quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Investidores estão otimistas com mercado dos EUA, diz pesquisa da Merrill Lynch

Apesar da permanência de Wall Street no bear market e das baixas contábeis dos bancos já terem superado a casa dos US$ 500 bilhões, o otimismo dos investidores quanto ao desempenho futuro dos ativos norte-americanos atinge seu patamar mais alto desde 2002, de acordo com pesquisa divulgada pela Merrill Lynch.

Os analistas da instituição nova-iorquina justificam este cenário favorável pela tese de que o epicentro da crise de crédito não se encontra mais nos EUA, elevando a crença dos investidores de que as bolsas norte-americanas já descontaram todas as mazelas, o que torna as ações atrativas para compra.

Conjuntura otimista...
Segundo o relatório, 12% dos entrevistados no mês de agosto responderam que agora estão numa posição overweight, caracterizada pela situação em que investidores estão mais propensos ao risco, alocando mais recursos do que o representado nos benchmarks.

No âmbito corporativo, o horizonte de lucros operacionais é "mais favorável" nos mercados emergentes, através do otimismo de 31% do contingente abordado pela pesquisa. Em segundo lugar, vêm os EUA, com 18%.

Adicionalmente, mais da metade dos investidores acredita que o dólar está abaixo de seu preço justo, enquanto 53% projetam que a divisa se valorizará nos próximos doze meses.

...mas com recessão econômica
Todavia, cerca de 24% dos entrevistados crêem que a economia global encontra-se num período de recessão, tendo mais da metade dos investidores projetado desaceleração econômica mundial nos próximos doze meses.

Por fim, a pesquisa mostra os destinos menos elegíveis pelos entrevistados: para 35%, o Reino Unido é a praça que possui menor preferência, enquanto outras bolsas européias ocupam o segundo lugar, com 27%.