Brasil Econômico (msegala@brasileconomico.com.br)
“Eu não prevejo, e sim cuido das minhas posições no mercado”
Um dos traders mais conhecidos do mundo, Alexander Elder - autor, entre outros livros, de "Como se transformar em um operador e investidor de sucesso" - tem operado "vendido" com muita frequência, apostando na queda de ações e contratos futuros nas bolsas dos Estados Unidos.
E se depender do que vem percebendo ao analisar os gráficos do mercado americano, é possível que continue operando da mesma forma ainda por um tempo.
"O ‘bear market' (mercado de baixa) acabou em março de 2009. Estamos em um ‘bull market' (mercado de alta), mas ele acontece em três estágios", explica o analista, que está no Brasil para participar da Expo Money São Paulo, a partir de amanhã.
Os três estágios a que Elder se refere - o da recuperação, o do crescimento econômico e o da bolha - são intercalados por períodos de correção, e é num deles que se encontra agora o mercado americano. "Esta correção ainda não acabou", avalia.
Elder prefere não fazer projeções de quando deve ter início o segundo estágio do atual mercado de alta. Para o especialista, o perigo de fazer previsões é acreditar nelas e deixar de acompanhar de perto o dia-a-dia.
Ele afirma apenas que, na média, um "bull market" americano dura, ao todo, de quatro a cinco anos. No último período de alta, entre 2003 e 2008, o primeiro estágio demorou aproximadamente um ano para acabar e foi seguido por uma correção de nove meses.
"Eu não prevejo. Cuido das minhas posições", afirma. E cuida mesmo, o tempo todo. Nem concedendo entrevista o computador de Elder, com gráficos e cotações na tela, é desligado.
Negociação
Para operar, Elder - um médico de formação - se baseia principalmente na análise técnica (ou gráfica). Vez ou outra, dá uma uma olhada nos fundamentos das empresas. Também presta um pouco de atenção à evolução da situação política. Mas... "A verdade está nos gráficos", sacramenta.
"Não acho que seja possível fazer dinheiro usando apenas fundamentos." É por se dedicar à análise técnica que, normalmente, cada operação de Elder não dura mais que alguns poucos dias. Raramente chega a duas semanas.
Também é por isso que o analista é um ferrenho defensor da disciplina para negociar na bolsa. Para todo iniciante, a recomendação básica é adotar ferramentas de controle de risco e fazer um "diário de trades".
Ele sugere que os investidores mantenham anotações sistemáticas sobre cada operação: além de datas e cotações, isso compreende ainda as razões que motivaram tanto a entrada quanto a saída do negócio. E um erro comum deve ser evitado: começar uma operação sem ter estabelecido o quanto ganhar e o momento de desfazê-la.
“Eu não prevejo, e sim cuido das minhas posições no mercado”
Um dos traders mais conhecidos do mundo, Alexander Elder - autor, entre outros livros, de "Como se transformar em um operador e investidor de sucesso" - tem operado "vendido" com muita frequência, apostando na queda de ações e contratos futuros nas bolsas dos Estados Unidos.
E se depender do que vem percebendo ao analisar os gráficos do mercado americano, é possível que continue operando da mesma forma ainda por um tempo.
"O ‘bear market' (mercado de baixa) acabou em março de 2009. Estamos em um ‘bull market' (mercado de alta), mas ele acontece em três estágios", explica o analista, que está no Brasil para participar da Expo Money São Paulo, a partir de amanhã.
Os três estágios a que Elder se refere - o da recuperação, o do crescimento econômico e o da bolha - são intercalados por períodos de correção, e é num deles que se encontra agora o mercado americano. "Esta correção ainda não acabou", avalia.
Elder prefere não fazer projeções de quando deve ter início o segundo estágio do atual mercado de alta. Para o especialista, o perigo de fazer previsões é acreditar nelas e deixar de acompanhar de perto o dia-a-dia.
Ele afirma apenas que, na média, um "bull market" americano dura, ao todo, de quatro a cinco anos. No último período de alta, entre 2003 e 2008, o primeiro estágio demorou aproximadamente um ano para acabar e foi seguido por uma correção de nove meses.
"Eu não prevejo. Cuido das minhas posições", afirma. E cuida mesmo, o tempo todo. Nem concedendo entrevista o computador de Elder, com gráficos e cotações na tela, é desligado.
Negociação
Para operar, Elder - um médico de formação - se baseia principalmente na análise técnica (ou gráfica). Vez ou outra, dá uma uma olhada nos fundamentos das empresas. Também presta um pouco de atenção à evolução da situação política. Mas... "A verdade está nos gráficos", sacramenta.
"Não acho que seja possível fazer dinheiro usando apenas fundamentos." É por se dedicar à análise técnica que, normalmente, cada operação de Elder não dura mais que alguns poucos dias. Raramente chega a duas semanas.
Também é por isso que o analista é um ferrenho defensor da disciplina para negociar na bolsa. Para todo iniciante, a recomendação básica é adotar ferramentas de controle de risco e fazer um "diário de trades".
Ele sugere que os investidores mantenham anotações sistemáticas sobre cada operação: além de datas e cotações, isso compreende ainda as razões que motivaram tanto a entrada quanto a saída do negócio. E um erro comum deve ser evitado: começar uma operação sem ter estabelecido o quanto ganhar e o momento de desfazê-la.
