A crise que assombra o atual cenário econômico mundo afora é, em essência, uma questão de administração, não de políticas. Com essas palavras, Maurizio Zollo, professor de estratégia associado à Università Bocconi, inicia seu discurso acerca das quatro medidas que considera fundamentais para o controle e combate do colapso.
Inicialmente, Zollo aponta como principal erro responsável pela incrível onda de perdas vistas nos últimos meses o excesso de confiança que permeou as decisões de gestores (não apenas a serviço de instituições financeiras) no sentido de promover crescimento e intensificar o investimento.
Paralelamente a isso, também atuaram de forma nociva os processos motivacionais dentro das empresas, uma vez carentes de perspectiva de longo prazo, assim como de outras formas de remuneração que não exclusivamente o dinheiro e o poder.
Paliativo
Em resposta à queda de grandes ícones, governos viram-se em posição de adotar medidas emergenciais de resgate. Sem entrar no mérito da eficácia dessas ações, Zollo destaca que, agora, a questão crucial é livrar-se da dependência dessas medidas paliativas, promovendo o que chama de profunda reforma nas práticas organizacionais e de gestão.
Aprendizado
O primeiro passo enumerado pelo professor é o aprendizado de gestão organizacional e o desenvolvimento de competências estratégicas.
Segundo o pesquisador, tratam-se duas ferramentas que atuam de forma conjunta, sendo, porém, mais conhecidas na teoria do que na prática: Zollo afirma que poucas são as companhias que conseguem implantar sistemas internos de aprendizado bem estabelecidos e que estejam em constante renovação, de forma a agilizar o desenvolvimento de vantagens competitivas duradouras.
Aquisições
A próxima medida listada pelo italiano diz respeito aos processos de aquisição. Bem-vindos na hora de reestruturar a carteira de ativos de uma empresa e mesmo de posicioná-la em segmentos alternativos de atividade, têm sido negligenciados em sua fase pós-compra.
Da mesma forma em que se dá ênfase para as aquisições, esquece-se da integração dessas novas atividades à atuação da empresa como um todo. Fenômeno semelhante acontece com as parcerias.
Ambiente e Análise
Maurizio Zollo vai além. Há ainda duas ferramentas menos perceptíveis aos olhos. A primeira delas exalta diretamente o ponto da sustentabilidade social e ecológica nos processos operacionais e nas tomadas de decisões estratégicas.
Se disseminada entre todos os detentores do capital da companhia, essa consciência social e ambiental seria capaz de reconhecer as soluções e implantar as mudanças internas que uma crise exige de forma segura e rápida como nenhum outro aspecto conseguiria.
Finalmente, o professor atenta para a necessidade de os gestores trabalharem como melhores equipamentos "entre suas orelhas".
A neurociência tem desempenhado papel importante para a administração de empresas ao facilitar as análises daqueles pequenos aspectos que o cérebro normalmente deixaria passar, mas que são essenciais na identificação do que Zollo chama de "elementos críticos". Dessa maneira, as empresas estariam munidas contra quaisquer crises.
No fim das contas, o ponto que o professor fundamentalmente tenta atingir é: para superar o tombo, é preciso inovar.
Inicialmente, Zollo aponta como principal erro responsável pela incrível onda de perdas vistas nos últimos meses o excesso de confiança que permeou as decisões de gestores (não apenas a serviço de instituições financeiras) no sentido de promover crescimento e intensificar o investimento.
Paralelamente a isso, também atuaram de forma nociva os processos motivacionais dentro das empresas, uma vez carentes de perspectiva de longo prazo, assim como de outras formas de remuneração que não exclusivamente o dinheiro e o poder.
Paliativo
Em resposta à queda de grandes ícones, governos viram-se em posição de adotar medidas emergenciais de resgate. Sem entrar no mérito da eficácia dessas ações, Zollo destaca que, agora, a questão crucial é livrar-se da dependência dessas medidas paliativas, promovendo o que chama de profunda reforma nas práticas organizacionais e de gestão.
Aprendizado
O primeiro passo enumerado pelo professor é o aprendizado de gestão organizacional e o desenvolvimento de competências estratégicas.
Segundo o pesquisador, tratam-se duas ferramentas que atuam de forma conjunta, sendo, porém, mais conhecidas na teoria do que na prática: Zollo afirma que poucas são as companhias que conseguem implantar sistemas internos de aprendizado bem estabelecidos e que estejam em constante renovação, de forma a agilizar o desenvolvimento de vantagens competitivas duradouras.
Aquisições
A próxima medida listada pelo italiano diz respeito aos processos de aquisição. Bem-vindos na hora de reestruturar a carteira de ativos de uma empresa e mesmo de posicioná-la em segmentos alternativos de atividade, têm sido negligenciados em sua fase pós-compra.
Da mesma forma em que se dá ênfase para as aquisições, esquece-se da integração dessas novas atividades à atuação da empresa como um todo. Fenômeno semelhante acontece com as parcerias.
Ambiente e Análise
Maurizio Zollo vai além. Há ainda duas ferramentas menos perceptíveis aos olhos. A primeira delas exalta diretamente o ponto da sustentabilidade social e ecológica nos processos operacionais e nas tomadas de decisões estratégicas.
Se disseminada entre todos os detentores do capital da companhia, essa consciência social e ambiental seria capaz de reconhecer as soluções e implantar as mudanças internas que uma crise exige de forma segura e rápida como nenhum outro aspecto conseguiria.
Finalmente, o professor atenta para a necessidade de os gestores trabalharem como melhores equipamentos "entre suas orelhas".
A neurociência tem desempenhado papel importante para a administração de empresas ao facilitar as análises daqueles pequenos aspectos que o cérebro normalmente deixaria passar, mas que são essenciais na identificação do que Zollo chama de "elementos críticos". Dessa maneira, as empresas estariam munidas contra quaisquer crises.
No fim das contas, o ponto que o professor fundamentalmente tenta atingir é: para superar o tombo, é preciso inovar.