segunda-feira, 31 de março de 2008

Fundamentalistas vêem Nova Bolsa com otimismo, mas o que diz a análise técnica?

Por: Rafael de Souza Ribeiro

A criação da Nova Bolsa, instituição resultante da integração das operações da Bovespa Holding (BOVH3) e da BM&F (BMEF3), foi recebida com entusiasmo pelos analistas fundamentalistas, que garantem boas perspectivas diante aos ganhos de sinergia, impactos positivos nos lucros e redução de custos da operação.

Por sua vez, a análise técnica também traz sua leitura e suas projeções para os papéis ordinários de ambas as bolsas, auxiliando o investidor na avaliação das oportunidades apresentadas por estas ações.

Antes de entrar no mérito das análises, Alexandre Wolwacz, analista da Leandro.Stormer, ressalva que o breve histórico de negociação no mercado destes ativos - a Bovespa Holding estreou no final de outubro de 2007, enquanto a BM&F, ao fim de novembro passado - dificulta o estudo do analista técnico, devido à restrita base de dados nos mercados.

Ações da BM&F "andando de lado"
Wolwacz afirma que as ações da BM&F vêm operando de "lado" no médio prazo e em alta no curtíssimo prazo. SegundO ele, caso rompida a zona dos R$ 18,60, o papel ganha força para chegar próximos dos R$ 22,30.

A congestão também é verifica na análise de Marcelo Grande, sócio fundador da Traderclass. Segundo Grande, os papéis vêm sendo negociados na faixa dos R$ 13,80 e R$ 19,20, respectivos suporte e resistência.

Novas compras seriam interessantes na aproximação tanto do suporte, como no rompimento da casa dos R$ 19,20.

Bovespa Holding também em congestão
Segundo Stormer, as ações da Bovespa Holding também se encontram em congestão, com suporte na casa dos R$ 22,70 e maior resistência na zona dos R$ 36,74.

Porém, antes dos R$ 36,74, o analista traça resistência próxima dos R$ 27,85, que caso ultrapassada, abre espaço para os papéis alcançarem R$ 31,20, ponto no qual Stormer antevê uma pressão vendedora por parte dos investidores.

Para Marcelo Grande, os papéis também caminham "de lado" entre o suporte na região dos R$ 21,20 e resistência em R$ 28,20. O analista prevê que novos pontos de compra deverão surgir próximo do suporte ou após o rompimento da congestão.

Nas palavras de Grande, "a entrada neste momento (próxima da resistência) se torna arriscada". O importante é se manter atento aos perímetros traçados, para assim otimizar a compra, ou eventual venda dos papéis.