segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Presidente do BoJ afirma que economia japonesa deve continuar contraindo

A economia do Japão deve continuar contraindo até o fim do ano fiscal em março de 2010, de acordo com declaração dada por Massaki Shirakawa, presidente do BoJ (Bank of Japan), em entrevista ao Financial Times. Segundo ele, a autoridade monetária estava balanceada para reverter sua projeção de uma recuperação moderada.

Sua previsão é de que a economia fique negativa no ano fiscal de 2009, frente à atual projeção do BoJ de que ocorra um crescimento de 0,6% no período, sinalizando um certo pessimismo em relação à recuperação da segunda maior economia mundial.

Shirakawa explicitou sua preocupação com o que chamou de enormes fatores de risco para a economia japonesa em meio aos desdobramentos dos esforços do governo em estimular o crescimento do país.

Na sexta-feira (12), o primeiro ministro Taro Aso an
unciou a expansão dos planos de incentivos econômicos para reverter a recessão japonesa. Ao todo, serão disponibilizados US$ 110 bilhões.

O Japão apresen
tou contração em seu PIB (Produto Interno Bruto) no segundo e no terceiro trimestre do ano, explicitando o quadro recessivo que o mercado especulava.

Política monetária
O presidente salientou que a flexibilização monetária em 2006, quando o juro-básico era nulo, ajudou a estabilizar o sistema bancário, porém fez pouca diferença na hora de estimular o crescimento.

Para ele, os rumores de que a deflação chegue não devem ser levados adiante. "O importante é a taxa de inflação esperada em médio e longo prazo", afirmou.

Quanto ao BoJ intervir no mercado cambial para controlar a apreciação do iene em relação ao dólar, Shirakawa reforçou que qualquer decisão sobre a intervenção seria feita através do ministério das Finanças. "No fim das contas, a taxa de câmbio é determinada pelas forças do mercado", salientou.