sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Grécia revela novo plano de corte de gastos

O governo da Grécia apresentou nesta quinta-feira um plano econômico que pretende cortar o déficit público de 2011 para 7,4% do PIB grego, na tentativa de cumprir um acordo do país com o FMI e com a União Europeia.

Se bem-sucedido, o corte significará uma economia de 5 bilhões de euros (R$ 11,6 bilhões) em relação ao déficit de 9,4% projetado para 2010.

Cerca de 40% das economias viriam de cortes no sistema nacional de saúde, e 10% de cortes na defesa. Também se pretende aumentar os impostos sobre vendas no varejo de 11% para 14%.

As medidas estão sendo avaliadas pelo Parlamento grego.

RESGATE

Em maio, sob o risco de se tornar insolvente, a Grécia foi forçada a aceitar um resgate de 110 bilhões de euros (R$ 257 bilhões) pela União Europeia e pelo FMI.

O valor está sendo repassado ao país em três etapas.

Para receber o dinheiro, a Grécia teve de se comprometer a ampliar substancialmente os cortes de gastos para reduzir tanto o seu déficit público quanto a dívida do governo, que estão entre as maiores da Europa.

As medidas geraram uma onda de greves e protestos pelo país.

Mas dados divulgados na última segunda-feira mostraram que a economia grega estava em estado muito pior do que o imaginado, com déficit orçamentário de 15,4%, quase dois pontos percentuais acima de estimativas anteriores.

Por isso, novos cortes se mostraram necessários.

PRIVATIZAÇÕES

O departamento financeiro do país também anunciou nesta quinta-feira que a economia grega encolheria 4,2% neste ano e 3% em 2011 - na previsão anterior para o resultado do próximo ano, esperava-se uma redução de 2,6% no valor do PIB.

O novo plano governamental ainda prevê a venda de algumas companhias estatais e de quatro aviões Airbus A340 que o Estado grego possui.

Entre as organizações a serem totalmente ou parcialmente privatizadas estão a operadora de trens Trainose, a mineradora Larko, a operadora de gás Depa e a fabricante de armamentos Hellenic.