domingo, 12 de dezembro de 2010

Petrobras não confirma estimativas da BG sobre extração em Tupi

RIO - A Petrobras afirmou que a nota publicada ontem pelo BG Group com estimativas de volumes de óleo equivalente recuperável, de custo de capital e de produção para os campos de Tupi e Guará não contém estimativas do consórcio responsável pela operação. "As informações são de responsabilidade da BG", informou a Petrobras. O BG Group afirmou que as três plataformas que deverão entrar em operação em Tupi e Guará, na Bacia de Santos, conseguirão extrair 2,2 bilhões de barris de óleo equivalente durante o período de concessão, dos quais 600 milhões de barris caberiam à empresa britânica. A concessão de Tupi vai até 2037 e a de Guará termina em 2039.

De acordo com a nota, a primeira plataforma no campo de Tupi tem capacidade de produção de 100 mil barris de petróleo e 177 milhões de metros cúbicos de gás por dia. A unidade iniciou a produção em outubro.

A segunda plataforma no campo de Tupi deve entrar em operação em 2013 e terá uma capacidade de produção de 120 mil barris de petróleo e 177 milhões de metros cúbicos de gás diários. Uma terceira plataforma semelhante será implantada em Guará e também deverá entrar em produção em 2013. As três unidades serão alugadas.

No mês passado, a BG havia elevado as estimativas de reservas de petróleo para os campos de Tupi, Iracema e Guará, para 10,8 bilhões de barris de óleo equivalente, uma alta de 34% sobre a previsão anterior, de 8,1 bilhões de barris para os três campos. No entanto, na nota da Petrobras, que é a operadora dos consórcios, reiterou as estimativas de existência de 5 a 8 bilhões de barris de óleo equivalente recuperável em Tupi e Iracema, e de 1,1 a 2 bilhões de barris de óleo equivalente recuperável em Guará. A Petrobras reafirmou ainda a viabilidade econômica das descobertas a um nível de US$ 35 a US$ 40 por barril.

A BG afirmou que prevê custos técnicos unitários baixos para a fase inicial de desenvolvimento, somando custos de capital, em contratação de equipamentos para perfuração da área, aluguel de sondas, entre outros, de US$ 5 por barril de óleo equivalente. Os custos operacionais, que incluem ainda custos com infraestrutura de operação, como FPSOs, de US$ 9 por barril de óleo equivalente.

(Juliana Ennes | Valor)