Por: Rafael de Souza Ribeiro
Em franca desaceleração, o setor siderúrgico pode ser considerado um dos mais afetados pela crise mundial, já que depende necessariamente do fluxo de negócios com o aço para sobreviver.
Cientes desta relação e atentos aos impactos da crise sobre o nível da demanda pela matéria- prima, atualmente em queda, os analistas da Socopa Corretora revisaram suas projeções para as principais empresas de siderurgia brasileiras listadas no Ibovespa.
Segundo a equipe, a revisão tem como objetivo se adequar aos cortes de produção e investimentos anunciados, algo que deve se estender mais acentuadamente no primeiro semestre de 2009, prevê a corretora.
Números contra
Os últimos dados divulgados pela Wordsteel e pelo IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia) revelam um cenário de desaceleração econômica e o movimento de corte da produção intensificado no final do último ano, no compasso da retração da demanda.
Entre os setores que contribuíram para a queda da procura, os analistas destacam a indústria automobilística, que vem sendo afetada fortemente pela crise mundial, tanto no âmbito doméstico e internacional.
Números revelam que a indústria de distribuição está com os estoques em níveis bastante elevados, afirma a corretora, sentimento também corroborado pelo INDA (Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço). Segundo o instituto, os estoques consolidados fecharam novembro com vazão de 4,1 meses de venda, acima da média histórica de 2,7 meses.
Outra preocupação diz respeito ao setor de construção civil, que deverá reduzir o ritmo de vendas neste ano. Contudo, a equipe lembra do pacote de investimentos prometido pelo Governo, que deve dar força para as construções e consequentemente agitar o mercado de aço longo em 2009.
Projeções para as empresas
Entre as siderúrgicas listadas, os analistas reiteram a preferência pela Gerdau, em virtude dos fundamentos sólidos e a maior exposição ao setor de aços longos, uma das promessas para este ano.
A equipe revelou conservadorismo quanto ao desempenho de CSN e Usiminas, mas destacou o potencial de valorização implícito nos papéis, que podem ser uma boa alternativa de longo prazo.
Em relação à CSN, a confortável posição em caixa resultado da venda da Namisa e a exposição no mercado de minério agrada os analistas, que acreditam em elevadas margens operacionais para a empresa este ano.
Já a Usiminas se destaca pelo baixo nível de endividamento, "o que lhe concede posição confortável para fazer frente ao plano de expansão proposto", e da maior participação do mercado interno nas vendas totais da empresa. Na ponta negativa, a equipe lembra da elevada participação da companhia no segmento automobilístico, atualmente em crise.
Recomendações
*Com base na cotação de fechamento do dia 13 de fevereiro de 2009
Em franca desaceleração, o setor siderúrgico pode ser considerado um dos mais afetados pela crise mundial, já que depende necessariamente do fluxo de negócios com o aço para sobreviver.
Cientes desta relação e atentos aos impactos da crise sobre o nível da demanda pela matéria- prima, atualmente em queda, os analistas da Socopa Corretora revisaram suas projeções para as principais empresas de siderurgia brasileiras listadas no Ibovespa.
Segundo a equipe, a revisão tem como objetivo se adequar aos cortes de produção e investimentos anunciados, algo que deve se estender mais acentuadamente no primeiro semestre de 2009, prevê a corretora.
Números contra
Os últimos dados divulgados pela Wordsteel e pelo IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia) revelam um cenário de desaceleração econômica e o movimento de corte da produção intensificado no final do último ano, no compasso da retração da demanda.
Entre os setores que contribuíram para a queda da procura, os analistas destacam a indústria automobilística, que vem sendo afetada fortemente pela crise mundial, tanto no âmbito doméstico e internacional.
Números revelam que a indústria de distribuição está com os estoques em níveis bastante elevados, afirma a corretora, sentimento também corroborado pelo INDA (Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço). Segundo o instituto, os estoques consolidados fecharam novembro com vazão de 4,1 meses de venda, acima da média histórica de 2,7 meses.
Outra preocupação diz respeito ao setor de construção civil, que deverá reduzir o ritmo de vendas neste ano. Contudo, a equipe lembra do pacote de investimentos prometido pelo Governo, que deve dar força para as construções e consequentemente agitar o mercado de aço longo em 2009.
Projeções para as empresas
Entre as siderúrgicas listadas, os analistas reiteram a preferência pela Gerdau, em virtude dos fundamentos sólidos e a maior exposição ao setor de aços longos, uma das promessas para este ano.
A equipe revelou conservadorismo quanto ao desempenho de CSN e Usiminas, mas destacou o potencial de valorização implícito nos papéis, que podem ser uma boa alternativa de longo prazo.
Em relação à CSN, a confortável posição em caixa resultado da venda da Namisa e a exposição no mercado de minério agrada os analistas, que acreditam em elevadas margens operacionais para a empresa este ano.
Já a Usiminas se destaca pelo baixo nível de endividamento, "o que lhe concede posição confortável para fazer frente ao plano de expansão proposto", e da maior participação do mercado interno nas vendas totais da empresa. Na ponta negativa, a equipe lembra da elevada participação da companhia no segmento automobilístico, atualmente em crise.
Recomendações
| Empresa | Código | Recomendação | Preço-alvo | Upside* |
| Gerdau | GGBR4 | Compra | R$ 21,00 | 31,9% |
| CSN | CSNA3 | Compra | R$ 48,00 | 29,3% |
| Usiminas | USIM5 | Manter | R$ 36,00 | 23,7% |