segunda-feira, 29 de junho de 2009

A possível união entre Marfrig e Bertin resultaria em uma nova Brasil Foods?

A possível união entre os frigoríficos Marfrig (MRFG3)e Bertin poderia criar a terceira maior companhia do segmento no País, de acordo com o Citi, que questiona se o acordo poderia resultar em uma nova Brasil Foods.

A empresa seria a segunda maior produtora mundial de carne bovina, com um abate total de 35.850 cabeças por dia. As características da empresa resultante das negociações incluem receita estimada de R$ 18 bilhões para 2009, uma vasta base de produção, com 49 plantas em 11 países americanos e europeus, além de um portfólio diversificado.

Desta forma, o Citi avalia que a união é atrativa para a Marfrig. Além disso, os especialistas esperam que o mercado "deve reagir positivamente para qualquer evidência que este acordo pode ser fechado".

Os especialistas não acreditam que a empresa tenha que lidar com restrições impostas pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), já que o único segmento em que estas companhias operam é o de carne de boi. Por outro lado, o Citi aponta que a nova empresa seria responsável por 10% do mercado de frigorífico, um segmento altamente fragmentado no Brasil.

Marfrig e Bertin X Brasil Foods
O Citi avalia, portanto, que a união entre Marfrig e Bertin poderia ser significativa no que diz respeito a sinergias. As bases geradas, entretanto, seriam inferiores às da Brasil Foods, pois o segmento de carne bovina é o único em que as empresas têm operações similares, representando 49% das venda da Marfrig e 81% das receitas da Bertin.

Nova companhia
Ademais, os analistas consideram que a nova companhia não deve ganhar escala através de negociações com fazendeiros, já que a matéria-prima deve ser adquirida em matadouros próximos das unidades.

A união entre Marfirg e Bertin também deve combinar a distribuição, os gastos e as vendas de ambas e operar de forma mais otimizada.