Os planos de nova regulamentação para o sistema financeiro norte-americano colocam em evidência o trabalho coordenado entre o governo dos EUA e as autoridades monetárias. O secretário do Tesouro, Henry Paulson, sugere mais poderes ao Federal Reserve. O presidente do Fed, Ben Bernanke, elogia as medidas públicas para conter a desaceleração econômica.
Nem sempre há tamanha harmonia entre o Tesouro e o Banco Central. Contudo, quando ela existe, os resultados tendem a ser satisfatórios. Complementaridades entre política fiscal e monetária costumam alcançar soluções mais rápidas sob menos esforços. Especialmente se os formuladores conhecem bem o problema com que se defrontam, também por vias complementares.
Paulson vem do trabalho
Antes de assumir o cargo de secretário do Tesouro norte-americano, em julho de 2006, Henry Paulson tinha um nome reconhecido em Wall Street. Fez carreira como presidente e CEO do Goldman Sachs desde 1999, quando o banco de investimentos estreou na bolsa.
Ao indicá-lo como membro de sua equipe, o presidente George W. Bush fez questão de enfatizar que "Paulson tem um conhecimento muito próximo dos mercados financeiros". O que certamente o ajuda a compreender momentos de pânico nas bolsas, além dos efeitos perversos que a quebra de uma grande banco pode trazer.
Bernanke vem da escola
Se sobram críticas a Ben Bernanke durante a crise - fardo natural a um chairman do Fed -, provavelmente seria pior sem ele. Afinal, é difícil negar a contribuição de um presidente de Banco Central que se mostra sempre atento às dificuldades econômicas, e que estudou crises financeiras a vida toda.
Com a teoria em mãos, Bernanke parece apto a medidas tradicionais e inovadoras em política monetária. Cortes no juro básico e no redesconto, injeções extraordinárias de liquidez, acordos com outros BCs mundiais, socorro a bancos. Tudo para prevenir algumas das piores conseqüências que o subprime pode trazer.
Seus trabalhos acadêmicos funcionam como atestado de que um chairman chega ao Fed ciente dos problemas que há de enfrentar. O que é um ótimo primeiro passo.
Veja as referências de alguns dos artigos publicados pelo pesquisador Bernanke:
* "Should Central Banks Respond to Movements in Asset Prices?" American Economic Review, maio 2001.
* "Monetary Policy and Asset Price Volatility", apresentado em Jackson Hole, Wyoming, durante conferência do Federal Reserve.
* "Financial Fragility and Economic Performance", Quarterly Journal of Economics, fevereiro de 1990.
* "The Real Effects of Financial Crises: Theory and Evidence", em conferência acadêmica no Federal Reserve de São Francisco, novembro de 1982.
Nem sempre há tamanha harmonia entre o Tesouro e o Banco Central. Contudo, quando ela existe, os resultados tendem a ser satisfatórios. Complementaridades entre política fiscal e monetária costumam alcançar soluções mais rápidas sob menos esforços. Especialmente se os formuladores conhecem bem o problema com que se defrontam, também por vias complementares.
Paulson vem do trabalho
Antes de assumir o cargo de secretário do Tesouro norte-americano, em julho de 2006, Henry Paulson tinha um nome reconhecido em Wall Street. Fez carreira como presidente e CEO do Goldman Sachs desde 1999, quando o banco de investimentos estreou na bolsa.
Ao indicá-lo como membro de sua equipe, o presidente George W. Bush fez questão de enfatizar que "Paulson tem um conhecimento muito próximo dos mercados financeiros". O que certamente o ajuda a compreender momentos de pânico nas bolsas, além dos efeitos perversos que a quebra de uma grande banco pode trazer.
Bernanke vem da escola
Se sobram críticas a Ben Bernanke durante a crise - fardo natural a um chairman do Fed -, provavelmente seria pior sem ele. Afinal, é difícil negar a contribuição de um presidente de Banco Central que se mostra sempre atento às dificuldades econômicas, e que estudou crises financeiras a vida toda.
Com a teoria em mãos, Bernanke parece apto a medidas tradicionais e inovadoras em política monetária. Cortes no juro básico e no redesconto, injeções extraordinárias de liquidez, acordos com outros BCs mundiais, socorro a bancos. Tudo para prevenir algumas das piores conseqüências que o subprime pode trazer.
Seus trabalhos acadêmicos funcionam como atestado de que um chairman chega ao Fed ciente dos problemas que há de enfrentar. O que é um ótimo primeiro passo.
Veja as referências de alguns dos artigos publicados pelo pesquisador Bernanke:
* "Should Central Banks Respond to Movements in Asset Prices?" American Economic Review, maio 2001.
* "Monetary Policy and Asset Price Volatility", apresentado em Jackson Hole, Wyoming, durante conferência do Federal Reserve.
* "Financial Fragility and Economic Performance", Quarterly Journal of Economics, fevereiro de 1990.
* "The Real Effects of Financial Crises: Theory and Evidence", em conferência acadêmica no Federal Reserve de São Francisco, novembro de 1982.