quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Ibovespa atingirá 75 mil pontos em 2011, projeta Fator Corretora

InfoMoney

O Ibovespa atingirá os 75 mil pontos em dezembro de 2011, é o que
prevê a Fator Corretora em relatório, destacando que a Petrobras
(PETR3, PETR4) permanece como uma das ações de preferência,
acompanhada pelos setores de bancos, logística, bebidas, energia
elétrica e telecomunicações.

Além disso, o setor de construção civil também apresenta boas opções
de investimento, com destaque para os papéis da PDG Realty (PDGR3),
destaca Lika Takahashi, analista-chefe da corretora e responsável pelo
relatório.

Por outro lado, os setores de varejo, saúde e de commodities são
classificados na ponta negativa, incluindo aí as ações da Vale (VALE3,
VALE5), cujas incertezas devem se elevar devido à regulamentação no
setor e a uma possível saída de Roger Agnelli da presidência da
empresa.

"Apesar das expectativas de alta dos preços das commodities, em função
do ambiente externo incerto, recuperação gradual das principais
economias e valorização do câmbio, as grandes exportadoras ou empresas
cujos preços internos de vendas sejam atrelados aos internacionais
devem receber menos interesse dos investidores que os setores/empresas
voltados ao consumo doméstico", afirma a analista.

Demanda por risco continuará
No entanto, a demanda por ativos de risco deverá continuar no próximo
ano, motivada pelo Federal Reserve e o pacote de compra de ativos –
atualmente o programa de compra de títulos é de US$ 600 bilhões. "O
Fed tem poder enorme de mover os mercados e os próximos meses ainda
poderão ser interessantes, pois é bastante possível que os ativos de
risco continuem a subir", ressalta o relatório.

Segundo os analistas, os investidores enfrentam dois riscos
principais: o de perder dinheiro ou o de perder o momento. Takahashi
classifica como válida a posição dos investidores mais otimistas, os
quais afirmam que o capital decorrente do alívio quantitativo nos EUA
se transferirá para os mercados emergentes, valorizando-os, além de
que as economias estão se descolando e que o crescimento em um bom
nível favorece o risco.

"Entretanto, não espere descolamento dos emergentes, pois
provavelmente em função da globalização dos mercados, não há período
onde as bolsas dos países desenvolvidos caíram muito e as dos
emergentes subiram muito", ressalta.

Ações já precificadas
Por fim, Takahashi também alerta para o fato de que já pode ter
ocorrido uma precificação nos papéis, baseado nas expectativas do
alívio quantitativo. "É difícil ver qual a surpresa positiva não
antecipada que o mercado continua a esperar. O que não está
precificado é se ele irá ser bem sucedido", escreve.