quarta-feira, 30 de março de 2011

Empresário de pequenos e médios negócios mantém confiança alta

Apesar de registrar ligeira queda, IC-PMN para o segundo trimestre continua em nível elevado



O Índice de Confiança de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN) para o 2º trimestre de 2011 registrou ligeira queda em relação ao último indicador e ficou em 74,2 pontos, em uma escala de 0 a 100 pontos. O indicador sinaliza que o empresário se mantém extremamente confiante no futuro da economia brasileira, embora haja uma redução no nível do otimismo. Elaborado em parceria pelo Insper e Santander, o índice tem o objetivo de aprofundar o conhecimento das expectativas do segmento de pequenas e médias.



O maior otimismo, que segurou a queda do IC-PMN, está relacionado às questões acerca do faturamento e lucro das empresas, que subiram de 78,0 e 76,6 para 78,2 e 77,0, respectivamente. Já as questões relacionadas ao desempenho da economia, perspectiva de contratação e expectativa de investimento apresentaram redução em relação ao último levantamento.



“Nós percebemos mudanças muito pequenas, para cima ou para baixo, em todas as questões que compõem o índice. Isso mostra que a confiança deste empresário mantém-se estável, em nível bastante alto”, avalia o professor Danny Claro, coordenador da pesquisa.



Na segmentação por ramo de atividade, o setor de serviços continua a ser o menos otimista, com 73,6 pontos, ante 74,4 na divulgação anterior. As expectativas dos empresários dos setores de indústria e comércio continuam apresentando comportamento similar. Ambas apresentaram pequeno recuo de 74,6 pontos para 74,4. Entre as diferentes regiões do país, o Centro-Oeste apresentou uma expansão no otimismo, passando a ser a segunda região com o maior índice, aos 75,3 pontos. No último levantamento, a região apresentou o menor índice de confiança, com 72,3 pontos. Nas regiões Norte, Sudeste e Nordeste, o índice teve pequena queda, mas ainda continua alto, no Norte aos 76,4; Sudeste aos 74,2 e Nordeste 72,8. . Já os empresários da região sul mantiveram o mesmo nível de otimismo encontrado no primeiro trimestre do ano.



“A queda observada no IC-PMN está em linha com a desaceleração observada em outros indicadores o que de fato reduziu um pouco o otimismo dos empresários. No entanto, isso não significa que a economia não esteja aquecida, pois o nível de confiança ainda é elevado e a demanda por crédito continua em crescimento, principalmente com a proximidade de datas comemorativas como Páscoa e Dia das Mães que movimentam os setores de comércio e indústria”, ressalta Ramón Camino Puigcarbo, Diretor de Pequenas e Médias Empresas do Santander.



Com periodicidade trimestral, o estudo envolve 1,2 mil empresas das cinco regiões do país. Foram ouvidos empresários de três ramos de atividade (comércio, serviços e indústria) e que faturam até R$ 30 milhões/ano.