O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, se mostrou otimista em relação à economia brasileira em 2009 e acredita que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional ficará próximo dos 4% no ano que vem, mesmo com a crise internacional.
Coutinho acrescentou que o banco de fomento será um dos principais apoios para o desenvolvimento da infra-estrutura e revelou que cerca de 70% dos recursos necessários para os desembolsos da instituição em 2009 já estão garantidos.
O presidente do BNDES, que participou de seminário sobre concessão de aeroportos promovido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), revelou que são apenas considerações preliminares as indicações de que o banco pode desembolsar até R$ 100 bilhões no próximo ano. Segundo ele, o valor pode até ser maior que este, mas, mesmo que isso ocorra, o banco não enfrentará problemas para levantar recursos.
"Temos um valor que já cobre pelo menos 70% do total. Estamos tranqüilos, não vamos morrer à míngua no ano que vem, como não morremos à míngua neste ano", assegurou Coutinho. Ele observou que o banco de fomento conta com o retorno de parte dos empréstimos já feitos pelo banco, com novos valores do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), com R$ 7 bilhões do FGTS para infra-estrutura e com negociações em andamento para obtenção de recursos de instituições multilaterais, como o Banco Mundial.
Coutinho revelou que o banco deverá realmente superar os R$ 90 bilhões em desembolsos neste ano. Entre janeiro e novembro, o volume de recursos destinados pela instituição para projetos gira em torno de R$ 80 bilhões, enquanto nos 12 meses encerrados em novembro o valor passa a R$ 86 bilhões. "Em dezembro vamos ter um desembolso muito firme, podendo até passar os R$ 90 bilhões", disse.
De acordo com o presidente do BNDES, as consultas de empresas junto ao banco continuam firmes, o que aponta para um bom desempenho em 2009. Neste sentido, ele se mostrou otimista em relação ao PIB brasileiro no ano que vem. Para ele, o crescimento do terceiro trimestre, de 6,8% perante igual período do exercício passado, surpreendeu a muitos, mas não ao BNDES, que já enxergava um crescimento robusto dos investimentos, principalmente em infra-estrutura.
De acordo com o IBGE, a formação bruta de capital fixo, que representa volume de investimentos na economia, foi o principal motor de crescimento do PIB entre julho e setembro.
"O crescimento do PIB no ano que vem vai surpreender muita gente. O impulso de crescimento de 2008 para 2009 vai ser muito maior do que se pensa e vai gerar um carry over (carregamento) mínimo de 1% para 2009", ressaltou Coutinho. Ele acrescentou que a tendência para a economia do país é de um período mais difícil nos próximos três a quatro meses, com retomada de taxas expressivas de crescimento a partir do segundo trimestre do próximo ano.
Para este ano, Coutinho espera um crescimento acima de 5,5%.
(Rafael Rosas | Valor Online)
Coutinho acrescentou que o banco de fomento será um dos principais apoios para o desenvolvimento da infra-estrutura e revelou que cerca de 70% dos recursos necessários para os desembolsos da instituição em 2009 já estão garantidos.
O presidente do BNDES, que participou de seminário sobre concessão de aeroportos promovido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), revelou que são apenas considerações preliminares as indicações de que o banco pode desembolsar até R$ 100 bilhões no próximo ano. Segundo ele, o valor pode até ser maior que este, mas, mesmo que isso ocorra, o banco não enfrentará problemas para levantar recursos.
"Temos um valor que já cobre pelo menos 70% do total. Estamos tranqüilos, não vamos morrer à míngua no ano que vem, como não morremos à míngua neste ano", assegurou Coutinho. Ele observou que o banco de fomento conta com o retorno de parte dos empréstimos já feitos pelo banco, com novos valores do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), com R$ 7 bilhões do FGTS para infra-estrutura e com negociações em andamento para obtenção de recursos de instituições multilaterais, como o Banco Mundial.
Coutinho revelou que o banco deverá realmente superar os R$ 90 bilhões em desembolsos neste ano. Entre janeiro e novembro, o volume de recursos destinados pela instituição para projetos gira em torno de R$ 80 bilhões, enquanto nos 12 meses encerrados em novembro o valor passa a R$ 86 bilhões. "Em dezembro vamos ter um desembolso muito firme, podendo até passar os R$ 90 bilhões", disse.
De acordo com o presidente do BNDES, as consultas de empresas junto ao banco continuam firmes, o que aponta para um bom desempenho em 2009. Neste sentido, ele se mostrou otimista em relação ao PIB brasileiro no ano que vem. Para ele, o crescimento do terceiro trimestre, de 6,8% perante igual período do exercício passado, surpreendeu a muitos, mas não ao BNDES, que já enxergava um crescimento robusto dos investimentos, principalmente em infra-estrutura.
De acordo com o IBGE, a formação bruta de capital fixo, que representa volume de investimentos na economia, foi o principal motor de crescimento do PIB entre julho e setembro.
"O crescimento do PIB no ano que vem vai surpreender muita gente. O impulso de crescimento de 2008 para 2009 vai ser muito maior do que se pensa e vai gerar um carry over (carregamento) mínimo de 1% para 2009", ressaltou Coutinho. Ele acrescentou que a tendência para a economia do país é de um período mais difícil nos próximos três a quatro meses, com retomada de taxas expressivas de crescimento a partir do segundo trimestre do próximo ano.
Para este ano, Coutinho espera um crescimento acima de 5,5%.
(Rafael Rosas | Valor Online)