terça-feira, 31 de agosto de 2010

Brasil: desenvolvimento por dez anos

Para Scott Meadow, Brasil é país de investimentos

Assessoria Acham


Scott Meadow, Diretor da Faculdade de Iniciativas Globais e professor de empreendedorismo da Booth School of Business, de Chicago, aposta em um crescimento vertical do Brasil nos próximos dez anos. Isto porque o País atrai mais investimentos das grandes empresas e exerce um trabalho rigoroso de formação dentro das universidades. O especialista em private equity e venture capital esteve presente no "Encontro de Empreendedorismo" promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), em parceria com o Instituto Ling, na sexta-feira passada (27/08).



Segundo o investidor, o cenário brasileiro para trabalhar com capital de risco é favorável. Existe uma base muito forte de grandes empresas apostando em setores daqui. Elas atuam como campos de treinamento em negócios para pessoas que pretendem gerir uma empresa competitiva. O segmento mais visado é o agronegócio, setor tradicional no mercado de investimentos, beneficiado no Brasil devido ao vasto mercado. "Se alguém me desse 100 milhões de dólares para investir em qualquer lugar do mundo, eu iria para o Brasil ou para Índia. Principalmente porque existe uma enorme população e território que fazem desses locais sucesso de exportação", afirmou Meadow para estudantes e associados da Câmara.



Para quem pretende ter o próprio empreendimento, Meadow dá a dica: "É necessário basicamente ser um otimista! Mas claro, tendo como apoio conhecimento específico em uma área. Por outro lado, se você for um bom gerente e tiver algum bom empreendedor que te mostre o caminho, você também poderá ser um ótimo empresário".



O Encontro de Empreendedorismo contou também com as presenças de Clóvis Benoni Meurer, Sócio e Diretor Superintendente da CRP Companhia de Participações, Nestor Perini, Presidente da Lupatech e Fábio de Paula, Diretor de Investimentos da Intel Capital para a América Latina. Eles defenderam a ideia de investidores que criam laços com os empreendedores. De Paula lembrou que a Intel Capital já investiu 10 bilhões de dólares, em 45 países, desde 1991, e falou aos investidores para que busquem time sólido e evitem pisar em terreno inseguro. "A verdade é que o processo de abertura de capital depende da capacidade de um investidor em agregar ao empreendimento", completa.



Meurer afirmou que em uma transação de capital de risco, é importante passar confiança entre partes e desenvolver uma parceria. A CRP foi pioneira na prática de Vanture Capital no Rio Grande do Sul e Meurer ressaltou o sucesso dos investimentos no Estado. "Eles têm confiança que haverá retorno dos empreendimentos gaúchos e, por isso, apostam no capital sem seguranças de retorno por aqui".