Por: Giulia Santos Camillo
O recente ensaio de recuperação das bolsas globais pode até se traduzir em uma maior redução da aversão ao risco dos investidores, mas não indica que as incertezas acabaram. É certo que as bolsas irão subir, os retornos dos títulos públicos e privados também. O problema é estimar quando, já que não há como prever quando a recuperação irá acontecer.
Além dos problemas óbvios de investimento no curto e médio prazo, o alto grau de incerteza também impacta o longo prazo, trazendo uma dificuldade fundamental para a construção de planos de investimentos futuros, já que não é possível prever os retornos.
"Se a pessoa está olhando em um horizonte de três anos, a resposta é extremamente problemática. As bolas de cristal estão simplesmente muito nebulosas no momento para as perspectivas nesse intervalo", afirmam os analistas do TD Bank Financial Group. Para eles, é possível prever um retorno razoável para pessoas que pretendem ficar no mercado por ao menos uma década.
Títulos e câmbio
As perspectivas no curto prazo para o câmbio e os títulos, por exemplo, não são nada boas. Investimentos em moeda devem gerar retorno praticamente nulo em 2009 e 2010, enquanto o mercado de títulos deve manter os yields em baixos dígitos nesse mesmo período, de acordo com as expectativas do TD Bank.
Porém, os analistas afirmam que os dois mercados tendem a se recuperar após o equilíbrio da política monetária dos bancos centrais e o final das turbulências financeiras. Mas, novamente, a agressividade e o timing dos aumentos dos juros básicos dependem da inflação, que por sua vez depende da resposta das economias aos estímulos fiscais e monetários que têm sido adotados.
Mercados acionários
O problema também aparece na hora de traçar as perspectivas para os mercados acionários, já que a recuperação depende de como as medidas irão impactar as economias - algo que ninguém pode prever com segurança. Ademais, um retorno aos picos de antes da crise pode levar anos.
"O profundo bear market nas bolsas também criou oportunidades de investimento de imenso valor para os anos futuros. Quando os mercados acionários se recuperarem, haverá fortes ganhos", prevêem os analistas do TD Bank. Porém, eles ressaltam que "o problema é reconhecer a inflexão do mercado, o que provavelmente só ficará claro tardiamente".
No geral, os analistas acreditam que a crise financeira pode impactar a tendência de longo prazo das taxas de retorno, mas a extensão desses reflexos ainda é difícil de avaliar. Para eles, entretanto, uma coisa é certa: "os investidores não devem basear seus planos de longo prazo em movimentos de curto prazo nos mercados financeiros".
O recente ensaio de recuperação das bolsas globais pode até se traduzir em uma maior redução da aversão ao risco dos investidores, mas não indica que as incertezas acabaram. É certo que as bolsas irão subir, os retornos dos títulos públicos e privados também. O problema é estimar quando, já que não há como prever quando a recuperação irá acontecer.
Além dos problemas óbvios de investimento no curto e médio prazo, o alto grau de incerteza também impacta o longo prazo, trazendo uma dificuldade fundamental para a construção de planos de investimentos futuros, já que não é possível prever os retornos.
"Se a pessoa está olhando em um horizonte de três anos, a resposta é extremamente problemática. As bolas de cristal estão simplesmente muito nebulosas no momento para as perspectivas nesse intervalo", afirmam os analistas do TD Bank Financial Group. Para eles, é possível prever um retorno razoável para pessoas que pretendem ficar no mercado por ao menos uma década.
Títulos e câmbio
As perspectivas no curto prazo para o câmbio e os títulos, por exemplo, não são nada boas. Investimentos em moeda devem gerar retorno praticamente nulo em 2009 e 2010, enquanto o mercado de títulos deve manter os yields em baixos dígitos nesse mesmo período, de acordo com as expectativas do TD Bank.
Porém, os analistas afirmam que os dois mercados tendem a se recuperar após o equilíbrio da política monetária dos bancos centrais e o final das turbulências financeiras. Mas, novamente, a agressividade e o timing dos aumentos dos juros básicos dependem da inflação, que por sua vez depende da resposta das economias aos estímulos fiscais e monetários que têm sido adotados.
Mercados acionários
O problema também aparece na hora de traçar as perspectivas para os mercados acionários, já que a recuperação depende de como as medidas irão impactar as economias - algo que ninguém pode prever com segurança. Ademais, um retorno aos picos de antes da crise pode levar anos.
"O profundo bear market nas bolsas também criou oportunidades de investimento de imenso valor para os anos futuros. Quando os mercados acionários se recuperarem, haverá fortes ganhos", prevêem os analistas do TD Bank. Porém, eles ressaltam que "o problema é reconhecer a inflexão do mercado, o que provavelmente só ficará claro tardiamente".
No geral, os analistas acreditam que a crise financeira pode impactar a tendência de longo prazo das taxas de retorno, mas a extensão desses reflexos ainda é difícil de avaliar. Para eles, entretanto, uma coisa é certa: "os investidores não devem basear seus planos de longo prazo em movimentos de curto prazo nos mercados financeiros".