presidente do grupo UBS no Brasil
Beatriz Olivon, de EXAME.com
São Paulo – Em 2010, o UBS anunciou sua volta ao Brasil, mas a
retomada da atuação está prevista apenas para o segundo semestre de
2011. A instituição aguarda a aprovação do Banco Central do pedido de
licença feito em março para começar a operar – o que só deve ocorrer
na primeira metade do ano.
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"Queremos ter no Brasil o tamanho que já tivemos", disse Lywal Salles,
presidente do UBS no Brasil. Até 2009, o UBS Pactual, seu braço no
país, era um dos maiores bancos de investimento do Brasil, disputando
posições de destaque em mercados como fusões e aquisições e
estruturação de operações.
Salles participou hoje (14/12) do EXAME Fórum Rio de Janeiro,
realizado na sede da editora Abril, em São Paulo. "O que está para vir
é fazer uma re-entrada no Brasil, a partir da licença do Banco
Central", disse o executivo.
O retorno do UBS ao Brasil deverá incluir um banco de investimento,
uma gestora de recursos e um private bank. "Vejo de maneira positiva a
perspectiva para o Brasil nos próximos anos, isso que fez a UBS pós
crise voltar", disse o presidente. Em 2009, cerca de um ano após
sofrer com os efeitos da crise econômica mundial, a instituição vendeu
sua operação no país, o UBS Pactual, a seu ex-sócio André Esteves por
2,5 bilhões de dólares. O objetivo era fazer caixa para ajudar o banco
a cobrir as perdas decorrentes das turbulências mundiais. Hoje, o BTG
Pactual, de André Esteves, figura entre os maiores bancos de
investimentos do país.
Voltar a operar no país, contudo, continuou nos planos dos suíços.
Desde a primeira metade do ano, banco ensaia seu retorno. A primeira
iniciativa foi a compra da Link Corretora em abril.
Futuro
O próximo ano será de muita movimentação em contratações e aluguel de
espaços no Rio de Janeiro e em São Paulo e remontagem da equipe do
banco. "Ainda não estamos olhando números, mas vamos investir em
pessoas, espaços e sistemas", disse Salles. O investimento em pessoas
deve elevar a equipe dos atuais 35 – sem incluir a Link - para 150
funcionários.
O banco ainda espera resultados negativos para o segundo semestre de
2011, em decorrência dos investimentos de implantação. Números
positivos são esperados, com alguma tranquilidade, para 2013. Como a
economia no país vai bem, a competição aumenta. "O Brasil tem isso,
para você vencer você tem que ser muito bom", disse Salles.