segunda-feira, 15 de março de 2010

BB amplia limites de crédito em R$ 8,2 bi para pessoas físicas

Com o aumento do volume emprestado, 1,4 milhão de correntistas devem ser beneficiados

Ana Paula Ribeiro, da Agência Estado


O Banco do Brasil (BB) voltou a ampliar os limites de crédito para os clientes pessoas físicas. Dessa vez, a oferta será elevada em R$ 8,2 bilhões e beneficiará 1,4 milhão de correntistas. Segundo a instituição financeira, essa ampliação foi possível devido a uma melhoria na gestão do cadastro, o que permitirá elevação ou reativação de limites.

De acordo com o vice-presidente de Crédito, Controladoria e Risco Global do BB, Ricardo Flores, essa melhora na gestão leva em conta o perfil de risco dos clientes. São beneficiados com os aumentos dos limites aqueles com bom histórico de pagamento e propensão para o consumo. "É o nosso cadastro positivo interno. Os resultados das medidas anteriores mostram que essa estratégia tem sido vencedora, pois conseguimos fazer que nossa carteira crescesse nas operações com melhores riscos", disse Flores, em nota do BB.

A ampliação anunciada hoje se soma a três outras realizadas no ano passado. Elas foram feitas com o objetivo de estimular o consumo no momento em que o governo temia um arrefecimento maior da economia como consequência da crise externa. Em maio de 2009, o limite foi ampliado em R$ 13 bilhões para 10 milhões de clientes. Em setembro, um novo ajuste na gestão do cadastro permitiu R$ 12,7 bilhões em limites nas operações concedidas ao consumidor diretamente por estabelecimentos comerciais conveniados. Além disso, 1,2 milhão de clientes tiveram os limites dos cartões de crédito e operações de crédito direto ao consumidor (CDC) ampliados em R$ 5 bilhões.

O BB estima que entre maio e dezembro os clientes que tiveram os limites ampliados contrataram R$ 5 bilhões em operações de crédito. Ao final de dezembro, a carteira de crédito total do banco federal era de R$ 321,7 bilhões, valor 28,4% superior ao registrado em igual mês de 2008. O financiamento ao consumo chegou a R$ 91,8 bilhões, o que representa uma expansão de 88,1%.