Eventual injeção de capital no banco público deve ocorrer em 2011 ou 2012
Altamiro Silva Júnior, da Agência Estado
A Caixa Econômica Federal não descarta fazer uma capitalização para conseguir sustentar o forte ritmo de crescimento de suas operações de crédito. No primeiro semestre, a expansão foi de 50%. "Se precisar, vai ser feita uma capitalização. Até para podermos continuar no mesmo ritmo de crescimento", diz a presidente do banco, Maria Fernanda Ramos Coelho.
Por enquanto, a Caixa vem buscando outras formas de captar recursos para financiar a expansão do crédito, principalmente o imobiliário. Por isso, uma eventual capitalização deve ocorrer em 2011 ou 2012. Nas próximas semanas, o banco deve captar R$ 500 milhões por meio de securitização de sua carteira de empréstimos, diz Maria Fernanda. Além disso, deve lançar mais letras financeiras, espécie de debêntures que o governo criou no final do ano passado para os bancos captarem recursos de mais longo prazo. A Caixa lançou R$ 1 bilhão em letras e pode lançar mais R$ 2 bilhões.
O banco público tem situação confortável no momento para expandir suas operações de crédito. O Índice de Basileia da Caixa, indicador que mede quanto um banco pode emprestar sem comprometer seu capital, fechou o primeiro semestre em 17,1%, acima de bancos privados, como Bradesco e Itaú (que tem indicador na casa dos 15,8%). O Banco Central exige Basileia mínimo de 11%.
Para 2010, a previsão do banco é que sua carteira de crédito total fique entre R$ 170 bilhões e R$ 175 bilhões. No primeiro semestre, a carteira cresceu 50,3% e terminou junho em R$ 149,2 bilhões. O grande destaque é o crédito imobiliário, que deve superar as projeções iniciais de R$ 60 bilhões.
Aquisições
Maria Fernanda diz que a Caixa deve fazer novas aquisições no mercado interno ainda este ano, por meio a Caixapar, especialmente em segmentos onde não atua ou tem pouca experiência. "Há necessidade cada vez maior de especialização", diz ela, sem citar áreas de interesse. A presidente conta que foi por meio da aquisição de uma participação no Banco Panamericano que a Caixa conseguiu entrar em mercados como financiamento de automóveis e leasing.
Já para o mercado externo, o banco tem como objetivo fazer cooperações técnicas com entidades de outros países e vem trabalhando em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores. O objetivo é atender um público específico, o de migrantes brasileiros. Por isso, o banco abriu escritório nos Estados Unidos e Japão. Mais recentemente, inaugurou uma unidade na Venezuela.
Altamiro Silva Júnior, da Agência Estado
A Caixa Econômica Federal não descarta fazer uma capitalização para conseguir sustentar o forte ritmo de crescimento de suas operações de crédito. No primeiro semestre, a expansão foi de 50%. "Se precisar, vai ser feita uma capitalização. Até para podermos continuar no mesmo ritmo de crescimento", diz a presidente do banco, Maria Fernanda Ramos Coelho.
Por enquanto, a Caixa vem buscando outras formas de captar recursos para financiar a expansão do crédito, principalmente o imobiliário. Por isso, uma eventual capitalização deve ocorrer em 2011 ou 2012. Nas próximas semanas, o banco deve captar R$ 500 milhões por meio de securitização de sua carteira de empréstimos, diz Maria Fernanda. Além disso, deve lançar mais letras financeiras, espécie de debêntures que o governo criou no final do ano passado para os bancos captarem recursos de mais longo prazo. A Caixa lançou R$ 1 bilhão em letras e pode lançar mais R$ 2 bilhões.
O banco público tem situação confortável no momento para expandir suas operações de crédito. O Índice de Basileia da Caixa, indicador que mede quanto um banco pode emprestar sem comprometer seu capital, fechou o primeiro semestre em 17,1%, acima de bancos privados, como Bradesco e Itaú (que tem indicador na casa dos 15,8%). O Banco Central exige Basileia mínimo de 11%.
Para 2010, a previsão do banco é que sua carteira de crédito total fique entre R$ 170 bilhões e R$ 175 bilhões. No primeiro semestre, a carteira cresceu 50,3% e terminou junho em R$ 149,2 bilhões. O grande destaque é o crédito imobiliário, que deve superar as projeções iniciais de R$ 60 bilhões.
Aquisições
Maria Fernanda diz que a Caixa deve fazer novas aquisições no mercado interno ainda este ano, por meio a Caixapar, especialmente em segmentos onde não atua ou tem pouca experiência. "Há necessidade cada vez maior de especialização", diz ela, sem citar áreas de interesse. A presidente conta que foi por meio da aquisição de uma participação no Banco Panamericano que a Caixa conseguiu entrar em mercados como financiamento de automóveis e leasing.
Já para o mercado externo, o banco tem como objetivo fazer cooperações técnicas com entidades de outros países e vem trabalhando em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores. O objetivo é atender um público específico, o de migrantes brasileiros. Por isso, o banco abriu escritório nos Estados Unidos e Japão. Mais recentemente, inaugurou uma unidade na Venezuela.