53% da população está na classe C, diz estudo da Cetelem BGN. Pirâmide social muda de formato e vira losango.
G1
Clique aqui e veja a pesquisa
Cerca de 19 milhões de brasileiros migraram para a classe C em 2010, que chegou a 101,65 milhões de pessoas e já representa 53% da população total do país (191,79 milhões). Os dados são da pesquisa Observador 2011, encomendada pela Cetelem BGN à Ipsos Public O estudo mostra que a 'nova classe média' é a maior do país, mais ampla que as classes AB e DE juntas.
Segundo a pesquisa, 25% da população estava nas classes DE (47,94 milhões) em 2010 e outros 21% nas classes AB (42,19 milhões), que recebeu no ano passado um acréscimo de 12 milhões de brasileiros. Em 2009, a classe C reunia 92,85 milhões de brasileiros. Já as classes DE tinham 66,88 milhões e as AB, 30,21 milhões.
Para o estudo, foram feitas 1.500 entrevistas domiciliares em 70 cidades do país entre os dias 24 e 31 de dezembro.
A pesquisa, realizada desde 2005, faz uma radiografia do comportamento do consumidor brasileiro e mostra que a pirâmide social mudou de formato, se transformando em um losango, pois a classe C é a que conta com o maior número de pessoas.
Enquanto a população cresceu 5,35% de 2005 a 2010, a classe C cresceu 62,12% e as classes AB inflaram 59,70%. Já as classes DE tiveram redução de 48,41% no período, o que corresponde a quase 45 milhões de brasileiros. Em 2005, as classes AB e C juntas correspondiam a 49% da população; em 2010, elas somavam 74%.
"Existe uma grande transformação e ela pode se transformar em oportunidade se usarmos essas informações para fazer um planejamento estratégico de nossos negócios", afirma Marcos Etchegoyen, presidente da Cetelem. "Temos que criar a cultura de ofertar o crédito de maneira que a pessoa entenda o que está sendo ofertado, tire suas dúvidas e possa se manter adimplente, de modo a continuar usando o crédito no futuro".
Renda e gastos
De acordo com a pesquisa, houve aumento da renda média dos brasileiros de todas as classes e regiões. Alta que se mostrou mais acentuada nas classes DE, cuja renda familiar média declarada pelos pesquisados ficou em R$ 809 - 48,44% maior do que em 2005. Os brasileiros da classe AB tiveram renda média de R$ 2.983 e os da C de R$ 1.338.
No ano de 2010, os brasileiros gastaram em média, mensalmente, R$ 165,00 a mais que no ano de 2009. Os itens de destaque foram seguros, previdência privada, aluguel, vestuário e convênios médicos. Em 2010, 20% da população indicou já ter feito compras pela internet. Segundo o estudo, mais de 60% das compras dos itens de médio custo foram financiadas. Em todas as regiões, o gasto médio com telefone fixo foi superior ao do telefone celular.
A pesquisa indica também que o brasileiro está otimista. Cerca de 60% dos entrevistados espera mais crescimento em 2011, 53% mais consumo, 52% mais crédito e 39% acreditam que o PIB se mantenha em alta.
Segundo o levantamento, 79% dos pesquisados pretendem economizar mais em 2011, mas 48% também pretendem gastar mais neste ano, com destaque para itens como bens para casa, móveis, decoração e entretenimento. Por outro lado, apenas 26% dos entrevistados comparam as taxas de juros, antes de escolher aonde vão fazer compras financiada.
Segundo o estudo, as classes DE concentram os maiores crescimentos na intenção de compra para 2011, com destaque para eletrodomésticos, celulares, motos e carros.
Para Miltonleise Carreiro Filho, vice presidente da Cetelem, os números da pesquisa ainda não apresentam o efeito das medidas de restrição de crédito anunciadas pelo Banco Central no fim do ano passado , e nem as perspectivas de aumento de inflação em 2011. “O que vem acontecendo nos meses de janeiro e fevereiro em termos reais é que nem a inadimplência vem subindo e nem o consumo caindo. Por enquanto não tivemos nenhum efeito que fosse contrário a essas manifestações”.
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Cerca de 19 milhões de brasileiros migraram para a classe C em 2010, que chegou a 101,65 milhões de pessoas e já representa 53% da população total do país (191,79 milhões). Os dados são da pesquisa Observador 2011, encomendada pela Cetelem BGN à Ipsos Public O estudo mostra que a 'nova classe média' é a maior do país, mais ampla que as classes AB e DE juntas.
Segundo a pesquisa, 25% da população estava nas classes DE (47,94 milhões) em 2010 e outros 21% nas classes AB (42,19 milhões), que recebeu no ano passado um acréscimo de 12 milhões de brasileiros. Em 2009, a classe C reunia 92,85 milhões de brasileiros. Já as classes DE tinham 66,88 milhões e as AB, 30,21 milhões.
Para o estudo, foram feitas 1.500 entrevistas domiciliares em 70 cidades do país entre os dias 24 e 31 de dezembro.
A pesquisa, realizada desde 2005, faz uma radiografia do comportamento do consumidor brasileiro e mostra que a pirâmide social mudou de formato, se transformando em um losango, pois a classe C é a que conta com o maior número de pessoas.
Enquanto a população cresceu 5,35% de 2005 a 2010, a classe C cresceu 62,12% e as classes AB inflaram 59,70%. Já as classes DE tiveram redução de 48,41% no período, o que corresponde a quase 45 milhões de brasileiros. Em 2005, as classes AB e C juntas correspondiam a 49% da população; em 2010, elas somavam 74%.
"Existe uma grande transformação e ela pode se transformar em oportunidade se usarmos essas informações para fazer um planejamento estratégico de nossos negócios", afirma Marcos Etchegoyen, presidente da Cetelem. "Temos que criar a cultura de ofertar o crédito de maneira que a pessoa entenda o que está sendo ofertado, tire suas dúvidas e possa se manter adimplente, de modo a continuar usando o crédito no futuro".
Renda e gastos
De acordo com a pesquisa, houve aumento da renda média dos brasileiros de todas as classes e regiões. Alta que se mostrou mais acentuada nas classes DE, cuja renda familiar média declarada pelos pesquisados ficou em R$ 809 - 48,44% maior do que em 2005. Os brasileiros da classe AB tiveram renda média de R$ 2.983 e os da C de R$ 1.338.
No ano de 2010, os brasileiros gastaram em média, mensalmente, R$ 165,00 a mais que no ano de 2009. Os itens de destaque foram seguros, previdência privada, aluguel, vestuário e convênios médicos. Em 2010, 20% da população indicou já ter feito compras pela internet. Segundo o estudo, mais de 60% das compras dos itens de médio custo foram financiadas. Em todas as regiões, o gasto médio com telefone fixo foi superior ao do telefone celular.
A pesquisa indica também que o brasileiro está otimista. Cerca de 60% dos entrevistados espera mais crescimento em 2011, 53% mais consumo, 52% mais crédito e 39% acreditam que o PIB se mantenha em alta.
Segundo o levantamento, 79% dos pesquisados pretendem economizar mais em 2011, mas 48% também pretendem gastar mais neste ano, com destaque para itens como bens para casa, móveis, decoração e entretenimento. Por outro lado, apenas 26% dos entrevistados comparam as taxas de juros, antes de escolher aonde vão fazer compras financiada.
Segundo o estudo, as classes DE concentram os maiores crescimentos na intenção de compra para 2011, com destaque para eletrodomésticos, celulares, motos e carros.
Para Miltonleise Carreiro Filho, vice presidente da Cetelem, os números da pesquisa ainda não apresentam o efeito das medidas de restrição de crédito anunciadas pelo Banco Central no fim do ano passado , e nem as perspectivas de aumento de inflação em 2011. “O que vem acontecendo nos meses de janeiro e fevereiro em termos reais é que nem a inadimplência vem subindo e nem o consumo caindo. Por enquanto não tivemos nenhum efeito que fosse contrário a essas manifestações”.