Sem trazer grandes surpresas a boa parte dos analistas, o Copom (Comitê de Política Monetária) optou na última quarta-feira (10) por manter a Selic em 13,75% ao ano. Para os analistas da Merrill Lynch, existe chance de flexibilização monetária já na próxima reunião do comitê.
A decisão tomada em dezembro, que foi defendida de forma unânime pelos membros do colegiado, contrasta com a ação de diversas autoridades monetárias ao redor do globo, que vêm reduzindo substancialmente suas taxas de juro como forma de estimular o crescimento econômico no atual cenário de crise financeira.
Em relatório divulgado na sexta-feira (12), a equipe da Merrill Lynch concentrou atenção especial à nota divulgada pela autoridade, que sugeria que a decisão estava atrelada ao ambiente de grandes incertezas macroeconômicas. A inflação também ganhou destaque, com o colegiado afirmando que ela poderá definir quais serão os próximos passos da Selic.
Qual é a do Copom?
Para os analistas do banco, a opinião do Copom mostra uma indicação "explícita" de que virá um afrouxamento da política monetária em breve, observando também que na reunião anterior o colegiado votou a favor da manutenção da taxa, interrompendo o ciclo de altas no juro básico.
"Existem três interpretações para prever uma redução no juro", sugeriram Felipe Illanes e Virgílio Cunha, autores do relatório. "Porém, mais detalhes sobre as decisões futuras deverão vir apenas com a minuta da reunião, que será divulgada no dia 18 de dezembro" observaram os analistas.
Três visões para cortar a Selic
Entre os três caminhos trilhados pela Merrill Lynch, uma das hipóteses é que, mesmo tendo votado pela manutenção da taxa em dezembro, o colegiado já considera realizar um corte no próximo encontro. "Nós não estamos convencidos disso", observou o time, rebatendo com o fato de que todos os membros votaram a favor dos 13,75% ao ano, sem trazer opiniões divididas entre os membros.
Outra hipótese elaborada foi a de que o corte poderá vir de pressões políticas, que realmente se fizeram presentes na reunião deste mês, observou o grupo. Porém, mais uma vez ressaltando a unanimidade na decisão, os analistas acreditam que essa variável está influenciando pouco nas decisões do Copom, sem justificar futuros cortes na Selic.
Descartando as outras duas, a que mais "faz sentido", na opinião do banco, é a de que o corte virá de uma estratégia para coordenar as expectativas de inflação e crescimento. "A balança de riscos tem ficado dividida de forma muito rápida", pondera o grupo, que cita a proximidade de um cenário de inflação respeitando as metas do governo, abrindo maior espaço para que o Copom passe a dar maior atenção à expansão da economia.
A decisão tomada em dezembro, que foi defendida de forma unânime pelos membros do colegiado, contrasta com a ação de diversas autoridades monetárias ao redor do globo, que vêm reduzindo substancialmente suas taxas de juro como forma de estimular o crescimento econômico no atual cenário de crise financeira.
Em relatório divulgado na sexta-feira (12), a equipe da Merrill Lynch concentrou atenção especial à nota divulgada pela autoridade, que sugeria que a decisão estava atrelada ao ambiente de grandes incertezas macroeconômicas. A inflação também ganhou destaque, com o colegiado afirmando que ela poderá definir quais serão os próximos passos da Selic.
Qual é a do Copom?
Para os analistas do banco, a opinião do Copom mostra uma indicação "explícita" de que virá um afrouxamento da política monetária em breve, observando também que na reunião anterior o colegiado votou a favor da manutenção da taxa, interrompendo o ciclo de altas no juro básico.
"Existem três interpretações para prever uma redução no juro", sugeriram Felipe Illanes e Virgílio Cunha, autores do relatório. "Porém, mais detalhes sobre as decisões futuras deverão vir apenas com a minuta da reunião, que será divulgada no dia 18 de dezembro" observaram os analistas.
Três visões para cortar a Selic
Entre os três caminhos trilhados pela Merrill Lynch, uma das hipóteses é que, mesmo tendo votado pela manutenção da taxa em dezembro, o colegiado já considera realizar um corte no próximo encontro. "Nós não estamos convencidos disso", observou o time, rebatendo com o fato de que todos os membros votaram a favor dos 13,75% ao ano, sem trazer opiniões divididas entre os membros.
Outra hipótese elaborada foi a de que o corte poderá vir de pressões políticas, que realmente se fizeram presentes na reunião deste mês, observou o grupo. Porém, mais uma vez ressaltando a unanimidade na decisão, os analistas acreditam que essa variável está influenciando pouco nas decisões do Copom, sem justificar futuros cortes na Selic.
Descartando as outras duas, a que mais "faz sentido", na opinião do banco, é a de que o corte virá de uma estratégia para coordenar as expectativas de inflação e crescimento. "A balança de riscos tem ficado dividida de forma muito rápida", pondera o grupo, que cita a proximidade de um cenário de inflação respeitando as metas do governo, abrindo maior espaço para que o Copom passe a dar maior atenção à expansão da economia.