Não há falta de crédito nos bancos, mas sim uma menor procura pela clientela, em atitude defensiva para não se endividar perante a crise, disse o economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros. "O que ocorre no Brasil é café pequeno perto de outros países como a Espanha, onde não há crédito de jeito nenhum", prosseguiu, afirmando ainda que a crise pôs "um freio na trajetória explosiva" dos empréstimos.Barros informou ainda que na visita a São Paulo por ocasião da reunião do G-20, no auge da crise mundial em novembro passado, o presidente do Federal Reserve americano, Ben Bernanke, teria dito em encontro reservado de banqueiros que "a futura regulação bancária caminha para algo que o Brasil tem hoje".
Convidado do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Conselhão), Barros chegou a afirmar que "a crise tem um lado saudável", no tocante a abortar o crescimento do crédito no país, que registrava taxas anuais superiores a 30% até setembro de 2008. "Caminhávamos para um lado explosivo", disse ele, que estima alta de 12,9% para o crédito bancário total em 2009 sobre 2008, sendo 13,7% para empresas e 9,9% para pessoas físicas. A carteira do Bradesco deve subir 15%.
Questionado sobre a escassez de crédito por membros do Conselhão, o economista afirmou: "Eu diria que há mais um problema de demanda do que de oferta atual". Ressalvou que houve uma recuperação com as ações do Banco Central para suprir o mercado desde o auge da crise no fim do ano passado.
Ele lembra ainda que a crise elevou o custo do dinheiro em todo o mundo e que, somando- às incertezas, "há um certo comportamento defensivo da sociedade e alguma redução na demanda por crédito", afirmou ele. "Há crédito no Brasil; só está ocorrendo seletividade", continuou Barros.
(Azelma Rodrigues | Valor Online)
Convidado do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Conselhão), Barros chegou a afirmar que "a crise tem um lado saudável", no tocante a abortar o crescimento do crédito no país, que registrava taxas anuais superiores a 30% até setembro de 2008. "Caminhávamos para um lado explosivo", disse ele, que estima alta de 12,9% para o crédito bancário total em 2009 sobre 2008, sendo 13,7% para empresas e 9,9% para pessoas físicas. A carteira do Bradesco deve subir 15%.
Questionado sobre a escassez de crédito por membros do Conselhão, o economista afirmou: "Eu diria que há mais um problema de demanda do que de oferta atual". Ressalvou que houve uma recuperação com as ações do Banco Central para suprir o mercado desde o auge da crise no fim do ano passado.
Ele lembra ainda que a crise elevou o custo do dinheiro em todo o mundo e que, somando- às incertezas, "há um certo comportamento defensivo da sociedade e alguma redução na demanda por crédito", afirmou ele. "Há crédito no Brasil; só está ocorrendo seletividade", continuou Barros.
(Azelma Rodrigues | Valor Online)