quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Shell e Cosan confirmam parceria e nova empresa de US$ 20 bi

Mônica Pestana

Direto de São Paulo



Royal Dutch Shell e Cosan confirmaram nesta segunda-feira a joint venture para produzir e distribuir etanol. Fruto da associação, a Raízen (com inicial minúscula ou maiúscula, segundo a assessoria) nasce com um valor de ativos de US$ 20 bilhões, faturamento de US$ 50 bilhões e cerca de 40 mil funcionários. A marca Esso, comprada pela Cosan em 2008, deve desaparecer dos postos de combustíveis no Brasil em até 36 meses.

A Raízen será uma das cinco maiores do País em faturamento, de acordo com as empresas. A nova organização será responsável por uma produção de mais de 2,2 bilhões de litros de etanol por ano para atendimento ao mercado interno e externo. A tentativa será de transformar o etanol em uma commodity internacional. As atuais 23 usinas da Cosan produzem 4 milhões de toneladas de açúcar e tem 900 MW de capacidade instalada de produção de energia elétrica a partir do bagaço da cana.

De acordo com o Rubens Ometto, presidente do conselho de administração da nova empresa, a fusão nasce da reunião de forças para tornar a marca uma referencia mundial em energia. "Formamos uma organização com números significativos e já iniciamos uma produção de liderança em energia sustentável", afirmou Ometto. "Nossa intenção é aumentar significativamente a exportação de etanol e cana de açúcar. Nossa é meta é dobrar a produção de etanol."

As empresas haviam assinado em agosto de 2010 um acordo para unir as operações no ramo do combustível renovável. "Tenho certeza que essa associação vai ser melhor e maior do que todos esperam", disse Vasco Dias, diretor presidente da nova empresa. "Estamos criando mais um líder global".

Conforme o memorando assinado no ano passado, a joint venture inclui a transferência de todas as usinas de açúcar e etanol da maior produtora de açúcar e álcool do Brasil, incluindo co-geração de energia a partir do bagaço da cana e ativos de distribuição e comercialização de combustíveis. A Cosan continuará existindo no segmento da cana de açúcar.