Por: Vitor Silveira Lima Oliveira
Como sempre ocorre após os grandes bancos brasileiros divulgarem seus resultados trimestrais, surgem questionamentos sobre quem apresentou o melhor desempenho. O fenômeno ganhou força na última temporada, já que os efeitos da crise financeira já se fizeram presentes sobre os balanços.
Mesmo em um cenário modificado, após a fusão de Itaú e Unibanco, cabe a comparação dos números divulgados.
Os primeiros dados a chamar a atenção dos investidores são os que revelam o lucro obtido pelas instituições. Dentre as três líderes do mercado brasileiro de varejo - Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco - o banco controlado pelo governo federal foi o que obteve resultado absoluto mais destacado, sendo o único a apresentar crescimento sobre o período anterior, durante o quarto trimestre de 2008.
Tomando a dianteira
A operação que resultou no surgimento do grupo Itaú Unibanco foi responsável pela alteração na liderança relativa ao tamanho da carteira de crédito das instituições, tomando o lugar anteriormente ocupado pelo Banco do Brasil.
Ressalta-se também que os três últimos meses de 2008 foram marcados pelos impactos mais fortes da crise internacional sobre o País, o que prejudicou em especial o mercado de crédito.
Também é importante o acompanhamento da rentabilidade das companhias, medida pelo retorno sobre o patrimônio líquido médio, quesito em que todas as instituições apresentaram piora na comparação com o trimestre anterior.
Eficiência
Outra comparação válida é a relação entre despesas administrativas e de pessoal sobre a receita bancária, medida pelo índice de eficiência. A eficiência de um banco melhora à medida que este indicador diminui, sinalizando que a parcela das receitas bancárias necessárias para cobrir os custos operacionais está menor.
Desta vez, destaca-se negativamente o Itaú Unibanco, ainda incapaz de refletir em seus resultados "pro forma" os ganhos de sinergia operacional possivelmente resultantes da fusão.
*Terceiro trimestre de 2008
Como sempre ocorre após os grandes bancos brasileiros divulgarem seus resultados trimestrais, surgem questionamentos sobre quem apresentou o melhor desempenho. O fenômeno ganhou força na última temporada, já que os efeitos da crise financeira já se fizeram presentes sobre os balanços.
Mesmo em um cenário modificado, após a fusão de Itaú e Unibanco, cabe a comparação dos números divulgados.
Os primeiros dados a chamar a atenção dos investidores são os que revelam o lucro obtido pelas instituições. Dentre as três líderes do mercado brasileiro de varejo - Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco - o banco controlado pelo governo federal foi o que obteve resultado absoluto mais destacado, sendo o único a apresentar crescimento sobre o período anterior, durante o quarto trimestre de 2008.
| Resultado absoluto e relativo do lucro líquido no 4º trimestre de 2008 | ||
| Instituição | Termos Absolutos | Variação sobre 3T08* |
| Bradesco | R$ 1,605 bilhão | -5,4% |
| Itaú Unibanco (pro forma) | R$ 1,871 bilhões | -26,6% |
| Banco do Brasil | R$ 2,944 bilhões | +57,7% |
Tomando a dianteira
A operação que resultou no surgimento do grupo Itaú Unibanco foi responsável pela alteração na liderança relativa ao tamanho da carteira de crédito das instituições, tomando o lugar anteriormente ocupado pelo Banco do Brasil.
Ressalta-se também que os três últimos meses de 2008 foram marcados pelos impactos mais fortes da crise internacional sobre o País, o que prejudicou em especial o mercado de crédito.
| Resultado absoluto e relativo da carteira de crédito no 4º trimestre de 2008 | ||
| Instituição | Termos Absolutos | Variação sobre 3T08* |
| Bradesco | R$ 173,4 bilhões | +8,0% |
| Itaú Unibanco (pro forma) | R$ 271,9 bilhões | +6,7% |
| Banco do Brasil | R$ 224,8 bilhões | +11,2% |
Também é importante o acompanhamento da rentabilidade das companhias, medida pelo retorno sobre o patrimônio líquido médio, quesito em que todas as instituições apresentaram piora na comparação com o trimestre anterior.
| Variação da rentabilidade no 4º trimestre de 2008 | ||
| Instituição | 4T08 | Variação sobre 3T08 (em p.p.) |
| Bradesco | 23,1% | -1,4 |
| Itaú Unibanco (pro forma) | 17,0% | -5,3 |
| Banco do Brasil | 24,5% | -9,1 |
Eficiência
Outra comparação válida é a relação entre despesas administrativas e de pessoal sobre a receita bancária, medida pelo índice de eficiência. A eficiência de um banco melhora à medida que este indicador diminui, sinalizando que a parcela das receitas bancárias necessárias para cobrir os custos operacionais está menor.
Desta vez, destaca-se negativamente o Itaú Unibanco, ainda incapaz de refletir em seus resultados "pro forma" os ganhos de sinergia operacional possivelmente resultantes da fusão.
| Variação do índice de eficiência no 4º trimestre de 2008 | ||
| Instituição | 4T08 | Variação sobre 3T08 (em p.p.) |
| Bradesco | 42,0% | -0,4 |
| Itaú Unibanco | 51,6% | 2,0 |
| Banco do Brasil | 45,7% | 0,3 |
*Terceiro trimestre de 2008