quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Imóveis "compactos" proporcionam sonho da casa própria, opina Secovi-SP

InfoMoney


Para muitos brasileiros, a única forma de garantir a chave da casa própria é graças aos "imóveis compactos". Por apresentarem tamanhos considerados menores, de 40, 45 e 50 metros quadrados, muito se fala a respeito desse tipo de habitação.

De acordo com o presidente do Secovi-SP, João Crestana, a questão não gira em torno do tamanho, mas sim da dignidade das pessoas com renda insuficiente para arcarem com imóveis mais amplos. É por esses imóveis chamados de "compactos" que muitos brasileiros estão realizando o sonho da moradia.

“Apartamentos de 40 metros quadrados, com dois quartos, sala, cozinha e banheiro trazem dignidade, conforto e segurança. Não há como aceitar tranquilamente que pessoas morem em lugares sub-humanos. É preferível vê-las em imóveis formais, de menor tamanho, mas que proporcionem qualidade de vida”, opina Crestana.

Brasil
Segundo ele, a deficiência habitacional no Brasil é de aproximadamente 7 milhões de moradias, ou 30 milhões de pessoas morando em condições precárias.

Entretanto, existem países cujas condições de moradia são piores. Na comparação com o sistema habitacional chinês, por exemplo, as habitações brasileiras são muito favoráveis.

“Em Pequim, há imóveis de 2 metros quadrados. Se aplicarmos essa visão habitacional construtiva aqui no Brasil, um dos nossos apartamentos de 40 metros quadrados seria capaz de acomodar 20 chineses”, ressalta Crestana.

Melhorias
Com o "boom" na construção civil brasileira, aliada ao crescimento de renda das famílias, que saíram das classes D e E para ocupar espaço na classe C, a indústria imobiliária assumiu papel social prioritário nos últimos cinco anos, de modo a impulsionar a mobilidade social dessas famílias.

"Aqui no Estado de São Paulo, inclusive, o governo tem investido na construção de unidades habitacionais também compactas, mas com ampla acessibilidade para pessoas com deficiência. Mas devemos considerar que a “deficiência” maior de grande parcela da população é a econômica. Logo, os imóveis devem caber no bolso dos compradores", completa Crestana.