terça-feira, 30 de novembro de 2010

Mineração deve ter IPOs e fusões em 2011, diz consultoria

Aumento dos preços dos metais deve permitir vai incentivar empresas, indica Ernst & Young; grandes aquisições devem ser de pequeno porte
Eric Onstad,

As principais empresas de mineração do mundo diminuíram suas dívidas nos últimos anos

Londres - Uma acentuada recuperação nos mercados de metais vai incentivar uma série de novas aberturas de capital no próximo ano, enquanto bancos emprestam mais dinheiro para projetos de mineração, afirma a consultoria Ernst & Young.


"Estamos muito ocupados avaliando IPOs no momento", disse Lee Downham, sócio da divisão de mineração da Ernst & Young. "Eu esperaria operações de algumas empresas bilionárias chegando ao mercado em algum momento do próximo ano", afirmou o especialista durante evento do setor em Londres.

A atividade de fusões e aquisições também vai crescer conforme as empresas usam o caixa gerado por lucros-- que este ano deve atingir um recorde--, acrescentou. Mas grandes aquisições deverão ser raras.

"Acreditamos que empresas de médio porte e diversificadas vão querer fazer aquisições, mas não há muitos vendedores disponíveis no momento."

Preços de metais em alta, puxados pela forte demanda da China, estão impulsionando fluxos de caixa, que têm sido usados até agora para cortar dívidas.

Os cinco principais grupos de mineração --BHP Billiton, Rio Tinto, Vale, Anglo American e Xstrata-- cortaram coletivamente seus níveis de dívida em 48 por cento desde o final de 2008, disse Downham.

Mais dinheiro também está disponível para desenvolvimento de novas minas vindo do próprio fluxo de caixa das mineradoras e de empréstimos bancários.

Muitos nos projetos de minas foram adiados durante a crise financeira, uma vez que os bancos restringiram fluxos de crédito, mas desde então o quadro mudou.

"O nível de financiamento de projetos de mineração de 8 bilhões de dólares (até agora em 2010) já é maior que em qualquer um dos cinco últimos anos", disse Vaughan Wickins, que trabalha na área de project finance do Standard Bank, durante a conferência.