quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Demanda e preço do petróleo continuarão subindo no mundo, avalia consultoria

Do UOL Economia, em São Paulo

A demanda e os preços do petróleo continuarão subindo no terceiro trimestre de 2011, apesar da crise na Europa e nos Estados Unidos, segundo levantamento trimestral global da consultoria Ernst & Young.

No primeiro trimestre deste ano, quando havia expectativas de que a recuperação econômica continuaria e com a interrupção do fornecimento do Oriente Médio, os preços do petróleo subiram para mais de US$ 100 o barril. Após atingir o pico, os preços caíram ligeiramente no segundo trimestre, apesar do anúncio feito pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) de liberação de estoque.

Um importante ponto na perspectiva sobre o preço é que a atividade no golfo do México voltou a crescer após o vazamento ocorrido no ano passado. A produção no restante da América também continuará a crescer.

As maiores incertezas para produtores são os efeitos de curto prazo da liberação de um estoque de 60 milhões de barris ordenada pela IEA, além do desacordo entre membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) sobre aumentos no fornecimento.

O anúncio de liberação da IEA fez com que os preços caíssem temporariamente e espera-se que isso preencha o vazio deixado pelo fornecimento da Líbia.

No entanto, como o mercado se move para a temporada de alta demanda, a decisão da agência não deve conseguir atender a essa demanda em alta, e o mercado precisará de um fornecimento maior por parte da OPEP.

No médio prazo, ao longo dos próximos três a cinco anos, a expectativa é de crescimento das pressões sobre a OPEP para aumento da capacidade de produção.

Gás

A produção de gás natural pelos EUA continua crescendo – os últimos dados disponíveis alcançaram o ponto mais alto em quase 40 anos. É uma boa opção de combustível mais limpo e produzido domesticamente.

O gás de xisto tem impulsionado o crescimento e se aproxima agora de cerca de 30% da produção total de gás do país, mesmo com a diminuição da perfuração dirigida e com o surgimento de questões em torno da viabilidade econômica e potenciais impactos ambientais.