Por: Patricia Alves
"Eu mereço", "É só hoje", "Na segunda-feira eu começo". Quem, no dia-a-dia, nunca usou uma expressão dessas, seja para indicar o início de uma dieta, seja para justificar o bolo de chocolate da sobremesa ou até o exagero no happy hour da empresa?
Pois saiba que, além de utilizadas em situações corriqueiras, estas expressões podem invadir seu planejamento financeiro e, por conseqüência, acabar com o seu orçamento.
De acordo com a psicanalista, consultora em psico-economia e representante no Brasil da IAREP (Internacional Association for Research in Economic Psychology), Vera Rita de Mello Ferreira, a intolerância à frustração leva a pessoa a criar certas situações ou desculpas, mesmo que inconscientemente, para evitar a sensação de perda ou de fracasso.
Escolha intertemporal
Segundo a psicanalista, na vida é impossível ser inteiramente racional e, quando o assunto é dinheiro, não seria diferente.
Na chamada escolha intertemporal, a pessoa encontra o seguinte conflito: "faço alguma coisa que está me dando prazer agora, mas pela qual terei que pagar um preço depois, ou abro mão do prazer imediato?".
A situação está presente em diversas tomadas de decisões do nosso dia-a-dia e as expressões citadas acima podem exemplificar algumas delas:
Se você se viu em uma ou em todas as situações citadas acima, não se preocupe. De acordo com Vera Rita, no livro "Decisões Econômicas - Você já parou para pensar?", só aprendemos com nossas experiências quando elas ganham um sentido emocional, o famoso "cair a ficha".
"Então, vale a pena observar como funcionamos e aprender com os equívocos que tão freqüentemente parecem inevitáveis, para tentar reduzir nosso estresse físico e psíquico, e nosso gastos monetários também", indica a psicanalista.
"Eu mereço", "É só hoje", "Na segunda-feira eu começo". Quem, no dia-a-dia, nunca usou uma expressão dessas, seja para indicar o início de uma dieta, seja para justificar o bolo de chocolate da sobremesa ou até o exagero no happy hour da empresa?
Pois saiba que, além de utilizadas em situações corriqueiras, estas expressões podem invadir seu planejamento financeiro e, por conseqüência, acabar com o seu orçamento.
De acordo com a psicanalista, consultora em psico-economia e representante no Brasil da IAREP (Internacional Association for Research in Economic Psychology), Vera Rita de Mello Ferreira, a intolerância à frustração leva a pessoa a criar certas situações ou desculpas, mesmo que inconscientemente, para evitar a sensação de perda ou de fracasso.
Escolha intertemporal
Segundo a psicanalista, na vida é impossível ser inteiramente racional e, quando o assunto é dinheiro, não seria diferente.
Na chamada escolha intertemporal, a pessoa encontra o seguinte conflito: "faço alguma coisa que está me dando prazer agora, mas pela qual terei que pagar um preço depois, ou abro mão do prazer imediato?".
A situação está presente em diversas tomadas de decisões do nosso dia-a-dia e as expressões citadas acima podem exemplificar algumas delas:
- Eu mereço: Depois de um dia difícil no trabalho, vai passear no shopping e, mesmo com o orçamento apertado, resolve "se dar um presente", afinal, "você merece um agrado depois do dia pesado que teve".
Cuidado! A idéia não é fazer com que jamais compre nada, mas pense: se a situação já está difícil hoje, imagine quando chegar a conta do cartão de crédito?
- Só hoje: As contas do mês estão fechadas e qualquer deslize pode levar seu planejamento por água abaixo. No entanto, hoje é aniversário de sua esposa e você vai levá-la ao restaurante mais badalado - e caro - da cidade, afinal, "é só hoje".
Mas e amanhã, como vai arcar com essa despesa extra? Pense bem se esse prazer imediato realmente vale a pena ou se, na hora de pagar a conta, o jantar dos sonhos não se transformará em um pesadelo.
- Segunda-feira eu começo: Essa é típica dos adeptos das dietas e academias: o pontapé inicial fica sempre para a próxima segunda-feira que, por incrível que pareça, nunca chega!
Com as decisões financeiras é mais ou menos a mesma coisa. Começar a poupar, decidir investir ou, simplesmente, parar de gastar, tudo fica para amanhã, depois, o mês que vem, a segunda-feira...
É claro que existe o famoso ditado popular que diz "Antes tarde do que nunca", mas, quando o assunto é dinheiro, por que não seguir um outro dito, não menos famoso, "Por que deixar para amanhã o que se pode fazer hoje?"
Se você se viu em uma ou em todas as situações citadas acima, não se preocupe. De acordo com Vera Rita, no livro "Decisões Econômicas - Você já parou para pensar?", só aprendemos com nossas experiências quando elas ganham um sentido emocional, o famoso "cair a ficha".
"Então, vale a pena observar como funcionamos e aprender com os equívocos que tão freqüentemente parecem inevitáveis, para tentar reduzir nosso estresse físico e psíquico, e nosso gastos monetários também", indica a psicanalista.