segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Com novas estimativas para o petróleo, Itaú eleva preço-alvo de OGX e Petrobras

InfoMoney

SÃO PAULO – Os analistas Paula Kovarsky e Diego Mendes, do Itaú BBA,
elevaram o preço-alvo para dezembro de 2011 das ações preferenciais da
Petrobras (PETR4), de R$ 38,20 para R$ 40,40. O novo target
corresponde a um uspside (potencial de valorização teórico) de 57,2%,
frente ao fechamento da última sessão. Para os ADRs representativos
das ações PN, o preço-alvo passou de US$ 41,80 para US$ 45,60.

Apesar de tal elevação, os analistas mantêm a recomendação
market-perform (desempenho em linha com a média do mercado) para os
papéis. "É improvável que a Petrobras venha a observar os preços mais
altos do petróleo inteiramente refletidos em seus resultados de curto
prazo, e a companhia terá que intensificar os gastos de capex enquanto
o preço do petróleo se mantiver no pico, para compensar a espera de um
ano e meio pela capitalização. Além disso, vemos pouco espaço para o
crescimento da produção, comprometendo a confiança do mercado
relativamente à execução, diante desse evento de tão longa duração",
diz o banco.

Pressões de curto prazo para a Petrobras
Em relatório, o Itau comenta que sua revisão para os preços do
petróleo responde pela maior parte da elevação do preço-alvo das ações
da Petrobras. A nova aposta do baco é que o petróleo seja negociado
entre US$ 85 e US$ 90 o barril no primeiro semestre de 2011, enquanto
o abrandamento quantitativo dos Estados Unidos e os investimentos
governamentais impedem o fortalecimento do dólar frente a outras
moedas. Para o final do ano que vem, as cotações devem convergir para
US$ 80

A dupla de analistas alerta ainda para a possibilidade de que um
aumento no preço da commodity no curto prazo seja negativo para a
companhia. "Se o governo promover a primeira rodada de ofertas dos
contratos de produção partilhada (PSC, na sigla em inglês) no próximo
ano, os preços mais elevados do petróleo podem puxar os números dos
participantes ainda mais para cima, preços aos quais a Petrobrás
deverá aderir, na sua condição de operadora com uma participação
mínima de 30%."

É improvável que a alta nos preços do petróleo seja totalmente
refletida nos resultados da estatal no curto prazo. Mesmo que o preço
do petróleo continue a subir, o governo brasileiro não permitirá que o
diesel e a gasolina subam durante o ano, por conta das pressões
inflacionárias.

OGX
Os analistas também elevaram o preço-alvo das ações da OGX (OGXP3),
acreditando que a empresa se beneficiará dos preços do petróleo mais
elevado. O novo preço-alvo foi para R$ 33,30, vindo de R$ 31,00. O
upside é de 70,3% e a recomendação outperform (desempenho acima da
média do mercado) é mantida.

O banco observa que mesmo reconhecendo que as ações da OGX poderão
sofrer certa volatilidade, dada a ausência de uma perspectiva mais
clara quanto à programação do farm-out, a empresa representa uma
interessante opção de investimento.