A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou hoje a nota de crédito (rating) da dívida soberana do Peru em moeda estrangeira de BB+ para BBB-. Com esta elevação, o país andino entra no grupo considerado de baixo risco de inadimplência, chamado de grau de investimento (investment grade). Com o mesmo rating do Peru até então, o Brasil também aguarda a melhora de sua avaliação pelas agências internacionais para ganhar o selo de bom pagador.
Ao entrar na categoria investment grade, o país passa a integrar a pauta de grandes investidores institucionais mundiais que têm restrições para aplicação em ativos considerados arriscados.
"A elevação da nota reconhece a forte melhora nos índices de solvência fiscal e das contas externas do Peru, que agora demonstram ser uma contrapartida suficiente para as fraquezas do país em termos de crédito, que são tanto a pauta concentrada de exportações, bem como os riscos políticos e sociais", disse a agência, em comunicado.
De acordo com Theresa Paiz Fredel, diretora sênior para ratings soberanos da agência, a melhora das contas públicas e do ajuste externo nas contas do Peru superaram as expectativas e justificaram a elevação antecipada da nota de crédito do país.
Como resultado, segundo ela, a maioria dos indicadores do país é hoje superior à média dos países na escala inferior do grupo já classificado como investment grade. A nota BBB- é a mais baixa desta categoria, enquanto a mais alta é AAA.
De acordo com o comunicado, a alta no preço das commodities e uma política pública positiva contribuíram para que a relação da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do país chegasse em 28%, em linha com outros países classificados como BBB.
"A administração do presidente Alan Garcia resistiu às pressões por aumento do gasto público e aproveitou o vento favorável das commodities para investir em infra-estrutura, amortizar a dívida pública e aumentar os ativos", disse Theresa.
Um dos fatores positivos destacados pela Fitch é o fato de o Peru ter acumulado reservas internacionais e ter se tornado credor líquido externo em 2007. Mesmo feito foi atingido pelo Brasil no início deste ano.
(Fernando Torres | Valor Online)
Ao entrar na categoria investment grade, o país passa a integrar a pauta de grandes investidores institucionais mundiais que têm restrições para aplicação em ativos considerados arriscados.
"A elevação da nota reconhece a forte melhora nos índices de solvência fiscal e das contas externas do Peru, que agora demonstram ser uma contrapartida suficiente para as fraquezas do país em termos de crédito, que são tanto a pauta concentrada de exportações, bem como os riscos políticos e sociais", disse a agência, em comunicado.
De acordo com Theresa Paiz Fredel, diretora sênior para ratings soberanos da agência, a melhora das contas públicas e do ajuste externo nas contas do Peru superaram as expectativas e justificaram a elevação antecipada da nota de crédito do país.
Como resultado, segundo ela, a maioria dos indicadores do país é hoje superior à média dos países na escala inferior do grupo já classificado como investment grade. A nota BBB- é a mais baixa desta categoria, enquanto a mais alta é AAA.
De acordo com o comunicado, a alta no preço das commodities e uma política pública positiva contribuíram para que a relação da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do país chegasse em 28%, em linha com outros países classificados como BBB.
"A administração do presidente Alan Garcia resistiu às pressões por aumento do gasto público e aproveitou o vento favorável das commodities para investir em infra-estrutura, amortizar a dívida pública e aumentar os ativos", disse Theresa.
Um dos fatores positivos destacados pela Fitch é o fato de o Peru ter acumulado reservas internacionais e ter se tornado credor líquido externo em 2007. Mesmo feito foi atingido pelo Brasil no início deste ano.
(Fernando Torres | Valor Online)