reconhecido por colegas e líderes. Contudo, para a especialista, ter relacionamentos respeitosos no ambiente de trabalho, ter perspectivas e segurança são os itens que mais contribuem para a satisfação profissional.



Esses fatores, porém, não são estanques, uma vez que a carreira do profissional, assim como o mercado de trabalho, está em constante mudança. “A felicidade é uma busca contínua”, avalia Karla. “O profissional precisa entender que a felicidade não existe no trabalho em si, mas nele mesmo, no equilíbrio de todos os campos de sua vida”, completa Silva.

terça-feira, 22 de março de 2011

Inovar ou lamentar? A decisão é sua

Quando o resultado das nossas ações não satisfaz, é preciso parar um pouquinho e, com toda a lucidez e humildade, analisar onde podemos estar errando


Por Eduardo Zugaib*

Quando o resultado das nossas ações não satisfaz, é preciso parar um pouquinho e, com toda a lucidez e humildade, analisar onde podemos estar errando. Viver despreocupadamente é o desejo que trazemos “de fábrica”. Porém, em muitos momentos, deixamos de assumir o controle de nossos pensamentos, sentimentos e atitudes, uma auto-sabotagem que confundimos com uma pseudo-tranquilidade.

Não é raro depararmos com amigos que miram duas opções extremas de vida. Percebem apenas o oito e o oitenta, esquecendo-se das 72 opções que existem entre eles, das 7 que antecedem o oito e do infinito que sucede o oitenta. “Prefiro ganhar pouco, ter saúde e ser feliz do que ganhar muito e viver preocupado” é o tipo de crença instalada que nos serve de justificativa para a nossa falta de mobilização e o nosso medo – sim, o medo - de assumir o controle. Quem disse que não é possível ganhar bem, ter saúde e ser feliz? Essa dissociação entre dinheiro e felicidade, tratados como universos antagônicos, estabelece em nós um padrão limitante de crenças. A partir desse modelo, idealizamos nossos pensamentos, que rascunharão nossos sentimentos, que comporão nossas atitudes e, finalmente, materializarão nossos resultados. O dinheiro é uma energia neutra e sua polarização está nas nossas mãos: é possível tratá-la como algo sujo, que corrompe e demoniza ou como algo que promove mudança, movimenta a economia, gera trabalho, fomenta a tecnologia e todas as outras esferas de prosperidade que a nossa inteligência pode imaginar.

Além do dinheiro, as demais energias neutras à nossa disposição – como o trabalho, o tempo, a fé, a ciência e os relacionamentos, entre outras – estão sujeitas ao nosso padrão mental. A possibilidade de inovação desse padrão é uma realidade, mas a decisão em adotá-la e monitorá-la é individual. O nosso modelo de crenças, ou padrão mental, é o mapa que vai nos orientar no campo das ação, e devemos estar conscientes que, entre mapa e terreno, existem variáveis controláveis e incontroláveis. Daí a necessidade de avaliar cada passo, parando de tratar tudo como fruto do acaso ou do “azar que me ungiu quando nasci” (taí outro modelo de crença...).

No oposto do espírito da inovação está o espírito da lamentação. Quando o padrão mental é de lamentação, o resultado que se atinge, invariavelmente, é o de uma vida lamentável.

* Eduardo Zugaib é 
profissional de comunicação, escritor e palestrante em criatividade comportamental, aplicada ao crescimento pessoal e profissional.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

10 dicas para redigir e-mail

A boa comunicação é imprescindível para qualquer tipo de relacionamento. Seja a comunicação corporativa ou pessoal

* Por Wagner Campos

 A boa comunicação é imprescindível para qualquer tipo de relacionamento. Seja a comunicação corporativa ou pessoal, a forma com a qual será realizada irá obter o sucesso ou fracasso na mensagem desejada.

Tenho realizado vários treinamentos e palestras sobre como se comunicar bem, mas é incrível como muitas empresas tem solicitado que seja dado um enfoque maior na comunicação escrita através dos e-mails.

Infelizmente, devido ao e-mail ser uma ferramenta mais prática e rápida algumas pessoas deixam de dar uma atenção especial para esta poderosa ferramenta e acabam se comunicando de forma extremamente errada, infantis, ofensivos, não sendo claros e até irritantes.

Devido ao avanço tecnológico e as ferramentas que nos foram disponibilizadas, como skype, msn entre outros, houve uma ampliação do excesso de erros e falhas nas mensagens, devido à necessidade de abreviar a comunicação.

Junte este avanço, com a necessidade de reduzir as palavras, com a dificuldade da língua portuguesa e o ensino fundamental e médio precário e já dá para imaginar o que estaremos encontrando.

Vale lembrar que e-mail é um documento. Quando se trata de um e-mail direcionado a alguém da mesma empresa que você trabalha deve ser mais formal, lembrando-se que estamos tratando de um "ambiente" corporativo, ou seja, profissional. Quando é um e-mail para algum parente ou alguém muito próximo obviamente podemos ser mais informais e próximos.

Atenção a algumas dicas para o desenvolvimento de seu e-mail:

1- Independente do tipo de e-mail enviado seja sempre educado e cordial. A apresentação inicial de seu e-mail colaborará pela existência de interesse por parte do destinatário, bem como pela dedicação de retorno do mesmo.

2- Os e-mails corporativos devem sempre ser mais formais e muitas vezes são considerados documentos. Nada impede que você seja mais informal com quem tenha afinidades, porém dentro dos limites profissionais.

3- Ainda sobre e-mails corporativos é importante evitar a linguagem utilizada na internet, de abreviaturas e símbolos que demonstram falta de profissionalismo.

4- Mantenha-se atualizado através de livros, revistas e jornais pois os mesmos possuem meios de comunicação distintos e você passará a ter maior facilidade de interpretação e desenvolvimento de seus textos.

5- Atente-se ao conteúdo que você irá desenvolver. Na maioria das vezes, o texto do e-mail deve ser claro e objetivo. No entanto, em algumas eventualidades, você poderá vir a ser mais abrangente, detalhando as informações para que fiquem mais claras ao destinatário. Tudo dependerá do assunto a ser tratado e da facilidade de entendimento do destinatário.

6- Evite escrever com todas as letras em caixa alta (maiúscula). Elas representam que você está sendo indelicado e/ou gritando.

7- Demonstre no campo "assunto" a informação que conterá no e-mail de forma clara e objetiva. Jamais deixe o título do assunto em branco.

8- Sempre avise no corpo do e-mail quando estiver enviando documentos anexados.

9- Ao final de seus e-mail utilize termos formais como atenciosamente", "cordialmente", etc.

10- Não se esqueça de "assinar" seu e-mail com seu nome, cargo, empresa e telefone se julgar adequado.

* Wagner Campos é Especialista em Marketing e Palestrante Motivacional em Vendas e Liderança. É Diretor da True Consultoria e Consultor Credenciado no SEBRAE. É Professor de MBA em Marketing e Vendas, MBA em Gestão de Pessoas e Professor nos cursos de Administração e Marketing. Contribuiu com empresas como Ambev, Unibanco e Whirlpool Eletrodomésticos. É autor do Livro "Vencendo Dia a Dia".

Contato para Palestras, Consultoria e Treinamentos F: (19) 3444.9599 - falecom@wagnercampos.com.br.

10 dicas para o seu Marketing Pessoal

 O marketing pessoal não é um culto ao ego ou à vaidade pessoal, é uma necessidade profissional

* Por Carlos Hilsdorf

Todo e qualquer profissional para ter sucesso precisa que o seu valor seja efetivamente percebido por seus superiores e no mercado em geral. Para que isso ocorra precisamos ir além das competências que compõe o nosso perfil profissional e utilizarmos técnicas de comunicação e marketing. O marketing pessoal não é um culto ao ego ou à vaidade pessoal, é uma necessidade profissional. Excelentes profissionais têm seu reconhecimento e sua demanda subestimados pelo mercado por deixarem de lado o seu marketing pessoal. Não devemos confundir humildade com anonimato. É perfeitamente possível ser reconhecido por seus valores humanos e profissionais sem com isso perder a humildade. Todos nós temos uma contribuição humana e profissional para oferecer ao mundo. Quanto maior o número de pessoas para as quais possamos oferecer nossas contribuições, melhor. Veja abaixo 10 dicas importantes sobre Marketing Pessoal:

1. Lembre-se que seu marketing pessoal tem o poder de transformar seu talento em oportunidades. Um Gênio sem marketing pessoal é um gênio desconhecido.

2. Se você está começando uma carreira ou uma nova etapa, demonstre toda a sua disposição para aprender com todas as pessoas e situações. Deixe sempre bem claro o quanto é importante para você aprender com as pessoas e com a empresa.

3. Descubra o ponto mais marcante da sua personalidade, sua maneira de se comunicar, sua alegria, seu bom senso, etc. Foque a ''divulgação'' deste seu ponto marcante, ele será pra você o que uma marca é para uma empresa. Com o tempo, a sua  ''marca pessoal'' ficará conhecida e desejada por este e por outros atributos que o tempo vai mostrar.

4. ''Dress to impress'' esta expressão do mercado corporativo americano possui o seguinte significado: ''vista-se para ser visto''. Sem exageros, sem extravagância, com discrição, mas desenvolvendo um estilo pessoal facilmente reconhecível. Estilo é tudo! Vista-se de maneira a que a sua presença seja agradável aos olhos. Como seres humanos somos muito atraídos pela beleza. Não há nada errado em ser bela desde que você não reduza apenas à beleza as suas potencialidades diante da vida.

5. Mostre o seu lado ''solucionador de problemas''. Sempre que surgir uma dificuldade ou um problema dentro da equipe a que você pertence, pergunte-se: ''o que eu posso fazer por isso?''. Sempre que você ajudar a resolver um problema você estará inserindo sua marca pessoal na lembrança das pessoas.

6. Entregue sempre um resultado superior ao esperado. Dedique-se a superar as expectativas das pessoas. Sempre que algo lhe for solicitado pergunte-se: ''Qual é a melhor maneira pela qual eu posso realizar o que me foi pedido?'', '''Eu posso superar as expectativas com respeito ao meu desempenho e o cumprimento da tarefa?'' Realize com qualidade ampliada, procure sempre olhar além da solicitação.

7. Onde a maioria das pessoas fica parada por falta de recursos, IMPROVISE. Use sua criatividade para, diante de poucos recursos, desenvolver a melhor solução possível frente a um desafio. As pessoas mais bem colocadas no mundo dos negócios ousaram improvisar muitas vezes.

8. Construa vários networks. Dedique-se a formar diferentes redes de relacionamentos dentro e fora da empresa. Através dos relacionamentos conhecemos e somos conhecidos, reconhecemos e somos reconhecidos e, principalmente, compartilhamos interesses comuns. Identifique quais são as áreas de interesse que aproximam você de outras pessoas: música, literatura, cinema, hobbies, esportes, competência técnica, etc. Aproxime-se das pessoas, construa relacionamentos de longo prazo.

9. Cultive sua ética e sua honestidade de forma inabalável. A vida testa você! Caminhos não éticos são atalhos que conduzem a abismos! Uma atitude não ética acaba com o seu maior patrimônio: sua integridade. Quando a falta de ética passa a fazer parte da marca pessoal de alguém, esta pessoa somente será usada por outras igualmente não-éticas até o momento em que for conveniente abandoná-la e deixá-la pagar a ''conta''. Não ceda!

10. Vivemos em uma era de muita competitividade e muita pressão, por isso resistência física, mental  e emocional são fundamentais. Isto significa: cuide do corpo, da mente e do espírito. Fortaleça-se nos três níveis, assim quando as pessoas estiverem fisicamente esgotadas você ainda terá fôlego extra - ponto para o seu marketing pessoal. Quando elas estiverem cansadas demais pra pensar em soluções você ainda terá criatividade de sobra para dar idéias - mais 1 ponto para o seu marketing pessoal. E, quando as pessoas estiverem com raiva ou depressão, você manterá a paz e a vontade de viver - ponto para a vida, e para o seu marketing pessoal, também.

* Carlos Hilsdorf: Considerado pelo mercado empresarial um dos 10 melhores palestrantes do Brasil. Economista, Pós-Graduado em Marketing pela FGV, consultor e pesquisador do comportamento humano. Palestrante do Congresso Mundial de Administração (Alemanha) e do Fórum Internacional de Administração (México). Autor do best seller Atitudes Vencedoras, apontado como uma das 5 melhores obras do gênero (VEJA, “Guia de Carreira”, Ed. 1832). Referência nacional em desenvolvimento humano.

Mais informações, visite: www.carloshilsdorf.com.br
TWITTER: www.twitter.com/carloshilsdorf

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Quer abrir sua empresa? Saiba como elaborar um plano de negócio

Por: Karla Santana Mamona
InfoMoney


SÃO PAULO - No Brasil, a taxa de mortalidade das MPEs (Micro e Pequenas Empresas) é alta ao ser comparada com outros países. Para ter uma ideia, a taxa de mortalidade brasileira é de 22% em três anos, enquanto em outros países, a média varia entre 10% e 15%.
Para o consultor do Sebrae-SP, Sergio Diniz, a sobrevivência dos pequenos empreendimentos poderia ser maior, caso os empresários utilizassem um instrumento fundamental para quem planeja abrir a sua empresa: o plano de negócio.
“O plano de negócio é uma ferramenta que ajuda os empresários a pensar em alguns fatores. Estes dados darão base para que o empreendedor possa viabilizar o seu negócio. Para abrir uma empresa, não basta ter coragem e dinheiro”, afirma Diniz.
Plano evita erros no mercadoEm suma, o plano de negócio pode ser explicado como um documento que descreve os objetivos da empresa e quais passos devem ser dados para que as metas sejam alcançadas. A principal vantagem é que o plano permite identificar e restringir os erros no papel, em vez de cometê-los no mercado.
Com o plano de negócio finalizado em mãos, o empresário, além de ter uma ferramenta que irá orientá-lo de maneira segura, poderá utilizá-lo para solicitar empréstimos, conquistar clientes, investidores, firmar parcerias com fornecedores e até mesmo com sócios.
Informações detalhadasSobre as informações que devem ser descritas, o Sebrae aconselha que o empreendedor procure pesquisar tudo sobre o seu setor. Estes dados podem ser encontrados em veículos de comunicação, associações, feiras, cursos ou até mesmo com outros empresários do ramo e fornecedores potenciais.
De acordo com Diniz, para montar o plano de negócios, o empreendedor deve pensar em seus clientes, público-alvo, localização, concorrentes, fornecedores, investimento inicial, formação de sociedade, preços, despesas, fluxo do dinheiro, funcionários a serem contratados e demais recursos necessários. Estas informações devem ser detalhadas.
Estrutura do planoDe acordo com o Sebrae-SP, o plano de negócio é composto de oito seções, que serão desenvolvidas e estimadas baseadas em informações pesquisas anteriormente.
  • Sumário Executivo: é a primeira parte que será lida por um eventual investidor. Deve conter os pontos principais e mais interessantes do plano. Não costuma ter mais de uma página;
  • Descrição da Empresa: contém um sumário da empresa, seu modelo de negócio, a natureza, estrutura legal, localização, objetivos, estratégias e missão. De uma a duas páginas.
  • Produtos e Serviços: descrição dos produtos e serviços da empresa, suas características, forma de uso e especificações. Máximo de duas páginas;
  • Estrutura Organizacional: como a empresa está organizada internamente, número de funcionários, principais posições, perfil do profissional. Máximo de duas páginas;
  • Plano de Marketing: Aqui será descrito o setor, o mercado, as tendências, a forma de comercialização, distribuição e divulgação dos produtos, preços, concorrentes e vantagens competitivas. De cinco a seis páginas;
  • Plano Operacional: descrição do fluxo operacional, cadeia de suprimentos, controle de qualidade, serviços associados, capacidade produtiva, logística e sistemas de gestão. De três a quatro páginas;
  • Estrutura de Capitalização: como a empresa está capitalizada. Quem faz parte da sociedade, necessidades de capital de terceiro, forma de remuneração e estratégias de saída. De duas a três páginas;
  • Plano Financeiro: como a empresa se comportará ao longo do tempo do ponto de vista financeiro, descrições e cenários, pressupostos críticos, situação histórica, fluxo de caixa, análise do investimento, demonstrativo de resultados, projeções de balanços e outros indicadores. De cinco a seis páginas.
As informações de um plano de negócio devem ser precisas, mas transmitindo uma sensação de otimismo e entusiasmo. Ao preencher o plano, tenha sempre em mente o objetivo para o qual ele está sendo escrito. Os empresários que apresentarem dúvidas podem acessar a página do Sebrae-SP (www.sebraesp.com.br) ou procurar o Sebrae de seu estado.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Talento: o que é e como se tornar um?

Por: Gladys Ferraz Magalhães
InfoMoney


SÃO PAULO – Não raro é comum as pessoas utilizarem a palavra talento para se referir a profissionais disputados pelo mercado de trabalho. Em jornais, revistas e na internet, são várias as matérias falando da falta de talento  ou da retenção de talentos nas empresas, porém, quem elas consideram talento?

Na opinião da gerente de planejamento de carreiras da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Melina Graf, engana-se quem relaciona talento somente a jovens recém-saídos de universidades de ponta. Para ela, um profissional de talento reúne outras características.

“Talento é uma habilidade. A pessoa que vai além do comprometimento e possui desempenho acima do normal”, diz.

Competências
Ainda segundo Melina, a concepção de talento das empresas varia conforme as diferentes gerações ocupam postos no mercado de trabalho. No passado, explica, era considerado um talento o profissional que atendia bem às competências mais básicas.

Hoje, as empresas esperam que os profissionais assumam riscos, sejam arrojados, criativos e busquem sempre estar atualizados.

“Antes, bastava a graduação para ser considerado um talento, e, em algumas áreas, nem isso. Hoje, a pessoa precisa sempre buscar atualização”.

Como se tornar um?
Para quem tem dúvidas se pode ou não ser considerado um talento, Melina aconselha que a pessoa procure conhecer a si própria e invista em sua formação, fazendo, por exemplo, cursos de idiomas, extensão, pós-graduação, entre outros.

Além disso, é importante se tornar visível para o mercado, e, em alguns casos, vale procurar ajuda especializada, como a de um coach.

“O profissional deve participar de feiras, palestras, utilizar de maneira apropriada as redes sociais (…) Contudo, é essencial tomar cuidado para não se tornar arrogante e pensar que é insubstituível, pois ninguém é”.

Como trabalhar para deixar a sua empresa entre as primeiras?

InfoMoney


SÃO PAULO – O ano é novo, porém os problemas são velhos e muito conhecidos dos gestores e líderes das empresas.

Como inovar sem se desprender das raízes? O que fazer para diferenciar a organização das outras? Como reter os principais talentos? Quais formas de atrair novos clientes?

“Em primeiro lugar, é necessário colocar em prática a educação empreendedora. Fazem parte deste conceito noções de respeito às diferenças, sustentabilidade e organização do tempo”, afirma o consultor e diretor do Grupo Wiesel, Gilberto Wiesel.

Segundo ele, por meio de atitudes como essas, a rotina da empresa flui melhor, já que a administração eficaz das horas de trabalho gera mais produtividade.

Tão importante quanto a dica já mencionada é manter unida a equipe de profissionais da organização. O trabalho, explica o consultor, envolve respeitar as diferenças entre os funcionários e encará-los como peças essenciais para o desempenho eficaz das atividades de sua empresa.

Alinhando o time
A frase “união faz a força” é antiga, mas é algo que nunca sai de moda no dicionário corporativo. Criatividade e desenvolvimento de novos projetos dos colaboradores são de extrema importância para o sucesso.

“Para a empresa, representa riqueza de ideias e pensamentos, o que certamente contribui na hora de tomar decisões ou desenvolver novos produtos ou serviços. A vantagem é estendida também aos outros clientes, aos consumidores”, avalia Wiesel.

Novos ventos
O consultor ainda levanta a questão das novas tendências, fator esse que deve estar sempre na pauta dos gestores. O exemplo é a tecnologia, dando ênfase na comunicação e interatividade com os clientes.

“Busque compreender as inovações e veja as possibilidades de seu negócio continuar próspero também no mundo virtual. Para isso, estabeleça mais afinidade com as mídias sociais, por exemplo, locais em que é possível ficar relativamente mais próximo de seus consumidores”, explica o consultor.

Por fim, Wiesel aponta a maior participação feminina nos ambientes profissionais, movimento comportamental que deve ser ampliado em 2011.