sexta-feira, 25 de junho de 2010

Petrobrás afirma que não trabalha com alternativa à cessão onerosa

`Não existe nenhum plano B para a capitalização', diz companhia em comunicado

Agência Estado

A Petrobrás divulgou comunicado afirmando que não está trabalhando com nenhum plano alternativo, quer seja para a capitalização quer seja para a cessão onerosa. "Não existe nenhum plano B para a capitalização", afirma. O comunicado foi divulgado em resposta à reportagem publicada na Agência Estado no dia 21 de junho e no jornal o Estado de S. Paulo no dia seguinte, onde o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmava que o modelo de partilha poderia ser uma alternativa para a capitalização da estatal, embora o modelo ainda mais provável para a capitalização fosse a cessão onerosa do barril de petróleo da camada do pré-sal.

No comunicado a Petrobrás afirmou que, consultado, o ministro esclareceu que o possível plano alternativo mencionado na reportagem em questão refere-se única e exclusivamente a uma possibilidade, ainda sob análise pelo governo federal. Afirma ainda que "este possível plano alternativo, diferente do que afirma a matéria jornalística, seria um plano para uma eventual impossibilidade de se realizar a cessão onerosa e não um possível plano alternativo para a capitalização em questão", disse na nota. Esclarece também que a cessão onerosa e a capitalização da Companhia, apesar de fazerem parte do mesmo projeto de lei são operações juridicamente distintas.

A Petrobrás afirmou ainda que a decisão de adiar a oferta considerou a futura definição do valor preciso da cessão onerosa, a partir de dois laudos elaborados por duas certificadoras especializadas, sendo uma contratada pela ANP e outra pela empresa, como a forma mais adequada de diminuir as incertezas e dar mais segurança aos seus acionistas, já que este valor norteará o montante total da capitalização. E afirmou que já contratou a certificadora que fará o laudo para a empresa.

Ao mesmo tempo disse que é importante frisar que, para realizar a capitalização, não é mandatório a finalização dos laudos das certificadoras. "Porém a companhia acredita que, com a definição do valor da Cessão Onerosa, os acionistas e investidores terão mais informações disponíveis para tomada na decisão de participar ou não da capitalização", informou.