sexta-feira, 25 de junho de 2010

Qual a melhor opção para investir em imóveis?

Fundos imobiliários atendem quem dispõe de recursos reduzidos. Mas a compra de um imóvel também pode ser vantajosa. Conheça os dois modelos e saiba como investir

Por Rodrigo Caetano, Istoé Dinheiro

O que é melhor, comprar um imóvel ou investir em um fundo imobiliário? Esta pode ser a dúvida de muitos investidores, agora que as vendas de residências e imóveis comerciais batem recordes trimestre após trimestre.

De acordo com o último dado divulgado pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), o mercado imobiliário na capital paulista teve, em 2010, o melhor abril desde 2004, com vendas que movimentaram R$ 1,28 bilhão.

Os preços dos imóveis também dispararam em São Paulo. Segundo a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), o valor do metro quadrado na cidade cresceu 42,86% para os apartamentos de dois quartos nos primeiros quatro meses do ano. No mesmo período, a caderneta de poupança teve valorização de 6,68%.

Para quem dispõe de recursos reduzidos, os fundos imobiliários se mostram como opção atraente. Negociados em bolsa, estes fundos podem alcançar rentabilidade de até 1,3% ao mês. E ficam livres de imposto de renda, caso o investidor tenha menos de 10% das cotas do fundo.

O consultor de investimentos Sérgio Belleza Filho explica que os fundos imobiliários funcionam como empresas criadas para administrar diversos imóveis. “Eles permitem que mesmo pequenos investidores tenham acesso a grandes inquilinos e ativos”, afirma. A cota inicial de um fundo gira, em média, em torno de R$ 10 mil, mas é possível encontrar fundos com cotas de R$ 1 mil e até de R$ 100.

Vídeo: Sérgio Belleza fala sobre as vantagens e desvantagens dos fundos imobiliários

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No caso da compra de imóveis, a rentabilidade não é muito diferente. Segundo Maria José Serrano, consultora imobiliária da Coelho da Fonseca, para os imóveis residenciais, os ganhos obtidos com aluguel giram em torno de 0,7% do valor do imóvel, enquanto no ramo comercial, o retorno sobe para 1%. Por outro lado, o investidor também ganha com a valorização do imóvel. “É um patrimônio que se mantém atualizado ao longo dos anos”, afirma Maria José.

A grande desvantagem desse modelo, diz Belleza, é o risco que o investidor tem de não conseguir alugar o imóvel. Nos fundos, o investidor aplica em diversos imóveis, reduzindo as chances de vacância ou inadimplência. Além disso, não é preciso arcar com a manutenção do bem e nem lidar com inquilinos, relação que muitas vezes se torna trabalhosa.

A liquidez, ou seja, a facilidade para se desfazer do ativo, é outra diferença entre os dois modelos. “Para vender um imóvel, o investidor precisa de uma série de certidões, tem custo de cartório e leva tempo. “No caso dos fundos, basta pegar o telefone e em três dias o dinheiro está na conta”, diz Belleza. Para o investidor, no entanto, vale lembrar que o fundo negociado em bolsa funciona como uma ação. Assim, para se desfazer da cota é preciso que alguém esteja disposto a comprá-la.

Segundo Maria José, metade dos imóveis residenciais de alto padrão lançados atualmente são comprados por investidores. A maior parte dos negócios é feita na fase de lançamento do empreendimento, quando os preços são, em média, 30% menores. “O investidor que compra na planta pode contar, já de cara, com uma valorização de 30% até o imóvel ficar pronto”, destaca a consultora.


Para saber mais sobre os fundos imobiliários, acesse o link abaixo:

http://www.fundoimobiliario.com.br/