quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Para Estrageiro Ver

Maria Cristina Frias

Folha de S.Paulo

Will Landers, que administra cerca de US$ 8 bilhões em ações latino-americanas na BlackRock, a maior gestora de recursos do mundo, diz que a Bolsa brasileira não está cara.
"Está operando a múltiplos abaixo de dez vezes em 2011", diz o gestor de fundos para a América Latina.




"Os Estados Unidos operam a 13 vezes, 14 vezes e a China, com P/L mais alto", acrescenta Landers que também é diretor da Amec (Associação de Investidores no Mercado de Capitais). O P/L é a relação entre o preço e o lucro, que indica o valor de uma ação ou do índice.




"É uma Bolsa das mais baratas", afirma. "Atrás da Rússia, que é um mercado com mais problemas de governança que o brasileiro."




A expectativa do gestor da BlackRock é de alta de 25% no acumulado até o final deste ano.




Para Landers, estatais brasileiras precisam encontrar formas de conter a influência do governo, que repercute no valor das ações.




Segundo ele, a Usiminas é um bom exemplo nesse sentido por ter limitado em 5% o volume de "investimentos considerados sociais".