Saber lidar com dinheiro requer um equilíbrio cuidadoso. O que inclui um controle sobre as finanças pessoal e da família. Comprar ou vender um bem ou um objeto de valor deve resultar de decisões pensadas com seus prós e contras. E tomar uma decisão quando o tema é dinheiro, não é nada fácil.
O problema surge quando o uso do dinheiro vem sob um cano de escape emocional, longe de uma decisão equilibrada. Muitas pessoas tomam decisões de compra sob situações que não ajudam a enxergar a realidade e usar o raciocínio.
A melhor forma de evitar erros ou decisões repentinas é reconhecer as próprias fraquezas. Não há uma fórmula mágica, porém há momentos que não são bons para bater o martelo de uma compra, por exemplo. O melhor, sem dúvida, é fugir de momentos em que as emoções estão à solta. Veja alguns momentos que devem ser evitados:
Situação de muito entusiasmo
Momentos da vida que são recheados de alegria devem ser vividos, não devem ser utilizados para decidir sobre questões financeiras, isso porque neste momento as pessoas tendem a ser mais otimistas, o que resulta em excesso de confiança. Uma decisão financeira sempre inclui um risco e este fator deve ser estimado.
Portanto, momentos de arrebatamentos devem ser evitados para tomar decisões que envolvem dinheiro.
Momentos de pessimismo
O extremo do outro lado também é perigoso. Não se deve tomar decisões quando se está triste. O indivíduo em um quadro de tristeza não raciocina em sua total normalidade, um exemplo: perda de um ente querido.
O risco de comprar algo para confortar ao invés de necessidade real pode levar o indivíduo a tomar um empréstimo pessoal sem necessidade. Por outro lado, o pessimista pode não enxergar uma oportunidade de fechar um bom negócio, o melhor é deixar a crise passar.
Ainda não tenho certeza
Entre a cautela e a indecisão, pode haver no meio também a falta de informação. Não há outra saída senão pesquisar e tomar todas as informações sobre o bem em questão e tudo que implica nesta decisão.
A decisão deve ser baseada em uma razão existente que justifique uma ação.
Já diz o ditado: a pressa é inimiga da perfeição
Certamente você já viu nas vitrines das lojas a frase "promoção só hoje", esse marketing é exatamente para alcançar o comprador que não pensa antes de desembolsar uma quantia, o que geralmente resulta em dívidas.
Um princípio básico, quanto maior custar o bem mais tempo você deve amadurecer a possibilidade, tanto para compra como para venda.
Decisões financeiras sob pressão
A pressão por si só gera estresse e quando o assunto envolve dinheiro é ainda pior. No gerenciamento de suas finanças tenha cuidado com as emoções alheias através de palpites, como de amigos, familiares em geral. Você é que deve saber onde seu calo aperta.
Se a decisão demanda o envolvimento de parentes, procure sempre um diálogo racional, longe de emoções. Caso a solução não garanta o equilíbrio das opiniões o melhor é procurar ajuda de um profissional, assim o assunto será levado para outra esfera e com um olhar de quem está de fora.
Saiba o que você quer
As decisões financeiras devem ter como alicerce um objetivo de vida. Muitos fatores podem fazer a diferença na hora de decidir. Se um casal recém-casado pretende viver fora do país, talvez comprar um apartamento no Brasil logo no primeiro ano de casado não seja a melhor opção. Um jovem que trabalha e quer comprar um carro, mas pretende fazer doutorado e mestrado em uma universidade na Europa, por que compraria um automóvel neste momento?
O mais indicado é prever situações ou planejar os passos para depois não arcar com os prejuízos.
Você já tomou uma decisão financeira sem pensar?