Azelma Rodrigues | Valor
BRASÍLIA – A indústria seguiu em outubro apontando perda de intensidade no crescimento, assim como o ocorrido no terceiro trimestre do ano. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) não vê nada preocupante na expansão projetada para 2010, embora já comece a expressar queixas em relação ao efeito negativo, para 2011, do freio ao crédito e da alta desmesurada das importações.
“Embora mais fraca do que para 2010, ainda há uma tendência de crescimento bem delineada para 2011”, comentou o economista-chefe da CNI, Flavio Castelo Branco, ao divulgar os indicadores industriais.
Ele destaca que, ao forte aumento das importações, somam-se as medidas de contenção ao crédito anunciadas pelo Banco Central como riscos certos a uma expansão vigorosa da indústria ano que vem.
“O freio ao crédito à pessoa física deve afetar o crescimento da indústria, com um enfraquecimento já no início do próximo ano”, comentou o economista. A CNI ainda não tem projeções para 2011, mas, para 2010, prevê o Produto Interno Bruto (PIB) da indústria com alta real de 12,3%.
Em outubro, as vendas reais da indústria recuaram 0,7% sobre setembro, já descontados efeitos sazonais, após três meses de alta consecutiva. Normalmente, outubro é um dos meses de resultado mais forte do setor.
“Não é nada anormal”, comentou Castelo Branco. Importante, destacou, é que os números acumulados são recordes. Pelo efeito carregamento, se o faturamento real da indústria ficar estável em novembro e dezembro, já está garantida expansão de 9,3% em 2010.
O uso da capacidade instalada subiu 0,2 ponto percentual em outubro, para 82,2%, depois de recuar cinco meses seguidos. “Não há qualquer pressão de preços industriais. Há folga na capacidade e indicações claras de que o investimento continuará para ampliar o parque fabril ano que vem”, comentou Castelo Branco.
Os bons ventos para os investimentos, segundo pesquisa da própria CNI, indicam tempo bom também para o emprego industrial, há 16 meses sem queda, embora tenha ficado estável em outubro.
A produção, medida pelas horas trabalhadas, tem efeito carregamento de 6,8% de alta, até outubro. Na comparação com 12 meses, a massa salarial teve expansão de 10%, influenciada por dissídios de categorias profissionais de peso, como os metalúrgicos, por exemplo.
BRASÍLIA – A indústria seguiu em outubro apontando perda de intensidade no crescimento, assim como o ocorrido no terceiro trimestre do ano. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) não vê nada preocupante na expansão projetada para 2010, embora já comece a expressar queixas em relação ao efeito negativo, para 2011, do freio ao crédito e da alta desmesurada das importações.
“Embora mais fraca do que para 2010, ainda há uma tendência de crescimento bem delineada para 2011”, comentou o economista-chefe da CNI, Flavio Castelo Branco, ao divulgar os indicadores industriais.
Ele destaca que, ao forte aumento das importações, somam-se as medidas de contenção ao crédito anunciadas pelo Banco Central como riscos certos a uma expansão vigorosa da indústria ano que vem.
“O freio ao crédito à pessoa física deve afetar o crescimento da indústria, com um enfraquecimento já no início do próximo ano”, comentou o economista. A CNI ainda não tem projeções para 2011, mas, para 2010, prevê o Produto Interno Bruto (PIB) da indústria com alta real de 12,3%.
Em outubro, as vendas reais da indústria recuaram 0,7% sobre setembro, já descontados efeitos sazonais, após três meses de alta consecutiva. Normalmente, outubro é um dos meses de resultado mais forte do setor.
“Não é nada anormal”, comentou Castelo Branco. Importante, destacou, é que os números acumulados são recordes. Pelo efeito carregamento, se o faturamento real da indústria ficar estável em novembro e dezembro, já está garantida expansão de 9,3% em 2010.
O uso da capacidade instalada subiu 0,2 ponto percentual em outubro, para 82,2%, depois de recuar cinco meses seguidos. “Não há qualquer pressão de preços industriais. Há folga na capacidade e indicações claras de que o investimento continuará para ampliar o parque fabril ano que vem”, comentou Castelo Branco.
Os bons ventos para os investimentos, segundo pesquisa da própria CNI, indicam tempo bom também para o emprego industrial, há 16 meses sem queda, embora tenha ficado estável em outubro.
A produção, medida pelas horas trabalhadas, tem efeito carregamento de 6,8% de alta, até outubro. Na comparação com 12 meses, a massa salarial teve expansão de 10%, influenciada por dissídios de categorias profissionais de peso, como os metalúrgicos, por exemplo.