Vanessa Correia (vcorreia@brasileconomico.com.br)
"Frequenatava palestras e cursos. Lia livros de analistas renomados e passei a testar suas teorias", diz Eliane Fujikawa Tokunaga, advogada e trader
Depois de se unirem por igualdade de direitos, as mulheres ganham cada vez mais espaço no mercado acionário brasileiro. Prova disso é a crescente participação do público feminino na BM&FBovespa;.
Em julho, respondiam por 23,6% dos 598 mil investidores individuais com cadastro na bolsa. Em 2003, a fatia era de apenas 18,4%.
De olho nesse nicho, a edição deste ano da Expo Money São Paulo disponibilizará um espaço exclusivo ao público feminino: o Money Mulher.
Sob coordenação da consultora financeira Sandra Blanco, as investidoras terão à sua disposição palestras e workshops que orientarão e esclarecerão dúvidas sobre investimentos.
"No primeiro ano em que organizamos o Expo Money, quase não víamos mulheres no evento, assim como o percentual de mulheres que investiam em ações era muito pequeno. Ano após ano essa participação foi crescendo e, com isso, percebemos que seria importante destinar um espaço a elas", explica Raymundo Magliano Neto, sócio da Trade Network, organizadora do evento.
Alguns podem achar que o crescimento é pequeno comparado ao avanço do número de pessoas físicas que investem em ações. E há uma explicação para isso.
"As mulheres têm uma natureza assistencialista. Ou seja, primeiro pensam nos outros para depois pensar em si. Mas isso está mudando. Hoje, o público feminino já se mostra mais preocupado com o futuro. Participam de cursos e palestras sobre educação financeira", diz Fernanda de Lima, diretora da Gradual Investimentos.
Em contrapartida, as tomadas de decisões são mais certeiras. "As mulheres são mais desconfiadas, então se educam mais. E quando decidem investir em ações, não saem tão cedo. Os homens, não. São imediatistas. E isso é ruim para os investimentos", compara Magliano Neto.
Segurança e determinação
Algumas mulheres levaram à risca os preceitos de educação financeira e planejamento orçamentário. E não se arrependem. É o caso da advogada Eliane Fujikawa Tokunaga, que largou a profissão para operar com ações.
"Eu e meu marido traçamos um plano de independência patrimonial e em seis anos atingimos o break even. Chegamos a economizar 70% do salário bruto. Só assim pude largar minha profissão", conta Eliane.
Passado esse estágio, a advogada se educou financeiramente para só depois operar no mercado acionário. "Frequentava palestras e cursos. Lia livros de analistas técnicos renomados e passei a testar suas teorias. Claro que algumas vezes perdi bastante dinheiro.
Mas, aos poucos, me apaixonei pelo assunto", diz a advogada, que investe em ações desde 2006.
Eliane opera no mercado à vista, mas admite que pega recursos emprestados com amigos para se alavancar. "Entre amigo, tomo dinheiro emprestado e devolvo rentabilidade melhor que a oferecida pela poupança."
A advogada também cuida de um clube de investimentos, aberto apenas aos amigos. Segundo ela, o mais interessante é compartilhar conhecimento e experiência.
"Tínhamos uma vida frenética. Fui internada várias vezes com crise de estresse. Hoje tenho flexibilidade de horário. Posso viajar, estudar e me aprimorar pessoalmente. Mas para chegar onde cheguei tive que ter coragem para largar a profissão e dedicação para estudar."
"Frequenatava palestras e cursos. Lia livros de analistas renomados e passei a testar suas teorias", diz Eliane Fujikawa Tokunaga, advogada e trader
Depois de se unirem por igualdade de direitos, as mulheres ganham cada vez mais espaço no mercado acionário brasileiro. Prova disso é a crescente participação do público feminino na BM&FBovespa;.
Em julho, respondiam por 23,6% dos 598 mil investidores individuais com cadastro na bolsa. Em 2003, a fatia era de apenas 18,4%.
De olho nesse nicho, a edição deste ano da Expo Money São Paulo disponibilizará um espaço exclusivo ao público feminino: o Money Mulher.
Sob coordenação da consultora financeira Sandra Blanco, as investidoras terão à sua disposição palestras e workshops que orientarão e esclarecerão dúvidas sobre investimentos.
"No primeiro ano em que organizamos o Expo Money, quase não víamos mulheres no evento, assim como o percentual de mulheres que investiam em ações era muito pequeno. Ano após ano essa participação foi crescendo e, com isso, percebemos que seria importante destinar um espaço a elas", explica Raymundo Magliano Neto, sócio da Trade Network, organizadora do evento.
Alguns podem achar que o crescimento é pequeno comparado ao avanço do número de pessoas físicas que investem em ações. E há uma explicação para isso.
"As mulheres têm uma natureza assistencialista. Ou seja, primeiro pensam nos outros para depois pensar em si. Mas isso está mudando. Hoje, o público feminino já se mostra mais preocupado com o futuro. Participam de cursos e palestras sobre educação financeira", diz Fernanda de Lima, diretora da Gradual Investimentos.
Em contrapartida, as tomadas de decisões são mais certeiras. "As mulheres são mais desconfiadas, então se educam mais. E quando decidem investir em ações, não saem tão cedo. Os homens, não. São imediatistas. E isso é ruim para os investimentos", compara Magliano Neto.
Segurança e determinação
Algumas mulheres levaram à risca os preceitos de educação financeira e planejamento orçamentário. E não se arrependem. É o caso da advogada Eliane Fujikawa Tokunaga, que largou a profissão para operar com ações.
"Eu e meu marido traçamos um plano de independência patrimonial e em seis anos atingimos o break even. Chegamos a economizar 70% do salário bruto. Só assim pude largar minha profissão", conta Eliane.
Passado esse estágio, a advogada se educou financeiramente para só depois operar no mercado acionário. "Frequentava palestras e cursos. Lia livros de analistas técnicos renomados e passei a testar suas teorias. Claro que algumas vezes perdi bastante dinheiro.
Mas, aos poucos, me apaixonei pelo assunto", diz a advogada, que investe em ações desde 2006.
Eliane opera no mercado à vista, mas admite que pega recursos emprestados com amigos para se alavancar. "Entre amigo, tomo dinheiro emprestado e devolvo rentabilidade melhor que a oferecida pela poupança."
A advogada também cuida de um clube de investimentos, aberto apenas aos amigos. Segundo ela, o mais interessante é compartilhar conhecimento e experiência.
"Tínhamos uma vida frenética. Fui internada várias vezes com crise de estresse. Hoje tenho flexibilidade de horário. Posso viajar, estudar e me aprimorar pessoalmente. Mas para chegar onde cheguei tive que ter coragem para largar a profissão e dedicação para estudar."