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quarta-feira, 23 de março de 2011

Divulgação do Índice de Confiança de Pequenos e Médios Negócios

Insper e Santander apresentam, no dia 30 de março (quarta-feira), os resultados do Índice de Confiança de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN) para o 2º trimestre de 2011. Elaborado a cada três meses, o indicador tem o objetivo de aprofundar o conhecimento das expectativas do segmento de pequenas e médias em todas as regiões do Brasil.

Os dados serão apresentados no evento “O empreendedor e as mudanças na economia brasileira”, realizado em parceria com a Endeavor, no auditório Steffi e Max Perlman do campus Insper (Rua Quatá, 300 – Vila Olímpia), das 8h30 às 11h.

O evento terá também um debate em que apresentarão seus casos de sucesso os empreendedores Tiago Moura Mendonça, CEO da ABC – Atacado Brasileiro da Construção, que fornece material de construção para proprietários e pequenos construtores em cidades de rápido crescimento do interior do Brasil; e Cristina Franco, sócia diretora da BIT Company e vice-presidente da Associação Brasileira de Franchising.


O empreendedor e as mudanças na economia brasileira
Programação
8h30 – 9h00 Welcome Coffee
9h00 – 9h05 Abertura
9h05 – 9h20
Divulgação do IC -PMN  2º trimestre de 2011
Prof. José Luiz Rossi Jr. (Professor Pesquisador Insper - Centro de Pesquisas em Estratégia)
9h20 – 9h35
Apresentação: Programa Santander Empreendedor
Cesar Fischer (Superintendente Pequenas e Médias Empresas - Santander)
9h35 – 10h35
Debate: Casos de empreendedores de sucesso
Tiago Moura Mendonça, CEO do ABC - Atacado Brasileiro da Construção
Cristina Franco, Sócia Diretora da BIT Company e Vice-Presidente da Associação Brasileira de Franchising
Mediadora: Cristiane Correa, Editora Executiva da Revista Exame
10h35 – 11h00 Perguntas – Audiência

Data: 30 de março - quarta-feira
Hora: 8h30 às 11h
Local: Auditório Steffi e Max Perlman - Campus Insper
Rua Quatá, 300 – Vila Olímpia

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Shell e Cosan confirmam parceria e nova empresa de US$ 20 bi

Mônica Pestana

Direto de São Paulo



Royal Dutch Shell e Cosan confirmaram nesta segunda-feira a joint venture para produzir e distribuir etanol. Fruto da associação, a Raízen (com inicial minúscula ou maiúscula, segundo a assessoria) nasce com um valor de ativos de US$ 20 bilhões, faturamento de US$ 50 bilhões e cerca de 40 mil funcionários. A marca Esso, comprada pela Cosan em 2008, deve desaparecer dos postos de combustíveis no Brasil em até 36 meses.

A Raízen será uma das cinco maiores do País em faturamento, de acordo com as empresas. A nova organização será responsável por uma produção de mais de 2,2 bilhões de litros de etanol por ano para atendimento ao mercado interno e externo. A tentativa será de transformar o etanol em uma commodity internacional. As atuais 23 usinas da Cosan produzem 4 milhões de toneladas de açúcar e tem 900 MW de capacidade instalada de produção de energia elétrica a partir do bagaço da cana.

De acordo com o Rubens Ometto, presidente do conselho de administração da nova empresa, a fusão nasce da reunião de forças para tornar a marca uma referencia mundial em energia. "Formamos uma organização com números significativos e já iniciamos uma produção de liderança em energia sustentável", afirmou Ometto. "Nossa intenção é aumentar significativamente a exportação de etanol e cana de açúcar. Nossa é meta é dobrar a produção de etanol."

As empresas haviam assinado em agosto de 2010 um acordo para unir as operações no ramo do combustível renovável. "Tenho certeza que essa associação vai ser melhor e maior do que todos esperam", disse Vasco Dias, diretor presidente da nova empresa. "Estamos criando mais um líder global".

Conforme o memorando assinado no ano passado, a joint venture inclui a transferência de todas as usinas de açúcar e etanol da maior produtora de açúcar e álcool do Brasil, incluindo co-geração de energia a partir do bagaço da cana e ativos de distribuição e comercialização de combustíveis. A Cosan continuará existindo no segmento da cana de açúcar.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

OGX, de Eike, perde brilho em 2011 à espera de reservas

A OGX Petróleo e Gás, protagonista de uma das maiores ofertas iniciais de ações (IPO, em inglês) do Brasil e que ficou no foco do mercado em alguns períodos desde o IPO, vem apresentado fraca performance neste início de ano, ficando para trás em relação a outras empresas do setor.

As ações da empresa acumulavam até o fechamento na quinta-feira uma perda de 9,1% em 2011, enquanto o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa paulista, perdeu 2,9%, e a Petrobras operou praticamente estável. A HRT Participações em Petróleo, nova alternativa para o setor, acumula alta acima de 10% no período.

Pessoas que acompanham o setor apontam vários possíveis motivos para o desempenho mais fraco, como o anúncio de um poço não comercial, a possibilidade de uma redução nas reservas riscadas e a indefinição sobre a venda de participações (farm-out) da empresa em blocos na bacia de Campos.

A OGX, que ganhou cerca de 50% em valor de mercado desde o lançamento das ações, em 2008, acredita que a oscilação deste início de ano é típica de especulação e afirma que mantém os planos traçados.

Parte do ganho foi estimulado pelos vários anúncios de descobertas na campanha exploratória da companhia, centrada na bacia de Campos. Também houve o anúncio da descoberta de "meia Bolívia de gás" na bacia do Parnaíba.

Na semana passada, a corretora Socopa divulgou relatório sobre a empresa alertando que as reservas de petróleo e gás poderiam eventualmente ser menores do que o estimado anteriormente. "Na verdade essa é a apreensão do mercado, que as reservas riscadas de fato sejam menores do que se espera", disse Osmar Camilo, autor do relatório da Socopa.

Para agravar o momento desfavorável do papel, o antecipado farm-out com ativos da bacia de Campos, que seria feito com investidores chineses, está demorando para ser finalizado. Parte do mercado avalia que os chineses poderiam estar aguardando o novo relatório da consultoria DeGolyer MacNaughton (D&M), em março, para fechar o negócio.

"Liguei para lá (OGX) e me disseram que não, que não teria um impacto direto porque os interessados nos poços estão fazendo a avaliação em paralelo, e que eles (investidores) estão em contato bem próximo com a empresa, tem acesso aos mesmos dados que a D&M", informou Camilo.

Para o diretor geral da OGX, Paulo Mendonça, os temores do mercado não passam de especulaçãos e não há nenhuma mudança de rumo que justifique uma surra no papel como ocorreu na segunda-feira desta semana, quando chegou a cair mais de 4% durante a sessão.

"No mercado, você sofre influência de especulação e não há nada a fazer. Nós estamos com nosso plano de negócios sendo seguido à risca e as coisas estão saindo melhores do que o esperado", disse Mendonça à Reuters. "A melhor maneira de preservar o valor para o investidor é continuar o plano de negócios, fazer o farm-out e buscar números mais corretos com a DeGolyer".

Com a OGX em sua carteira de recomendações para compra, o próprio analista da Socopa reconhece que mesmo que as reservas não venham como o esperado no próximo relatório, gradativamente poderão ser incorporadas, como ocorre normalmente na indústria do petróleo.

"Eles me informaram que não necessariamente entra tudo no relatório que vai sair agora, o que não foi incluso vai entrar numa nova certificação", explicou, citando como exemplo a Petrobras, que incorporou apenas cerca de 10% do imenso campo de Lula (ex-Tupi) no pré-sal da bacia de Santos em suas reservas de 2010.

Alternativas
Para o UBS, além dessas questões, a saída do executivo Paulo Gouvea do grupo EBX e o anúncio de um poço não comercial na bacia de Santos este ano também motivaram o movimento de venda do papel, que agora tem concorrentes locais no setor.

Em relatório o banco destacou que a empresa parou de anunciar volumes de reservas nas últimas divulgações de descobertas, "e com isso o relatório da D&M se torna cada vez mais relevante como um gatilho ao preço das ações", avaliou.

Para o analista da SLW Corretora Eric Scott, além desses fatores o mercado agora tem outras ofertas que podem estar concorrendo com a OGX. "Pode estar tendo uma troca por HRT e também gente saindo para entrar na reserva da Queiroz Galvão", avaliou Scott.

A Queiroz Galvão Exploração e Produção, braço do grupo de construção no setor petroleiro, fará uma oferta pública inicial na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) que pode levantar R$ 2,3 bilhões. "Não sei se é troca, se é o laudo esperado, mas tá chegando o tom de compra no papel", disse, referindo-se ao preço mais atrativo após as perdas e sinalizando que alguma recuperação no curto prazo é possível.

Bradesco tem 3º maior lucro da história dos bancos brasileiros, diz consultoria

O lucro líquido informado pelo Bradesco de R$ 10,022 bilhões, em 2010, é o terceiro maior da história dos bancos de capital aberto brasileiros. A consultoria Economatica listou o lucro de todos os bancos conforme informações apresentadas a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O maior lucro da história dos bancos brasileiros é a o do Banco de Brasil no ano de 2009 com R$ 10,148  bilhões, seguido pelo ItaúUnibanco com R$ 10,067 bilhões no mesmo ano.

Até o momento, o Bradesco tem quatro dos 10 maiores lucros da historia dos bancos, ItauUnibanco e BB tem 3 cada.




POSIÇÃO
NOME
LUCRO LÍQUIDO EM R$ BILHÕES
ANO
1
Banco do Brasil
10,148
2009
2
ItauUnibanco
10,067
2009
3
Bradesco
10,022
2010
4
Banco do Brasil
8,803
2008
5
ItauUnibanco
8,474
2007
6
Bradesco
8,012
2009
7
Bradesco
8,010
2007
8
ItauUnibanco
7,803
2008
9
Bradesco
7,620
2008
10
Banco do Brasil
6,044
2006
·         Fonte Economatica


 Balanço

Ao fim de dezembro de 2010, a carteira de crédito expandida - incluindo avais e fianças, antecipação de recebíveis de cartões de crédito, cessão de crédito (FIDC e CRI) e operações com risco de crédito - carteira comercial - subiu 23% na comparação com um ano antes, chegando a R$ 293,555 bilhões. As operações com pessoas físicas registraram alta de 19,5%, para R$ 98,122 bilhões, e aquelas com pessoas jurídicas somaram R$ 195,433 bilhões, ampliação de 24,9%.

O Bradesco informou que "a qualidade da carteira de crédito apresentou melhora significativa em 2010, comparativamente a 2009, principalmente em decorrência da redução da inadimplência, bem como do expressivo crescimento da carteira de crédito dos novos tomadores".

Os ativos totais chegaram a R$ 637,485 bilhões ao fim de dezembro de 2010, uma expansão de 25,9% na comparação com mesmo intervalo do calendário antecedente. Durante o ano passado, o Bradesco conclui acordos importantes, como a aquisição do Ibi Services, no México, incluindo o negócio referente à varejista brasileira C&A, e a parceria com o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal (CEF) para a criação e administração da bandeira de cartões Elo. A rede de atendimento foi ampliada com a inauguração de 178 agências.

Analistas recomendam ações que podem render mais de 50%

Veja os dez papéis sugeridos por oito corretoras de valores e seus potenciais de valorização

Olívia Alonso, iG São Paulo

As ações das empresas OGX, que atua no ramo de petróleo e gás, LLX, do setor de logística, Cemig, de energia, PDG Realty, de construção, e Hypermarcas, de consumo, são os destaques para este ano devido ao potencial de ganho na Bolsa de Valores entre os papéis mais recomendadas por corretoras de valores consultadas pelo iG. As cinco companhias podem ver suas ações subirem mais de 50% de agora até o fim do ano, segundo as projeções dos analistas.

Apesar de ter um potencial de valorização um pouco menor, a ação da mineradora Vale é a que teve um maior número de recomendações. O papel preferencial da empresa, que fechou a última sexta-feira valendo R$ 50,81, é sugerido por cinco das oito corretoras que participaram do levantamento. Em média, os analistas que acompanham a companhia acreditam que ela poderá render 27% até o fim do ano.

Também estão entre as mais sugeridas as ações da CCR Rodovias, do Itau Unibanco, da Cosan e da Petrobras – que foi recomendada por quatro casas, mas desaconselhada por duas.


Veja abaixo o que motivou os analistas das corretoras Ativa, Link Investimentos, SLW, UM Investimentos, Socopa, Lerosa, Votorantim e Planner a recomendar cada uma das dez ações.

Mais recomendadas

Vale: A Vale foi a empresa mais recomendada por cinco das oito corretoras de valores consultadas. “A mineradora merece destaque este ano por uma série de motivos”, diz Alexandra Almawi, economista da Lerosa Investimentos. Ela acredita que as margens operacionais da companhia vão subir em 2011, como resultado de medidas como o desenvolvimento de navios próprios. “A empresa não vai mais precisar alugar navios para transportar o minério, o que reduz custos com fretes.”

A equipe da UM Investimentos acrescenta que a probabilidade de que Roger Agnelli, presidente da empresa, fique no comando da mineradora gera confiança aos investidores. Além disso, as expectativas de que a demanda chinesa por minério de ferro continue forte são mais um fator positivo. “A relação entre oferta e demanda pelo minério está muito favorável às mineradoras”, diz Marcelo Varejão, analista da Socopa.

Petrobras: As ações da estatal são recomendadas por quatro analistas, mas desaconselhadas por outros dois. Quem sugere a compra do papel ressalta que o investidor deve pensar no longo prazo e ficar pelo menos três anos com o investimento. Entre os pontos negativos, está a possível elevação do endividamento da empresa, em função de seu plano de investimentos para os próximos anos.

Por outro lado, os analistas acreditam que a estatal poderá ter um bom ano já que as perspectivas são de aumento de sua produção. “O potencial de desenvolvimento das operações no pré-sal, alinhado aos últimos anúncios de descobertas de poços, são fatores que reiteram nossa visão otimista”, diz a equipe da UM Investimentos. A Ativa Corretora acrescenta que a companhia está empenhada em reduzir os custos dos investimentos em refino.

OGX: A OGX, empresa de petróleo e gás do empresário Eike Batista, também foi sugerida por quatro corretoras. Entre os motivos, está a boa imagem de governança que a companhia tem na visão de investidores externos. A Planner Corretora destaca que a comprovação da presença de hidrocarbonetos na maioria dos poços operados pela empresa é outro ponto favorável. Além disso, os analistas apontam duas outras razões para otimismo: o início da produção em 2011 e a captação de recursos com a venda de cerca de 20% das suas reservas.

CCR Rodovias: Com quatro recomendações e um potencial médio de valorização de 15%, a CCR Rodovias é a representante do setor de transportes e infraestrutura entre os dez papéis mais recomendados. Analistas da Ativa Corretora destacam como qualidades da empresa sua disciplina de investimentos e sua meta de duplicar seu ebidta (lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações). Além disso, consideram que a companhia está preparada para participar “de forma relevante” nas oportunidades que surgirem no setor.

A equipe de análise de Link Investimentos aponta entre os aspectos positivos da companhia sua política agressiva de dividendos e sua transparência e solidez cada vez maiores.

Itau Unibanco: As instituições financeiras, que sofreram na Bolsa em 2010 com aumento do compulsório pelo Banco Central, têm possibilidade de conseguir ganhos este ano, na opinião dos analistas que acompanham o setor. Para a UM Investimentos, as boas perspectivas para o crescimento do Brasil e de renda da população, somadas às menores taxas de inadimplência, devem favorecer as instituições financeiras.

O Itau Unibanco, que aparece mais vezes nos relatórios de recomendações, deve usufruir das sinergias decorrentes da fusão que realizou em 2008. Além disso, é considerado um dos bancos mais eficientes e rentáveis do País, “dada sua escala e sua boa administração”, diz a Link Investimentos.

Cosan: Representando o setor de açúcar e etanol, a Cosan entra na lista de recomendações com um potencial de valorização de cerca de 22% este ano, na média das previsões dos analistas. A parceria com a Shell e a possível abertura do mercado internacional para o etanol são pontos que favorecem a empresa, segundo a Link. A valorização dos preços do açúcar nos mercados internacionais também é razão de otimismo na visão da UM Investimentos.

Merecem ainda destaque, na opinião dos analistas da Planner, a liderança da companhia nos seus mercados de atuação, a verticalização dos seus negócios e sua baixa alavancagem.

Maiores altas

LLX: A ação da LLX, do ramo de logística, está nas carteiras sugeridas de apenas duas das oito corretoras consultadas, mas entre as ações com mais recomendações é uma das que possui o maior potencial de valorização de agora até o fim do ano, de 65%, na projeção de analistas. O que deve impulsionar os papéis, segundo a equipe da Link Investimentos, são suas margens crescentes, sua forte alavancagem financeira e seu projeto diferenciado, com integração entre porto e indústria.

Cemig: A Cemig também foi sugerida por duas corretoras e tem chances de valorização de 65% até dezembro de 2011. Os pontos positivos da companhia de energia são sua alta liquidez e sua posição de referencia em termos de governança corporativa quando comparada a outras empresas do setor, segundo os analistas da Um Investimentos.

Hypermarcas: No setor de consumo, a ação da Hypermarcas tem um dos maiores potenciais de valorização, de 54%, em média, pois os analistas acreditam que a empresa possui boas políticas de investimentos para os próximos anos. Além disso, dizem que a companhia poderá se beneficiar do lançamento de novos produtos e consideram que as ações estão sendo negociadas em um patamar baixo, o que pode significar uma oportunidade de compra para o investidor.

PDG Realty: Também com um potencial de ganho de 54%, a PDG Realty representa o setor de construção na lista das dez mais recomendadas. Entre seus pontos fortes, os analistas destacam a atuação nos segmentos de baixa, média e alta rendas. A equipe da Ativa Corretora afirma ainda que a expectativa é de melhora dos resultados da empresa, com a absorção de sinergias da Agre, que foi adquira pela PDG Realty em outubro do ano passado.

Os analistas da Votorantim Corretora acrescentam que o programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, também pode ter efeitos positivos para as companhias do setor.

Mais recomendações

Outras sete ações também tiveram mais de uma recomendação: Lojas Americanas, Eztec, Pão de Açucar, Santos Brasil, Bradesco, Tractebel e Ecorodovias. Entre elas, a de maior potencial de valorização é a Lojas Americanas, com 46%. Seu agressivo plano de expansão é o principal motivo para que os analistas recomendem suas ações. Serão 400 lojas até 2013, e a companhia vem sendo bem-sucedida nas unidades que abriu nos últimos anos.

Representando o setor de construção, a Eztec aparece com o segundo maior potencial, de 35%. O Pão de Açucar que deve ser favorecido pelas sinergias entre o Ponto Frio a Casas Bahia, pode gerar uma rentabilidade de 33% aos investidores, segundo a média das projeções dos analistas.

Santos Brasil, com potencial de rendimento de 29%, e Ecorodovias, com 7%, aumentam o peso do setor de infraestrutura entre os papéis mais sugeridos. “Vemos uma série de programas de infraestrutura na agenda brasileira”, diz Alexandra, da Lerosa Investimentos. A economista acredita que este ano o Brasil vai passar por um “choque de logística”, que deve favorecer as companhias do setor.

A Tractebel, que tem um potencial médio de valorização de 15%, deve ser favorecida pelo início das operações nas usinas de Estreito e Jirau, que devem elevar sua geração de resultados, segundo analistas da Planner. “Além disso, o preço de energia deve seguir em patamar elevado, beneficiando a companhia em sua estratégia de alocação.”

O Bradesco também está entre as sugestões de duas corretoras, que acreditam que entre os pontos positivos do banco estão a capacidade para crescer na concessão de crédito no País, sua operação no ramo de seguros, que ajuda a diversificar seus resultados e o aumento de sua exposição no segmento de cartões após a parceria com o Banco do Brasil na bandeira Elo. Em média, a projeção dos analistas aponta para um ganho de 29% até o fim do ano.

Riscos

Todas as ações mais recomendadas caíram na última sexta-feira na Bolsa de Valores de São Paulo. O Ibovespa, principal índice da Bolsa, também teve desvalorização e atingiu seu menor nível em cinco meses. Em momentos assim, em que o mercado acionário está em “baixa”, muitos investidores acreditam que há boas oportunidades de compra. Mas antes de depositar suas esperanças e seu dinheiro na Bolsa, é preciso que o investidor tenha em mente que as ações são uma modalidade arriscada, alerta o consultor financeiro André Massaro, autor do livro “Por Dentro da Bolsa de Valores”.

“Ações podem apresentar valorizações substancialmente maiores que títulos de renda fixa, mas podem também desvalorizar (muito) e apresentar rentabilidade negativa.” O ideal, segundo ele, é que o investidor trace um “plano personalizado de investimentos”, misturando diversas modalidades de aplicações. “Um investidor mais conservador, por exemplo, deve limitar sua exposição à renda variável – grupo do qual as ações fazem parte - a no máximo 10% do patrimônio.”

Na hora de selecionar os papéis, os analistas de corretoras de valores podem ajudar os investidores, pois são profissionais que avaliam constantemente os fundamentos das companhias e os fatores que podem influenciá-las. Mas a recomendação de Massaro é que o investidor estude e aprenda a tomar suas próprias decisões. “Ele não deve, em nenhuma hipótese, abrir mão de se educar financeiramente – até mesmo para poder entender as linhas gerais da estratégia do analista ou consultor.”

Silvio Santos diz que banco PanAmericano já é do BTG Pactual

MARIO CESAR CARVALHO
DE SÃO PAULO

 O apresentador Silvio Santos acaba de informar seus advogados que não tem nada mais contra a venda do PanAmericano ao BTG Pactual, do banqueiro André Esteves.

Os detalhes do negócio estão sendo acertados entre os advogados de Silvio e os do Fundo Garantidor de Crédito, uma entidade privada que é mantida pelos bancos com dinheiro dos depositantes. Não dá para saber nesse momento os termos em que o negócio está sendo fechado.

O PanAmericano tem um rombo de R$ 4 bilhões e passava por uma situação dramática --corria o risco de faltar recursos para operar até o final da semana.

Silvio não tinha mais condições de ficar à frente do banco por pressões do Banco Central. Depois que se descobriu que o rombo era de R$ 4 bilhões --e não de R$ 2,5 bilhões-- o BC informou o apresentador que ele não podia mais permanecer à frente da instituição.

O BTG Pactual é um dos principais bancos de investimentos do país. Tem à frente dois banqueiros jovens e agressivos, André Esteves e Pérsio Arida.

No final do ano passado, o Pactual recebeu um aporte de US$ 1,8 bilhão, feito pelos fundos soberanos da China e de Cingapura. Com a entrada desses recursos, o Pactual passou a ter um capital de US$ 4,3 bilhões.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Oferta de ações no início do ano pode atingir R$ 6,7 bi

Oito empresas farão captações em fevereiro, atrás de recursos para investir

Teve início ontem o período de reserva para o maior negócio do bimestre, da petrolífera da Queiroz Galvão

MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO

O mercado brasileiro começa o ano agitado, com oito ofertas de ações agendadas para fevereiro, que podem movimentar até R$ 6,7 bilhões. O valor se aproxima do recorde do primeiro bimestre de 2007 (R$ 6,792 bilhões).
O bom momento da economia brasileira e a diminuição da instabilidade externa estimulam as operações.
As companhias querem recursos para investir e aproveitar a alta do consumo interno, puxada pelo crescimento da renda, a exploração do pré-sal e as obras de infraestrutura da Copa-14 e da Olimpíada de 2016.
Das oito operações previstas, quatro são ofertas públicas iniciais (IPOs, quando a empresa ainda não têm papel negociado em Bolsa), e quatro, ofertas subsequentes (follow-ons, quando a companhia já têm ações listadas).
Começou ontem a reserva para comprar ações da Queiroz Galvão Exploração e Produção. O IPO da petrolífera é a maior oferta prevista para fevereiro e pode movimentar até R$ 2,7 bilhões.
As outras empresas que estão vendendo ações no mercado pela primeira vez são a loja de sapatos Arezzo, a administradora de shoppings Sonae Sierra e a empresa de autopeças Autometal (veja ao lado as datas de reserva).
"A consolidação do consumo nas classes C, D e E cria um momento propício para o varejo", observa Paulo Sérgio Dortas, sócio da área de IPOs da Ernst & Young Terco.
A projeção da consultoria é que os IPOs movimentarão mais de R$ 30 bilhões neste ano. O presidente da Bolsa, Edemir Pinto, disse à agência de notícias Bloomberg que esse valor pode facilmente superar a marca recorde de 2007 (R$ 55,6 bilhões).
A Ernst & Young Terco prevê 40 IPOs no Brasil em 2011 -dez no Bovespa Mais, segmento de pequenas empresas. A maior dificuldade em revender papéis dessas companhias não afastará investidores, diz Alberto Kiraly, vice-presidente da Anbima.
Ele considera que o mais importante é estabilidade externa, pois os estrangeiros costumam levar 60% do volume ofertado: "O otimismo com o Brasil deixa em segundo plano a questão da liquidez [facilidade em vender]".
Até novembro de 2010, houve 1.199 IPOs no mundo, segundo a Ernst & Young Terco, mais do que o dobro do total de 2009 (577). O volume movimentado já era 127% maior (US$ 255,3 bilhões).
O Brasil teve apenas 11 IPOs em 2010 (R$ 11,1 bilhões). Muitas empresas adiaram para 2011 suas ofertas por causa da megacaptação da Petrobras (R$ 120 bi).

Bolsa é investimento de longo prazo, e não cassino

GILBERTO BRAGA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Há uns três anos, um conhecido se gabava numa roda de bate-papo de que comprava todos os IPOs (ofertas públicas iniciais) na Bolsa e vendia na primeira semana.
Embolsava ganho de 25% sobre o valor investido. Consta que esse investidor comprou um bom imóvel em dois anos, só com essa estratégia.
A crise do fim de 2008 derrubou as Bolsas mundo afora, acabou com a febre dos IPOs e impôs perdas a muitos investidores retardatários, que parece que entraram no mercado a partir de 2007 para pagar a conta da festa dos que saíram na hora certa.
O ano de 2009 foi o epicentro da crise e ainda muito ruim, com a paralisação das ofertas públicas. Já em 2010 houve uma recuperação do Ibovespa, e as perspectivas para 2011 são de novidades e agitação na BM&FBovespa.
Mirando nas operações que estão em análise na CVM e mais o que se especula, espera-se que em 2011 ocorram entre 40 e 50 ofertas públicas (iniciais ou secundárias) de valores mobiliários, que movimentarão mais de R$ 50 bilhões.
A operação de capitalização da Petrobras em 2010 foi um sucesso, que atraiu muitos novos investidores pessoas físicas para a Bolsa com valores pequenos. Bancos e corretoras estão de olho nesse novo público e na nova festa que está sendo armada.
O aplicador em ações deve saber que a Bolsa é um investimento de longo prazo, na qual não se deve usar recurso com destinação certa. O dinheiro da viagem ao exterior, da intermediária da casa própria não deve ir para as ações, mas para aplicação de renda fixa, de baixo risco, como poupança, fundos, CDB.
Na Bolsa, só devem ser investidos recursos extras, para os quais você esteja disposto a ganhar muito ou a perder, caso precise se desfazer das ações em momentos de cotações em baixa.
Quando se diz que a Bolsa é aposta para o futuro, é porque num horizonte de tempo mais longo os preços das ações tendem a se comportar na mesma direção que o crescimento do país, livrando-se das oscilações conjunturais.
Para quem não é especulador profissional, acreditar nos fundamentos da economia é a solução. Por isso, o lucro fácil até pode acontecer na nova festa que parece estar sendo preparada, mas a Bolsa não deve ser vista como um cassino em que um apostador vai tirar a sorte grande numa única noitada.

Panamericano tem rombo maior que R$ 2,5 bilhões e negocia novo socorro

Fraude contábil descoberta em setembro provocou prejuízo maior do que se esperava; valor deve ser anunciado na segunda-feira

David Friedlander e Leandro Modé - O Estado de S.Paulo

A nova administração do Panamericano descobriu que o rombo na instituição controlada pelo Grupo Silvio Santos é maior do que os R$ 2,5 bilhões estimados inicialmente pelo Banco Central (BC) no ano passado. Por isso, o banco precisará de uma nova injeção de dinheiro.

Uma das alternativas em estudo é um novo empréstimo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que já cobriu o buraco inicial. Ainda que não entre com todos os recursos necessários, o FGC deve oferecer ao menos um pedaço do novo aporte.

O FGC é uma entidade privada, mantida pelos bancos desde 1995, que tem como principal função proteger parte dos depósitos dos clientes dos bancos.

Procurado, o Panamericano preferiu não se pronunciar. O diretor executivo do FGC, Antonio Carlos Bueno, disse que desconhecia as informações.

Em setembro, o BC descobriu uma fraude contábil no Panamericano, então estimada em R$ 2,5 bilhões. O escândalo veio a público no início de novembro, quando toda a antiga diretoria foi demitida. Para receber o dinheiro do FGC, o empresário Silvio Santos entregou como garantia seu patrimônio pessoal.

A maior parte dos executivos que compõem a nova direção foi indicada pela Caixa Econômica Federal, que comprou 49% do capital votante do Panamericano no fim de 2009. Até ontem à noite, estava definido que o banco estatal não vai colocar dinheiro novo na instituição.

A solução para cobrir o novo rombo está sendo negociada pela nova direção do Panamericano, pelo FGC, pelo empresário Silvio Santos, pela Caixa Econômica Federal, e é acompanhada de perto pelo BC.

O tamanho exato do rombo e a saída para cobri-lo devem ser oficialmente apresentados na próxima segunda-feira, dia previsto para a divulgação do balanço do terceiro trimestre e dos meses de outubro e novembro de 2010. A divulgação desses resultados foi adiada por duas vezes.

Nas últimas semanas, as ações do Panamericano valorizaram-se fortemente na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), em meio a especulações de que grandes instituições estariam travando uma disputa para comprá-lo. Do início do ano até ontem, o ganho acumulado das ações preferenciais (PN) beirava os 20%.

O Estado apurou que cinco bancos demonstraram interesse na participação que Silvio Santos possui no Panamericano desde que a fraude contábil veio a público. Nenhum deles, no entanto, fez proposta firme, justamente porque o balanço com o rombo definitivo ainda não foi divulgado.

Atraso. O objetivo inicial da nova administração era apresentar o balanço até meados de dezembro. Mas a complexidade do trabalho de reconstrução dos números, somada à demissão dos principais responsáveis pela contabilidade do banco, atrasou sucessivamente a divulgação.

Cerca de cem pessoas trabalham incessantemente nos números. Todas deram expediente até mesmo durante as festas de fim de ano. Folgaram apenas nos dias 31 de dezembro e 1.º de janeiro. Uma das principais dificuldades foi lidar com os sistemas de informática, que foram burlados para permitir a fraude.

Além da Deloitte, que audita as contas do Panamericano, o balanço está sendo checado pela PricewaterhouseCoopers (contratada pela Caixa) e por técnicos do Banco Central.

Saída para o Panamericano seria buscar novos sócios, diz especialista

Sem o interesse da Caixa Econômica Federal de aportar recursos, Silvio Santos teria de recorrer a novos investidores para cobrir o rombo do banco

São Paulo – Diante da informação de que o rombo no banco Panamericano é maior do que os 2,5 bilhões de reais inicialmente anunciados, a principal dúvida é como o empresário e apresentador Silvio Santos fará para cobri-lo. Silvio já empenhou todas as suas 44 empresas como garantia do empréstimo liberado pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o que o deixaria sem muita margem para negociar garantias para um novo aporte de recursos. Nessa situação, uma saída seria a busca de novos sócios que estivessem dispostos a bancar parte das perdas, segundo Liliam Sanchez Carrete, especialista em avaliação de empresas, professora de finanças da FIA.

A Caixa Econômica Federal, que possui 49% do capital votante do Panamericano, já disse que não tem intenção de colocar mais capital no banco. “Sem a Caixa, a saída seria achar alguém já interessado na compra de uma fatia do banco”, diz a professora.

O banco do grupo Silvio Santos é interessante para as instituições que estão no mercado, especialmente por sua cartela de clientes, segundo a professora. “Ele atende a um nicho de mercado interessante, que está aumentando a renda”, diz Liliam. O FGC já informou que foi procurado por bancos interessados no Panamericano, mas não comenta os rumores de que a instituição está mais endividada do que se supunha. Em nota à imprensa, o Fundo limitou-se a afirmar que aguarda a divulgação do balanço do terceiro trimestre do banco, previsto para a próxima semana.

A Caixa, o Grupo Silvio Santos e o Panamericano também não comentam sobre a possibilidade do rombo ser maior que 2,5 bilhões de reais. Para obter o primeiro empréstimo do FGC, Silvio Santos negociou pessoalmente as condições da operação, que incluem prazo de dez anos para quitar a dívida, sendo três anos de carência e sete para amortizar o principal. O empréstimo será corrigido apenas pela inflação, medida pelo IGP-M, sem incidência de juros. Entre as 44 empresas dadas como garantia do acordo, estão a marca de cosmésticos Jequiti, a rede de varejo Lojas do Baú, a emissora de TV SBT e o próprio Panamericano.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Petrobrás é a 3ª maior companhia de energia do mundo

Companhia brasileira encerrou dezembro de 2010 com US$ 228,9 bilhões em valor de mercado, à frente de Shell e Chevron

Agência Estado

SÃO PAULO - A Petrobrás passou do quarto para o terceiro lugar no ranking PFC Energy 50, que lista as maiores empresas de energia do mundo em valor de mercado. A companhia brasileira encerrou dezembro de 2010 com US$ 228,9 bilhões, à frente de Shell e Chevron, quarta e quinta colocadas.

De acordo com nota distribuída pela Petrobrás, a consultoria PFC Energy destacou a constante ascensão da companhia, que passou de 27º lugar na primeira edição do ranking, em 1999, para a terceira colocação em pouco mais de uma década. O valor de mercado da companhia, que era de US$ 13,5 bilhões naquele ano, cresceu a uma taxa composta de 27% ao ano. A consultoria avaliou ainda que o recuo no preço das ações da Petrobrás em 2010 foi compensado pela capitalização de US$ 67 bilhões.

A PFC Energy é uma consultoria de energia com atuação junto a empresas e governos em todo o mundo há mais de 20 anos. Ela publica anualmente o ranking das 50 maiores companhias de energia com ações em bolsa e tem como principal critério o desempenho no mercado de capitais. O ranking está disponível no site da consultoria (http://www.pfcenergy.com/).

HSBC corta preço-alvo da Petrobras, mas recomenda "acumular posições"

"Riscos regulatórios, atraso na capitalização e subsequente diluição nos resultados pesaram fortemente na Petrobras (PETR3, PETR4), transformando-a na segunda pior performance entre as companhias de petróleo e gás desde janeiro de 2008 e a pior desde janeiro de 2010". Esta é a análise de Anisa Redman, do HSBC, que rebaixou nesta quarta-feira (26) seu preço-alvo para as ações da estatal, mas manteve o otimismo em relação ao futuro da companhia.

O novo target do banco para as ações PETR3 é de R$ 42, frente aos R$ 48 estipulados anteriormente. Da mesma forma, o preço-alvo dos ADRs (American Depositary Receipts) da Petrobras, listados na bolsa de Nova York, foi rebaixado de US$ 55 para US$ 50 ao final de 2011. Mesmo assim, Anisa reiterou a recomendação overweight (desempenho acima da média do mercado) para os papéis da petrolífera.

Performance negativa dos ativos
De acordo com a analista do HSBC, a performance negativa das ações da Petrobras nos últimos anos reflete as incertezas que rondaram e ainda rondam a mente dos investidores diante dos últimos acontecimentos relevantes envolvendo a companhia, como o processo de capitalização, as descobertas no pré-sal e o novo marco regulatório do setor.

Assim, de acordo com Anisa, as ações da estatal acumulam uma performance bastante inferior à auferida por seus pares globais. "O mercado já está precificando os efeitos da diluição advinda da capitalização concluída em outubro de 2010 e as incertezas sobre a estratégia de negócios da Petrobras, além de sua habilidade em financiar os ambiciosos planos de crescimento, em nossa visão", destacou o HSBC em relatório.

O resultado disso pode ser visto nas tabelas abaixo, elaboradas pelo HSBC. Na primeira, o comparativo da performance das ações da Petrobras entre 1 janeiro de 2008 e 19 de janeiro de 2011 com os papéis de seus pares globais, bem como com o Ibovespa e com os índices MSCI Brazil e MSCI GEM, criados pelo Morgan Stanley.



Já a segunda tabela faz a mesma comparação, porém, entre as performances do período de 1 de janeiro de 2010 e 19 de janeiro de 2011. "Apesar do avanço auferido nas primeiras três semanas deste ano, a ação tem queda de 18% desde 1 de janeiro de 2010. Desde os tempos pré-crise financeira em janeiro de 2008 até o momento, a Petrobras teve a segunda pior performance, com baixa de 36%, atrás apenas da Gazprom", destacou Anisa.


Mercado está exagerando?
Mesmo diante deste desempenho, a analista do HSBC avalia que o "mercado parece estar assumindo premissas negativas irreais". De acordo com Anisa, os investidores devem estar considerando uma das seguintes premissas em seus valuations: preço do barril de petróleo Brent, negociado no mercado de Nova York, a US$ 71 durante os próximos anos; volume de produção 16% menor do que o target da companhia; capex 13% maior por ano; custos de extração 24% maiores por ano; uma taxa livre de risco de 9,5% na perpetuidade; ou uma parcela do governo de 21% no valor do barril de petróleo Brent frente à média histórica de 18%.

"Entretanto, nós acreditamos que uma companhia com o potencial de produção da Petrobras com as taxas de crescimento acima da média (em termos de capacidade absoluta de produção) deve ser avaliada por sers fundamentos, muito além de seus múltiplos financeiros de curto prazo", disse a analista do HSBC.

O banco acredita que a companhia vai se beneficiar nos próximos meses de um fluxo positivo de notícias, dentre as quais estão incluídos novos dados acerca da produção no campo piloto de Tupi e novidades acerca das áreas de Guará-Norte e Cernambi, além de futuros anúncios positivos sobre as taxas das operações registradas no pré-sal. Anisa ressaltou ainda como drivers favoráveis às ações da estatal a finalização da licitação para novas plataformas e sucesso em futuras emissões de bônus ao final deste ano.

Somado a isso, a analista também acredita que a melhora no cenário macroeconômico brasileiro também dará suporte para um fluxo de notícias positivas à Petrobras. "O Brasil vai continuar a atrair interesse por parte das companhias internacionais de petróleo, dada a viabilidade das inumeras oportunidades de seu meio-ambiente em relação a qualquer outra parte do globo, a despeito das preocupações acerca das prioridades do governo. Petróleo e Gás é um setor vital para o governo em seu duplo papel tanto como acionista da Petro quanto como entidade que colhe os impostos para gerar receitas para o Orçamento", concluiu o HSBC.

Melhores ideias da América Latina: Citi traz ações com potencial no curto prazo

 Atendendo a pedidos, o Citigroup começou a divulgar um relatório de Melhores Idéias na América Latina, incluindo recomendações absolutas (antiga Top Picks Live!) e recomendações relativas.

Os calls absolutos são ações para as quais os analistas têm alta convicção sobre o movimento em termos absolutos - para cima ou para baixo - nos próximos 3 meses, 12 meses ou de 3 a 5 anos. Mesmo fora do consenso do mercado, estes papéis se caracterizam por possuírem catalisadores para seu desempenho.

O portfólio, cujo total é de oito ações da América Latina, tem quatro empresas brasileiras, todas com recomendação de compra. Confira a seguir as indicações do Citi.

Empresa
Ticker
 Tipo do call 
 Horizonte de tempo
Hypermarcas
HYPE3
Absolute Buy
3 a 5 anos
Itaú Unibanco
ITUB4
Absolute Buy
12 meses
Marcopolo
POMO4
Absolute Buy
3 meses
PDG Realty
PDGR3
Absolute Buy
12 meses

   
As escolhidas
Os papéis da Hypermarcas possuem uma visão de longo prazo positiva devido às projeções de crescimento orgânico e inorgânico, como aponta o analista Carlos Albano. Para ele, a ação é uma das melhores alternativas da bolsa para o investidor se beneficiar do crescimento da classe média no Brasil.

Já o Itaú Unibanco, cujas ações foram incluídas visando um espaço de tempo de 12 meses, deverá reportar um dos maiores avanços nos ganhos por ação no setor bancário da América Latina em 2011 e 2012, revela Daniel Abut. Segundo o analista, esse crescimento será impulsionado pelo aumento na carteira de crédito, liderado pelas pequenas e médias empresas; ganhos de sinergia com a fusão entre Itaú e Unibanco; e uma margem de juros líquida resiliente.

Enquanto isso, a Marcopolo tem catalisadores claros, devendo se beneficiar da renovação da frota de ônibus no País e o contínuo apoio, em forma de financiamento, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) a seus clientes. De acordo com Luis Vallarino, há um potencial de alta relativo à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos em 2016, além de investimentos da joint-venture indiana com a Tata.

Por fim, a PDG Realty continua a demonstrar melhor administração e lucratividade em relação aos seus pares, comunica o analista Dan McGoey. "Nós esperamos que a já sólida diversificação dos negócios se beneficie ainda mais da recente aquisição e integração da Agre", resume.

Calls Relativos
A outra relação divulgada pelo Citi traz recomendações relativas - ou seja, uma lista com as ações mais e menos preferidas por cada analista em seu universo de cobertura, com um horizonte de investimento de três meses. O call é montado da seguinte forma: caso o analista cubra mais de 10 companhias, ele deverá eleger duas; aqueles que acompanham ao menos cinco ações só deverão apontar uma; e os que analisam menos que cinco não têm obrigação de incluir papéis nesta lista.

Neste primeiro momento, as recomendações relativas do banco abrangem 37 empresas, das quais 24 são brasileiras. Dentre elas, 13 estão na lista das "mais preferidas" e 11 na das "menos preferidas".

As mais preferidas
O primeiro papel brasileiro que aparece na relação é o da Gerdau, cuja análise é feita por Alexander Hacking em comparação à Usiminas. Segundo o especialista, as ações da primeira deverão obter desempenho melhor que as da segunda, uma vez que espera-se preços do carvão de coque mais elevados, além da valorização do aço nos EUA e maiores problemas de estoque para o aço plano no Brasil, comparado aos longos.

Empresa
Ticker
Gerdau PN
GGBR4
Lojas Americanas PN
LAME4
Marfrig ON
MRFG3
PDG Realty ON
PDGR3
Itaú Unibanco PN
ITUB4
Tim Participações ON
TCSL4
Cosan ON
CSAN3
Marcopolo PN
POMO4
Tractebel Energia ON
TBLE3
Energias do Brasil ON
ENBR3
OGX Petróleo ON
OGXP3
TAM ADR
-
CCR ON
CCRO3

 Já as ações da Lojas Americanas podem estar diante de um catalisador, com a divulgação dos resultados trimestrais. "O recente desempenho negativo também criou um bom ponto de entrada para os investidores e nós vemos os múltiplos da companhia sendo negociados abaixo da média histórica", apontou Carlos Albano.

 Do mesmo modo, o analista destaca que as ações da Marfrig estão excessivamente descontadas com relação aos seus pares, enquanto os múltiplos parecem atrativos. Albano afirma que os resultados do quarto trimestre de 2010 podem se tornar um catalisador, já que espera-se uma melhora na comparação trimestral, impulsionada por uma boa performance do mercado doméstico.

 Quanto às ações da TIM, estas deverão se beneficiar ao capturar maior receita com a oferta de serviços integrados, que seus pares não desejam oferecer, de modo a proteger seus negócios de telefonia fixa. De acordo com James Rivett, as estatísticas recentes revelam que a operadora poderá superar a Claro, ocupando o segundo maior market share do País.

 Já o otimismo do analista Juan Tavarez com a Cosan é justificado por valuations atrativos, exposição ao nível recorde nos preços de açúcar, fluxo de caixa menos cíclico e consolidação do setor. Os catalisadores de curto prazo são as sinergias relativas ao anúncio de uma joint venture com a Shell, atividades de fusão e aquisição e melhora na governança corporativa.

 No setor de energia, destaque para as ações da Tractebel, cujo crescimento dos ganhos deverá ser impulsionado pela reprecificação dos contratos em 2011. Além disso, os preços à vista mais altos devem ajudar o Ebitda (geração operacional de caixa), devido ao baixo custo das plantas térmicas da companhia. Por fim, desenvolvimentos na governança corporativa eliminaram as preocupações acerca da transferência de ativos da GDF Suez, relata Marcelo Britto.

 Ao lado dela, os papéis da Energias do Brasil também são apontados com otimismo. Segundo o analista, a nova metodologia de revisão tarifária levou a uma venda de ações de distribuidoras no segundo semestre do ano passado. Apostando na recuperação dos papéis do segmento, Britto acredita que a EDP é uma aposta sólida para aproveitar esse movimento, devido ao valuation e ao mix balanceado do Ebitda (50% geração e 50% distribuição).

Já no ramo de petróleo, Pedro Medeiros ressalta o significativo upside que a OGX pode apresentar, levado por uma série de catalisadores, tais como os resultados de três poços na bacia de Campos, a atualização de dados de suas reservas e potencialmente bons resultados de um empreendimento arriscado na bacia de Pará-Maranhão.

Ao mesmo tempo, Stephen Trent chama atenção para a TAM, que deve continuar a ter uma performance melhor que a LAN Chile, dada a relação de troca entre as duas empresas. No transporte rodoviário, é a atuação da CCR Rodovias que entra em foco. Segundo Trent, a qual deverá, em conjunto com a OHL Brasil, demonstrar disciplina sobre os leilões federais no país. No entanto, a CCR pode ser mais agressiva ao renegociar as concessões existentes, aponta o analista, preferindo as ações CCRO3 às OHLB3.

Por fim, os papéis de PDG, Itaú Unibanco e Marcopolo foram incluídos entre os mais preferidos pelos mesmos motivos que os fizeram estar nas recomendações absolutas.

Menos preferidas
Com perspectiva pior do que a da Gerdau, a Usiminas estreia a presença das brasileiras na lista das menos preferidas do Citi. Logo depois vem a Brasil Foods. "Nós estimamos que os múltiplos da companhia estão sendo negociados a um prêmio excessivo quando comparados aos pares internacionais, o que não é sustentado por seus fundamentos", alerta Carlos Albano. Os preços de grãos estão subindo e a companhia poderá não conseguir manter a alta dos preços para compensar as pressões dos custos no futuro, indica.

Empresa
Ticker
Usiminas
USIM5
BR Foods
BRFS3
M. Dias Branco
MDIA3
Cyrela Brazil
CYRE3
Telesp
TLPP4
Weg
WEGE3
Duratex
DTEX3
Eletrobras
ELET3
Eletrobras
ELET6
HRT Petróleo
HRTP3
OHL Brasil
OHLB3

Em relação aos papéis da M.Dias Branco, Albano acredita que o valuation não parece atrativo, enquanto o cenário mostra-se desafiador, com uma pressão de custo causada por elevados preços do trigo e forte competição no segmento de massas.

No ramo imobiliário, a Cyrela aparece na lista pois se atrasou frente aos seus pares no ano passado, com lançamentos e pré-vendas atrasadas até o final do ano, além de registrar margens operacionais menores que o projetado. "Nós esperamos que as ações da Cyrela sofram até que as margens passem a crescer", prevê Dan McGoey.

Enquanto isso, no setor de telecomunicações, a Telesp deverá apresentar dificuldades no curto prazo, já que a estratégia de investir em internet discada para clientes de baixa renda pode resultar em alta inadimplência. Além disso, segundo James Rivett, a fusão com a Vivo em meados de 2011 deverá ajudar, mas não evitará que a competição da GVT avance em São Paulo.

Por sua vez, a Eletrobras entra na lista tanto com as ações ordinárias quanto preferenciais, devido a resultados ruins no terceiro trimestre de 2010, somados à baixa geração de caixa da empresa e à precificação de projetos abaixo do esperado. Segundo Marcelo Britto, o desempenho dos papéis ainda pode ser impactado pelo dólar mais fraco no curto prazo.

No setor de produção e exploração, Pedro Medeiros ressalta os fundamentos positivos da HRT, mas mantém-se preocupado com a performance da empresa nos próximos três meses, uma vez que já possui um desconto de 100% no sucesso nas campanhas de perfuração em 2011. O analista também demonstra preocupação quanto a um excesso de ações no mercado, devido ao término do lock-up dos investidore pré-IPO (Initial Public Offering).

Do mesmo modo, a Weg parece atrativa, devido à exposição à infraestrutura de energia no Brasil, mas já parece estar totalmente precificada e com baixa visibilidade de novos projetos, destaca Luis Vallarino. "Então espere uma performance abaixo de outras ações com catalisadores mais claros", frisa, esperando uma potencial pressão sobre o papel.

Mesmo com pontos positivos no longo prazo, Vallarino também incluiu a Duratex na lista de menos preferidas devido aos múltiplos sendo negociados na média, além de possuir poucos catalisadores à vista.

Regras para as escolhas
Com o início do relatório Melhores Ideias da América Latina, o Citi também anunciou as regras para a escolha dos papéis de ambas as listas.

Segundo as diretrizes, ações com recomendação de compra não podem estar entre as menos preferidas, ao mesmo tempo em que as com recomendação de venda não podem figurar nas mais preferidas. Os papéis com sugestão de manutenção podem ser selecionado para ambas. Além disso, papéis de baixa liquidez - menos de US$ 10 milhões de volume diário médio nos últimos 30 dias - não podem ser incluídos nas listas.

Vale ressaltar ainda que os calls podem ser alterados a qualquer momento, sendo que qualquer mudança de recomendação, classificação de risco ou preço-alvo implicará na revisão obrigatória da seleção de Melhores Ideias do analista.

Cinco bancos estão interessados no Panamericano

Bradesco, Santander, Safra, BTG Pactual e um banco estrangeiro estão disputando a compra da instituição controlada pelo empresário Silvio Santos

David Friedlander - O Estado de S.Paulo

Desde que o Panamericano foi colocado à venda, depois da descoberta de um rombo bilionário em suas contas, pelo menos cinco bancos já manifestaram interesse na participação que o empresário Silvio Santos possui na instituição. Fontes que participam do processo citam, entre eles, Bradesco, Santander, Safra e BTG Pactual, além de uma instituição estrangeira que mandou representante, mas ainda não se identificou.

Segundo o Estado apurou, nenhum desses bancos fez proposta firme até agora. A maioria se manifestou em novembro e dezembro, logo depois que o escândalo veio a público. Alguns efetivamente olharam os principais números do Panamericano, outros apenas avisaram que podem vir a negociar os 37,27% de Silvio Santos, dependendo das condições.

O último a aparecer foi o tal banco estrangeiro que não tem operações no Brasil, ainda não quer revelar o nome e contratou um consultor para representá-lo no processo. Procurados, Bradesco, BTG e Santander responderam, por meio de suas assessorias, que não comentariam rumores de mercado. A assessoria do Safra não foi localizada.

Balanço. Antes de dar início a qualquer negociação efetiva, os bancos querem ver o balanço do terceiro trimestre de 2010 do Panamericano, que até hoje não foi divulgado. A apresentação desses resultados já foi adiada duas vezes e agora está prometida para o próximo dia 31.

Sem avaliar esse balanço, fica impossível saber se o aporte de R$ 2,5 bilhões foi suficiente para sanear as contas, se o banco tem outros problemas e qual é a situação da instituição hoje. "Ninguém vai fazer nada sem ver o balanço", diz uma fonte que participa do processo. "Dependendo do que ele apresentar, quem já mostrou interesse seguirá em frente ou não".

Os bancos colocaram o Panamericano no radar porque, dos bancos pequenos, ele é um dos maiores. É forte em crédito consignado e no financiamento de veículos. Possui uma carteira com mais de 2 milhões de clientes, fortemente concentrados nas classes C e D, e tem uma rede de distribuição com 170 pontos de venda espalhados pelo País. De quebra, tem como sócia a Caixa Econômica, com 36,56%.

Depois da descoberta do rombo, a Caixa passou a dar as cartas no Panamericano e a desenvolver uma série de ações para recuperar o banco. Pelo acordo de acionistas, a Caixa precisa aprovar a entrada de um eventual novo sócio no lugar de Silvio.

Preço. Para chegar a um acordo, candidatos à compra da participação de Silvio Santos no Panamericano precisarão negociar também com os executivos da Caixa e do Fundo Garantidor de Crédito. Até agora, antes da divulgação do balanço, eles trabalham com um preço superior a R$ 1 bilhão para vender o banco.

Enquanto o balanço atrasado não sai e os candidatos não se definem, a especulação corre solta na BM&FBovespa. Nos últimos 11 dias, as ações do Panamericano subiram 29%.

PARA LEMBRAR

A fraude bilionária no Panamericano está sendo investigada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. O caso veio a público em novembro, depois que o Banco Central encontrou um rombo estimado em R$ 2,5 bilhões na contabilidade do banco. Basicamente, executivos são acusados de maquiar os balanços para esconder resultados ruins. Toda a direção do Panamericano foi demitida. As autoridades investigam também a suspeita de desvio de dinheiro, mas até agora não há notícia de que tenham sido encontrados indícios de desfalque.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Produção de petróleo da Petrobras no país bate recorde em 2010

A produção média de gás, por sua vez, ficou em 53,077 milhões de metros cúbicos/dia --um aumento de 5,4% em relação a 2009.A produção de petróleo da Petrobras bateu recorde em 2010, chegando a 2.004.172 barris diários. O número representa crescimento de 1,7% na comparação com o volume registrado em 2009 (1.970.811 barris/dia).

Considerados os campos do Brasil e do exterior, a produção total de petróleo e gás natural da Petrobras também foi recorde no ano passado, atingindo a média diária de 2.583.458 de barris de óleo equivalente por dia. O número indica um aumento de 2,3 % sobre os valores de 2009.

De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira pela Petrobras, a produção apenas no exterior chegou a 151.247 barris diários no ano passado, aumento de 7,6% em relação à produção de 2009 (140.576 bpd).

Já a produção total de petróleo e gás natural no exterior em 2010 chegou a 245.440 barris de óleo equivalente por dia, superando em 3,2% o volume alcançado em 2009, que foi de 237.803.

DEZEMBRO

Levando em consideração apenas a produção de petróleo em dezembro, o volume ficou em 2.121.584 barris/dia, também recorde --o valor ultrapassou o último volume histórico, em abril de 2010. O número ficou 6,8% acima da produção do mesmo mês de 2009 e 4,5% em relação à de novembro do ano passado.

Segundo a Petrobras, o aumento da produção no último mês do ano foi consequência do início de operação da plataforma P-57, no campo de Jubarte, na porção Capixaba da Bacia de Campos, do Teste de Longa Duração de Guará, na Bacia de Santos, e da entrada de novos poços nos campos de Cachalote/Baleia Franca e Barracuda/Caratinga, ambos na Bacia de Campos.

Ibovespa vai honrar dívida de crescimento em 2011, diz Planner

Apesar de 2010 ter sido um ano praticamente zerado para o índice, o ambiente otimista vai levar o índice aos 87.578 pontos em 2011

Mirela Portugal, de EXAME.com

Ibovespa vai assimilar momento econômico em 2011, diz Planner

São Paulo - Mesmo em um ano marcado por confiança e estabilidade econômica, o momento otimista não se refletiu na BM&FBovespa em 2010: o mercado de ações nacional não pagou o excedente de performance do Brasil. Se em 2009 o Ibovespa subiu mais de 80%, as notícias não foram tão boas para o investidor no ano que terminou, com o principal índice da bolsa valorizado em apenas 1%.


O ano de 2011 começa tão promissor quanto o que acabou, e para alguns, não parece errado olhar o desempenho das principais ações da bolsa com algum ceticismo. Para a corretora Planner, no entanto, parecem haver sinais suficientes para apostar na força do Ibovespa. “Vemos um contexto de maior relevância para o Brasil, minimizando a volatilidade dos negócios”, diz a instituição financeira em relatório desta quarta-feira (19). De acordo com projeções da Planner, o cenário é suficiente para impulsionar o Ibovespa aos 87.578 pontos este ano.

“O mercado não acompanhou o bom momento do Brasil, mas tem plenas condições em 2011”, diz o estudo. Para a Planner,  tomando-se como base as empresas que compõem a carteira teórica do índice, os resultados devem crescer 12% para 2011, após  projeção de crescimento de 43,3% para 2010, com respectivos múltiplos de 11,3 vezes e 12,6 vezes. “Apesar de 2010 ter sido um ano praticamente zerado em termos de Ibovespa, vivemos um ambiente nervoso, de ganhos curtos, por conta do início de ajustes que consideramos em parte antecipados e que devem ser miminizados em 2011”, diz o relatório.

Outro ponto a favor do índice da bolsa nacional são seus múltiplos atrativos e vantajosos quando comparados na América Latina, onde países como Colômbia e Peru apresentaram performances significativamente maiores do que o Ibovespa até agora, aponta a corretora. “Esse diferencial de  retorno e dividendos do Ibovespa não justifica quedas mais acentuadas do índice“, defende o estudo.

O otimismo dos analistas leva em conta a continuidade de um dólar depreciado, com reflexo positivo nos preços das commodities, e os Estados Unidos recuperando-se a passos ainda tímidos, mas já gerando empregos. Na Europa, especificamente na Zona do Euro, as medidas de ajustes fiscais impedirão recuperação necessária, mas redirecionando os países a maior estabilidade. Por outro lado, entre os possíveis geradores de turbulências, a Planner aponta a China e seu monitoramento cuidadoso do crescimento econômico como maior ameaça.  O trabalho de tratamento da inflação e preços no setor imobiliário pode gerar alguma instabilidade, apontam. “No entanto, isso é muito importante para que haja crescimentos futuros harmoniosos”, defende a Planner.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Bradesco e Citi disputam banco de Silvio

Preço, condição favorável de crédito que cobriu buraco do PanAmericano e apego de empresário a bens travam negociação

Cadastro de 2,5 mi de clientes, sociedade com Caixa e rede são atrativos do banco, que tem rombo de R$ 2,5 bi

MARIO CESAR CARVALHO
DE SÃO PAULO

O Bradesco e o Citibank manifestaram a Silvio Santos que têm interesse em comprar já o Banco PanAmericano, segundo relato feito à Folha por executivos que participam das negociações.
O PanAmericano tem um rombo de R$ 2,5 bilhões e só não quebrou porque o Fundo Garantidor de Crédito, entidade privada que recebe recursos dos correntistas, emprestou esse mesmo valor à instituição no dia 9 de novembro do ano passado.
Bradesco e Citibank têm interesse no cadastro de 2,5 milhões de clientes do banco -estratégico pela concentração de consumidores das classes C e D-, na rede de 52 mil pontos de venda e na sociedade com a Caixa, que comprou 35,5% do capital do banco por R$ 739,2 milhões em novembro de 2009.
Nas negociações, Silvio tem relutado em se desfazer do banco. A resistência de Silvio tem duas explicações, de acordo com os negociadores: 1) o empréstimo de R$ 2,5 bilhões foi feito em condições tão excepcionais que nos dois primeiros anos o banco não precisará pagar nada; 2) Silvio não gosta de se desfazer dos seus bens.
O exemplo mais folclórico do apego de Silvio é que ele não vendeu até hoje a quitinete que comprou há 50 anos em São Vicente, no litoral paulista. O contraexemplo é a negociação em curso para a venda das 140 lojas do Baú da Felicidade.
Silvio disse a auxiliares não ver saída para o negócio do Baú a não ser a venda para uma rede do porte do Pão de Açúcar.

PREÇO ALTO
A relutância de Silvio em se desfazer do banco aparece quando se discute o preço, segundo a Folha apurou.
Nesse tipo de negociação, não se fala exatamente de valores em reais, mas de múltiplos em relação ao patrimônio líquido do banco.
O razoável, segundo negociadores com experiência em compra de bancos, seria pagar de 1,2 a 2,6 vezes o patrimônio líquido do PanAmericano -o chamado PL, como aparece nos balanços, é a soma dos bens de uma instituição (a rede de agências e prédios) com os direitos (contratos de créditos) menos as obrigações (dívidas, tributos e questões trabalhistas).
O problema número um é que ninguém sabe exatamente qual é o patrimônio líquido do banco de Silvio. A contabilidade do banco era manipulada para esconder o rombo a ponto de até agora a nova diretoria, que tomou posse junto com o empréstimo, não ter conseguido fechar o balanço de 2010.
O mais recente balanço trimestral divulgado pelo Pan- Americano, do segundo trimestre de 2010, traz um patrimônio líquido de cerca de R$ 1,6 bilhão. Se esse valor estiver correto, o PanAmericano valeria de R$ 2,6 bilhões a R$ 3,5 bilhões. Mas Silvio já pediu até cinco vezes o patrimônio líquido, o que corresponde a $ 8 bilhões.
O Bradesco, o Citibank e o PanAmericano não quiseram comentar as negociações. Os dois primeiros dizem não comentar rumores de mercado.

Petrolífera BG anuncia plano de investimentos de US$ 10 bi no Brasil

Empresa planeja instalar 13 plataformas petrolíferas no do pré-sal

A BG deve trabalhar com a Petrobras na área do pré-sal

São Paulo - A companhia petrolífera britânica BG terá um ambicioso plano de investimentos no mercado brasileiro, calculado em US$ 10 bilhões nos próximos dez anos, segundo antecipou o novo presidente da filial no Brasil, Nelson Silva, informou a imprensa.

Em entrevista ao jornal "Valor Econômico", Silva afirmou que o objetivo é consolidar a marca da multinacional no Brasil, onde iniciou suas operações há 16 anos e controla a distribuidora Comgás.

Segundo ele, a BG tem um projeto sustentável para o Brasil e o novo valor representa o dobro dos US$ 5 bilhões investidos nos 16 anos de operações, nos quais se destaca a compra de 60% do capital da Comgás.

A companhia pretende instalar 13 plataformas de exploração petrolífera na área do pré-sal, no qual sua participação ao lado da Petrobras supera a de outras empresas, como a hispano-argentina Repsol YPF e a portuguesa Galp.

A companhia também criará no Brasil seu primeiro centro de tecnologia global, com um custo de 1,5 bilhão até 2025.

Paranapanema é alvo de aquisições

A percepção da fabricante de cobre Paranapanema como um alvo em potencial para aquisições poderá impulsionar o andamento dos ativos da companhia neste ano. A visão ganhou força após a tentativa de aquisição da companhia pela Vale, em setembro do ano passado, o que elevou o valor dos ativos da companhia.



   O analista do BB Investimentos, Antonio Emilio Bittencourt Ruiz, lembra que a Paranapanema é responsável por 99% da produção de cobre refinado no Brasil e possui 39% de participação de vendas. Segundo o analista, a companhia é "potencial alvo de ofertas de aquisição, podendo impactar positivamente no preço de suas ações, como a ocorrida em setembro de 2010".



   Em setembro, a Vale tentou adquirir a fabricante de cobre, por meio de uma oferta pública voluntária (OPA), mas com a aquisição condicionada à compra de, pelo menos, 50% mais uma das ações da empresa. O preço inicial da oferta foi de R$ 6,30 por papel. No pregão, o preço chegou a R$ 6,75 e a adesão da oferta chegou a 38,28%, e, portanto, não atingiu o mínimo para a oferta ser efetivada.



   Uma fonte, que preferiu não se identificar, afirmou que a possibilidade de a Vale apresentar nova oferta para a aquisição da Paranapanema ainda existe. "Faltou um pouco de negociação e paciência. Não deu tempo para os acionistas minoritários digerirem a história, porque a oferta da Vale foi boa", disse.



   Ainda segundo a fonte, tanto a Paranapanema quanto os seus acionistas teriam muito a ganhar com a transação. Tendo como base o fechamento do pregão da última sexta-feira, a oferta final da Vale (R$ 6,75) garantiria um prêmio de 20% aos acionistas.



   "A Paranapanema compra concentrado de cobre da Vale e o refina. Se a Vale compra a empresa, ela vai estar em todo o processo e terá ganhos que a Paranapanema nunca teria sozinha", disse. Para a fonte, existe um possibilidade da Vale entrar com a mesma proposta de setembro, mas só que dessa vez, sair vitoriosa. "A Vale poderia até aumentar a proposta, mas esse não é um ativo que ela aceitaria pagar mais", disse.



    No mês seguinte à oferta, o presidente da Vale, Roger Agnelli, afirmou que a Vale não faria nova oferta para aquisição da companhia. No entanto, em dezembro, diante de um boato de que a mineradora faria nova proposta pela compra da Paranapanema, as ações da companhia subiram mais de 14% no pregão.



   "Esse seria um movimento que faz sentido para a Vale", afirmou o analista da Socopa Corretora, Marcelo Varejão. O analista destacou que o valor a mais, solicitado pelos acionistas da Paranapanema, não foi muito grande, mas mesmo assim a Vale não aceitou. O analista destacou que o ativo é estratégico para a Vale, por conta de seu objetivo de aumentar a produção de cobre.



   O consultor econômico da WinTrade, José Góis, lembrou que há sinergias da Paranapanema com a Vale. "Obviamente ela [a Vale] tem interesse. Ela já ofereceu um bom preço, apesar dos minoritários terem rejeitado", disse.



   No entanto, Goés afirmou que a empresa em sim, não é atrativa para investidores. "A Paranapanema já teve seus tempos de estrela, mas ela já vendeu seus principais ativos. Em termos fundamentalistas ela é uma empresa complicada", afirmou.

Aos poucos, Sam Zell sai de investimentos no País

Naiana Oscar - O Estado de S.Paulo

Sam Zell, o bilionário americano que fez fortuna no mercado imobiliário, está saindo a conta gotas dos investimentos que começou a fazer no Brasil em 2005. Nos últimos cinco anos, ele investiu R$ 500 milhões em seis empresas brasileiras: Gafisa, Bracor, BR Malls, AGV Logística e Brazilian Finance & Real Estate.

Em outubro do ano passado, Sam Zell vendeu pela terceira vez parte de sua fatia na construtora Gafisa, passando a deter 2,6% das ações. Na mesma ocasião, ele reduziu de 5,9% para 2,7% sua participação na BRMalls, empresa líder no setor de shopping centers no Brasil.

O presidente da Bracor, Carlos Betancourt, não informou como ficou a participação de Sam Zell na Bracor, depois da venda de ativos para o fundo Prosperitas. Próximo do investidor americano, ele garante que Zell não tem intenção de deixar os investimentos no Brasil. "Ele está prestes a anunciar novos negócios imobiliários por aqui", disse. "Não há qualquer situação que tenha diminuído o interesse pelo mercado brasileiro."

Em 2007, praticamente às vésperas de estourar a bolha imobiliária americana, Zell vendeu sua principal empresa, a Equity Office Properties, por US$ 38 bilhões, para o fundo Blackstone. Pode não ter passado de uma coincidência, mas depois disso, cada passo que ele dá é motivo para interpretações.

Em entrevista, por e-mail, ao Estado, o professor de Real Estate da Columbia University, John F. Tsui, disse que a saída de Sam Zell pode ser um sinal de que o mercado imobiliário brasileiro está sobrevalorizado. "Pode ser o sinal de saída de uma bolha de propriedade", disse o pesquisador.