A Bovespa (BOVH3) e a BM&F (BMEF3) anunciaram na noite da última terça-feira (25) que entraram em um acordo para a realização da integração das suas atividades.
O anúncio do acordo entre as bolsas chega antes do prazo máximo de 60 dias estabelecido pelas companhias no dia 19 de fevereiro, quando informaram, por meio de fato relevante, o início das conversações.
As ações da BM&F encerraram a última sessão com alta de +6,66%, cotadas a R$ 16,80. Os papéis da Bovespa Holding avançaram +3,97%, negociadas a R$ 24,85.
"Se o nosso cenário estiver correto, a nova BM&F/Bovespa poderá ser um ativo mais atraente em termos de valuation e ainda apresentar projeções de crescimento saudáveis", afirmou o analista da Bradesco Corretora, Carlos Firetti, em relatório publicado na última terça-feira.
Detalhes da operação
As bolsas convidaram a imprensa para uma coletiva na manhã desta quarta-feira (26), ocasião na qual "serão “anunciados e esclarecidos os termos do acordo celebrado entre as duas companhias para a realização de sua integração”", mostra a nota distribuída.
A nova entidade terá o nome provisório de Nova Bolsa, que será uma companhia aberta e com ações negociadas no Novo Mercado da Bovespa. A reorganização societária resultará na emissão de ações ordinárias da nova empresa para os acionistas da BM&F e da Bovespa, na proporção de 50% para cada uma.
Além disso, os acionistas da Bovespa Holding receberão pagamento de R$ 1,24 bilhão. "Estima-se preliminarmente que esta reorganização societária poderá, até 2010, atingir um potencial de economia de até 25% das despesas operacionais anuais da organização combinada, em função das sinergias existentes", diz a nota publicada nesta noite.
Consolidação global
Um dos pontos que teria acelerado o processo de negociação entre as duas é a possibilidade da CME (Chicago Mercantile Exchange) elevar a participação na BM&F com vistas à aquisição do controle. Para fazer frente a possíveis ofertas indesejadas, a união fortaleceria as bolsas. Para analistas, a integração é um processo natural.
Com a operação, o Brasil se firma como o principal mercado financeiro da América Latina e constitui uma das maiores bolsas de valores e futuros do mundo, preparando-se para conviver com o cenário de consolidação do setor em escala global.
"É provável que juntas as bolsas busquem uma aquisição ou parceria na região", afirmou Cláudio Gonçalves, economista, consultor econômico e conselheiro do Corecon-SP (Conselho Regional de Economia), em entrevista à InfoMoney no início deste mês.
Aberturas
Em um IPO (Initial Public Offering) histórico, a Bovespa abriu o seu capital em 26 de outubro de 2007 na maior oferta já realizada desde a reabertura dos mercados em 2004. A captação chegou a R$ 6,62 bilhões.
Pouco tempo depois, em 30 de novembro do ano passado, a BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) também ofertou papéis, arrecadando, no total, R$ 5,98 bilhões. A participação das pessoas físicas, motivadas pela valorização de 52% na estréia da Bovespa, chegou a 253.707 investidores.
O anúncio do acordo entre as bolsas chega antes do prazo máximo de 60 dias estabelecido pelas companhias no dia 19 de fevereiro, quando informaram, por meio de fato relevante, o início das conversações.
As ações da BM&F encerraram a última sessão com alta de +6,66%, cotadas a R$ 16,80. Os papéis da Bovespa Holding avançaram +3,97%, negociadas a R$ 24,85.
"Se o nosso cenário estiver correto, a nova BM&F/Bovespa poderá ser um ativo mais atraente em termos de valuation e ainda apresentar projeções de crescimento saudáveis", afirmou o analista da Bradesco Corretora, Carlos Firetti, em relatório publicado na última terça-feira.
Detalhes da operação
As bolsas convidaram a imprensa para uma coletiva na manhã desta quarta-feira (26), ocasião na qual "serão “anunciados e esclarecidos os termos do acordo celebrado entre as duas companhias para a realização de sua integração”", mostra a nota distribuída.
A nova entidade terá o nome provisório de Nova Bolsa, que será uma companhia aberta e com ações negociadas no Novo Mercado da Bovespa. A reorganização societária resultará na emissão de ações ordinárias da nova empresa para os acionistas da BM&F e da Bovespa, na proporção de 50% para cada uma.
Além disso, os acionistas da Bovespa Holding receberão pagamento de R$ 1,24 bilhão. "Estima-se preliminarmente que esta reorganização societária poderá, até 2010, atingir um potencial de economia de até 25% das despesas operacionais anuais da organização combinada, em função das sinergias existentes", diz a nota publicada nesta noite.
Consolidação global
Um dos pontos que teria acelerado o processo de negociação entre as duas é a possibilidade da CME (Chicago Mercantile Exchange) elevar a participação na BM&F com vistas à aquisição do controle. Para fazer frente a possíveis ofertas indesejadas, a união fortaleceria as bolsas. Para analistas, a integração é um processo natural.
Com a operação, o Brasil se firma como o principal mercado financeiro da América Latina e constitui uma das maiores bolsas de valores e futuros do mundo, preparando-se para conviver com o cenário de consolidação do setor em escala global.
"É provável que juntas as bolsas busquem uma aquisição ou parceria na região", afirmou Cláudio Gonçalves, economista, consultor econômico e conselheiro do Corecon-SP (Conselho Regional de Economia), em entrevista à InfoMoney no início deste mês.
Aberturas
Em um IPO (Initial Public Offering) histórico, a Bovespa abriu o seu capital em 26 de outubro de 2007 na maior oferta já realizada desde a reabertura dos mercados em 2004. A captação chegou a R$ 6,62 bilhões.
Pouco tempo depois, em 30 de novembro do ano passado, a BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) também ofertou papéis, arrecadando, no total, R$ 5,98 bilhões. A participação das pessoas físicas, motivadas pela valorização de 52% na estréia da Bovespa, chegou a 253.707 investidores.