Fernando Travaglini
Meirelles tem reunião com presidente eleita para definir futuro no governo
O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, acredita que a moeda brasileira pode estar sujeita a uma bolha, mas que todas as medidas necessárias já foram tomadas pelo governo para proteger o país contra o excesso de liquidez. "Entre os preços de ativos que poderiam estar sujeitos a uma bolha, (um deles) é a própria moeda", disse, após a 6ª Conferência de Bancos Centrais, em Frankfurt, evento promovido pelo Banco Central Europeu (BCE).
"Tomamos todas as medidas necessárias para evitar a criação de bolhas de ativos na economia", continuou Meirelles, em entrevista após participar da principal mesa da conferência, com a presença do presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, do presidente do BCE, Jean-Claude Trichet e do gerente-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss Kahn.
Durante a reunião, houve uma extensa discussão sobre os reflexos da crise sobre a economia mundial. O Fed se mostrou confiante de que a política de expansão monetária evitaria uma deflação nos Estados Unidos. Já na Europa, há a crença de que não havendo crise de solvência dos países periféricos, o risco de deflação seria minimizado. Contribui para isso o fato de o BCE ter uma meta explícita de inflação, o que, na visão deles, ancora os preços tanto para cima quanto para baixo.
Outra constatação é que a migração dos ativos, devido à enorme liquidez internacional, deve continuar a pressionar os preços de commodities. Um alento poderia vir dos primeiros sinais de desaceleração da economia chinesa, mas essa conclusão ainda é muito preliminar.
Há ainda muitas dúvidas sobre o impacto do cenário externo sobre a inflação brasileira, que atualmente sofre com um choque externo de alimentos, mas o presidente do BC afirmou em entrevista que a autoridade monetária não anuncia o ritmo futuro da taxa de juros no país e não assume compromissos prévios, embora esteja pronto para agir, se necessário.
Na sexta-feira surgiu um novo ponto de incerteza para a inflação brasileira, com a decisão do governo de reduzir a meta de superávit primário, de 3,3% para 3,1% do PIB.
Meirelles tem uma reunião com a presidente eleita, Dilma Rousseff, nesta semana, para discutir seu futuro no governo. (Com agências internacionais)
Meirelles tem reunião com presidente eleita para definir futuro no governo
O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, acredita que a moeda brasileira pode estar sujeita a uma bolha, mas que todas as medidas necessárias já foram tomadas pelo governo para proteger o país contra o excesso de liquidez. "Entre os preços de ativos que poderiam estar sujeitos a uma bolha, (um deles) é a própria moeda", disse, após a 6ª Conferência de Bancos Centrais, em Frankfurt, evento promovido pelo Banco Central Europeu (BCE).
"Tomamos todas as medidas necessárias para evitar a criação de bolhas de ativos na economia", continuou Meirelles, em entrevista após participar da principal mesa da conferência, com a presença do presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, do presidente do BCE, Jean-Claude Trichet e do gerente-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss Kahn.
Durante a reunião, houve uma extensa discussão sobre os reflexos da crise sobre a economia mundial. O Fed se mostrou confiante de que a política de expansão monetária evitaria uma deflação nos Estados Unidos. Já na Europa, há a crença de que não havendo crise de solvência dos países periféricos, o risco de deflação seria minimizado. Contribui para isso o fato de o BCE ter uma meta explícita de inflação, o que, na visão deles, ancora os preços tanto para cima quanto para baixo.
Outra constatação é que a migração dos ativos, devido à enorme liquidez internacional, deve continuar a pressionar os preços de commodities. Um alento poderia vir dos primeiros sinais de desaceleração da economia chinesa, mas essa conclusão ainda é muito preliminar.
Há ainda muitas dúvidas sobre o impacto do cenário externo sobre a inflação brasileira, que atualmente sofre com um choque externo de alimentos, mas o presidente do BC afirmou em entrevista que a autoridade monetária não anuncia o ritmo futuro da taxa de juros no país e não assume compromissos prévios, embora esteja pronto para agir, se necessário.
Na sexta-feira surgiu um novo ponto de incerteza para a inflação brasileira, com a decisão do governo de reduzir a meta de superávit primário, de 3,3% para 3,1% do PIB.
Meirelles tem uma reunião com a presidente eleita, Dilma Rousseff, nesta semana, para discutir seu futuro no governo. (Com agências internacionais)