As medidas anunciadas pelos dez maiores bancos centrais do mundo, liderados pelo Federal Reserve, podem aliviar a deterioração do mercado de crédito, mas ainda não são suficientes para resolvê-la, afirmam analistas.
"Sem dúvida, o anúncio da ação conjunta entre os BCs teve um efeito muito positivo em curto prazo", avalia Antonio Madera, economista da MCM Consultores. Nesta terça-feira (11) as praças financeiras ao redor do mundo operaram firmes em território positivo, ajudadas pelas boas perspectivas que a notícia trouxe.
Saída para títulos hipotecários
"Tanto os leilões de troca de títulos hipotecários por Treasuries quanto às operações de câmbio tiram as pressões sobre os bancos comerciais, na medida em que permitem que estas instituições se livrem de títulos que não encontram saída no mercado, o que aumenta a liquidez do sistema como um todo", explica Madera.
Fôlego emergencial
No entanto, o socorro veio de forma emergencial e deve alimentar movimento de compras nas bolsas, mas ainda não é a solução para o problema. "Os fundamentos desse estreitamento do crédito são muito mais profundos e se encontram na crise de títulos lastreados no mercado imobiliário", afirma o economista, que completa: "a ação do Fed abre espaço para que se recupere a confiança no setor imobiliário, mas, enquanto isso não acontecer, a turbulência não se dissipará".
Na opinião da corretora de câmbio NGO, a ação conjunta dos BCs "afasta, em tese, o risco de quebras iminentes e restabelece a esperança de que se encontre um caminho, mas sabidamente não promove solução dos problemas, é, a rigor, 'oxigênio para moribundos'".
O banco de investimentos Merrill Lynch é mais crítico e avalia que os US$ 200 bilhões, valor total a que podem chegar os empréstimos em Treasuries, são pouco para suprir a falta de liquidez do sistema e afirma: "de maneira nenhuma isto pode sanar as baixas e as perdas massivas que os bancos irão assumir neste ciclo".
Contra a corrente
Já a análise da consultoria First Trust Advisors é mais positiva. A FTA acredita que o Fed acertou ao mirar no mercado de crédito e atacar um problema mais pontual ao invés de promover um corte emergencial na taxa básica de juro - como davam conta rumores do mercado nos últimos dias.
Na opinião da consultoria, a medida seria ainda mais eficiente se o Fed sinalizasse quando será o fim das reduções na taxa de juro. Isto porque, para a FTA, o mercado já está "provido o suficiente" de liquidez e agora precisa de um incentivo para investir. Se não, "investidores e consumidores devem postergar atividades com a perspectiva de mais redução no juro".
"Sem dúvida, o anúncio da ação conjunta entre os BCs teve um efeito muito positivo em curto prazo", avalia Antonio Madera, economista da MCM Consultores. Nesta terça-feira (11) as praças financeiras ao redor do mundo operaram firmes em território positivo, ajudadas pelas boas perspectivas que a notícia trouxe.
Saída para títulos hipotecários
"Tanto os leilões de troca de títulos hipotecários por Treasuries quanto às operações de câmbio tiram as pressões sobre os bancos comerciais, na medida em que permitem que estas instituições se livrem de títulos que não encontram saída no mercado, o que aumenta a liquidez do sistema como um todo", explica Madera.
Fôlego emergencial
No entanto, o socorro veio de forma emergencial e deve alimentar movimento de compras nas bolsas, mas ainda não é a solução para o problema. "Os fundamentos desse estreitamento do crédito são muito mais profundos e se encontram na crise de títulos lastreados no mercado imobiliário", afirma o economista, que completa: "a ação do Fed abre espaço para que se recupere a confiança no setor imobiliário, mas, enquanto isso não acontecer, a turbulência não se dissipará".
Na opinião da corretora de câmbio NGO, a ação conjunta dos BCs "afasta, em tese, o risco de quebras iminentes e restabelece a esperança de que se encontre um caminho, mas sabidamente não promove solução dos problemas, é, a rigor, 'oxigênio para moribundos'".
O banco de investimentos Merrill Lynch é mais crítico e avalia que os US$ 200 bilhões, valor total a que podem chegar os empréstimos em Treasuries, são pouco para suprir a falta de liquidez do sistema e afirma: "de maneira nenhuma isto pode sanar as baixas e as perdas massivas que os bancos irão assumir neste ciclo".
Contra a corrente
Já a análise da consultoria First Trust Advisors é mais positiva. A FTA acredita que o Fed acertou ao mirar no mercado de crédito e atacar um problema mais pontual ao invés de promover um corte emergencial na taxa básica de juro - como davam conta rumores do mercado nos últimos dias.
Na opinião da consultoria, a medida seria ainda mais eficiente se o Fed sinalizasse quando será o fim das reduções na taxa de juro. Isto porque, para a FTA, o mercado já está "provido o suficiente" de liquidez e agora precisa de um incentivo para investir. Se não, "investidores e consumidores devem postergar atividades com a perspectiva de mais redução no juro".