Por: Roberto Altenhofen Pires Pereira
Após dias sem resposta, as montadoras de Detroit podem encontrar nesta quarta-feira (10) a solução, ao menos de curto prazo, para seus problemas. No início da tarde, partidários democratas e a Casa Branca finalizaram o pacote de US$ 15 bilhões para o setor, que deve ser votado até o final do dia pelo Senado.
Os mercados receberam bem o anúncio. Por outro lado, resta certa ansiedade quanto à provável resistência da fatia republicana do Senado.
Longe dos US$ 34 bilhões pedidos por GM, Ford e Chrysler uma semana atrás, o pacote de US$ 15 bilhões visa uma solução imediata. A idéia é destinar este recurso apenas para garantir a sobrevivência das montadoras até março de 2009. Para se ter uma idéia, a GM já havia manifestado que, sem US$ 4 bilhões imediatos ao menos, não conseguiria fechar o ano.
A dificuldade em se chegar a uma solução nos últimos dias respondia a resistência dos partidários. As montadoras já pediram ajuda do Estado na década de 1970 e não aprenderam a lição. Com a situação mais complicada, a GM acumula prejuízos de US$ 73 bilhões desde 2004. Como chegar a uma alternativa para tornar estas empresas viáveis no longo prazo?
Com estes US$ 15 bilhões, Detroit e Washington encontram espaço para arquitetar um projeto de curto prazo para o setor até março do próximo ano. Mesmo com esta ajuda aprovada, o debate em torno da questão irá continuar.
Car Czar
O plano vem acompanhado da mão forte das autoridades nacionais. Em troca dos US$ 15 bilhões, a reestruturação das montadoras será acompanhada de perto pelo governo norte-americano. Segundo informações veiculadas pela mídia internacional, Barack Obama deve nomear um "car czar" - um membro de sua nova equipe para apontar os rumos a Detroit.
Cresce no mercado o nome de Paul Volcker, ex-chairman do Fed, para este posto. Caso a aprovação do pacote realmente chegue no final desta quarta-feira, será a primeira vez desde 1980 que as autoridades nacionais terão poder de decisão sobre as atividades das montadoras. No episódio anterior, a Chrysler havia concordado ao receber US$ 1,8 bilhão em garantias do governo, quase 30 anos atrás.
Ford de fora?
Segundo informações da CNN, existe a possibilidade de a Ford ficar de fora deste aporte inicial, ao menos nos primeiros meses. A companhia havia pedido US$ 9 bilhões ao governo, mas afirmou que seu caixa se encontra em níveis mais confortáveis que o das rivais.
A GM havia pedido aproximadamente US$ 18 bilhões naquela ocasião. Um mês atrás, a maior fabricante de veículos do mundo confirmou ao mercado que sua posição de caixa encontra-se no nível de emergência para continuar operando.
Após dias sem resposta, as montadoras de Detroit podem encontrar nesta quarta-feira (10) a solução, ao menos de curto prazo, para seus problemas. No início da tarde, partidários democratas e a Casa Branca finalizaram o pacote de US$ 15 bilhões para o setor, que deve ser votado até o final do dia pelo Senado.
Os mercados receberam bem o anúncio. Por outro lado, resta certa ansiedade quanto à provável resistência da fatia republicana do Senado.
Longe dos US$ 34 bilhões pedidos por GM, Ford e Chrysler uma semana atrás, o pacote de US$ 15 bilhões visa uma solução imediata. A idéia é destinar este recurso apenas para garantir a sobrevivência das montadoras até março de 2009. Para se ter uma idéia, a GM já havia manifestado que, sem US$ 4 bilhões imediatos ao menos, não conseguiria fechar o ano.
A dificuldade em se chegar a uma solução nos últimos dias respondia a resistência dos partidários. As montadoras já pediram ajuda do Estado na década de 1970 e não aprenderam a lição. Com a situação mais complicada, a GM acumula prejuízos de US$ 73 bilhões desde 2004. Como chegar a uma alternativa para tornar estas empresas viáveis no longo prazo?
Com estes US$ 15 bilhões, Detroit e Washington encontram espaço para arquitetar um projeto de curto prazo para o setor até março do próximo ano. Mesmo com esta ajuda aprovada, o debate em torno da questão irá continuar.
Car Czar
O plano vem acompanhado da mão forte das autoridades nacionais. Em troca dos US$ 15 bilhões, a reestruturação das montadoras será acompanhada de perto pelo governo norte-americano. Segundo informações veiculadas pela mídia internacional, Barack Obama deve nomear um "car czar" - um membro de sua nova equipe para apontar os rumos a Detroit.
Cresce no mercado o nome de Paul Volcker, ex-chairman do Fed, para este posto. Caso a aprovação do pacote realmente chegue no final desta quarta-feira, será a primeira vez desde 1980 que as autoridades nacionais terão poder de decisão sobre as atividades das montadoras. No episódio anterior, a Chrysler havia concordado ao receber US$ 1,8 bilhão em garantias do governo, quase 30 anos atrás.
Ford de fora?
Segundo informações da CNN, existe a possibilidade de a Ford ficar de fora deste aporte inicial, ao menos nos primeiros meses. A companhia havia pedido US$ 9 bilhões ao governo, mas afirmou que seu caixa se encontra em níveis mais confortáveis que o das rivais.
A GM havia pedido aproximadamente US$ 18 bilhões naquela ocasião. Um mês atrás, a maior fabricante de veículos do mundo confirmou ao mercado que sua posição de caixa encontra-se no nível de emergência para continuar operando.