terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Veja dez dicas antes de aplicar no Tesouro Direto

Aparentes detalhes podem fazer a diferença ao adquirir títulos
públicos; confira e se certifique se o investimento vale ou não a pena

Dúvidas simples sobre o Tesouro Direto ajudam a decidir que aplicação fazer

Aparentes detalhes podem fazer a diferença ao adquirir títulos
públicos; confira e se certifique se o investimento vale ou não a pena

Finalmente você se determinou a adquirir uma outra fonte de renda além
do próprio salário, mas ainda não sabe de que forma aplicá-lo?
Investir no Tesouro Direto é uma alternativa menos arriscada, porém
vale a pena fazer as contas na ponta do lápis e analisar os prós e
contras desta opção. Confira algumas dicas e veja em que você deve
prestar atenção na hora de aplicar.

1 – O Tesouro Direto é destinado somente a pessoas físicas, residentes
no Brasil.

2 – Não é possível comprar títulos com o FGTS, pois ainda não é
autorizado pelo governo. A utilização do fundo só é permitida quando
há oferta pública, como ocorreu na recente capitalização da Petrobrás.

3 – Não há carência com o título. Ele leva apenas três dias para cair
na posição. Também não existe tempo mínimo para permanecer com o
título. A rentabilidade será irrisória, mas, se houver, você deverá
pagar Imposto de Renda (IR) e se o período for menor do que 30 dias
pagar Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

4 – Fique atento à diferença da taxa de administração cobrada por
corretoras e bancos que cuidam da transferência do dinheiro e compra
ou venda de títulos. Conforme o ranking e agentes de custódia do site
do Tesouro Direto, o percentual pode variar de zero a 1% ao ano. Não
há diferença clara que justifique a variação, mas um investidor em
Tesouro Direto é um potencial cliente para outros produtos, como
fundos e clubes.

5 – Você pode comprar títulos em qualquer dia da semana. Já as vendas
ocorrem apenas às quartas-feiras e, quando há reunião do Comitê de
Política Monetária (Copom), a negociação ocorre na quinta-feira.

6 – Além da taxa de administração, você paga pela custódia e
corretagem, se houver operação. O professor e educador financeiro
Mauro Calil diz que não vale a pena comprar e vender no Tesouro Direto
por causa da corretagem. Se você comprar a um título que renda 12% ao
ano, o governo recompra com rentabilidade de 12,5%, para que seja
interessante para ele voltar a ter este título. Assim, sua
rentabilidade baixará para 11,5% no período.

7 – A aplicação é interessante se o resgate for feito pelo menos
depois de um ano, compensando custos, impostos e rentabilidade. O IR,
por exemplo, é decrescente: cobra-se 22,5% para aquisição de até seis
meses; 20% até 12 meses; 17,5% até 24 meses e 15% acima desse período.

8 – Existe uma quantidade mínima de compra do título, a fração de 0,2,
que equivale a um quinto do papel, cerca de R$ 100,00. O limite máximo
é de R$ 400 mil por mês.

9 – O professor alerta que há intenções do Ministério da Fazenda de
esvaziar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para
baixar a taxa de juros. A alteração pode prejudicar a rentabilidade do
NTN-B, indexado ao índice, o que não representa um bom investimento.

10 – Entre títulos pós e pré-fixados, Sérgio da Silva, do departamento
de custódia da Magliano Corretora, recomenda a diversificação nas
aplicações e que não sejam exclusivas no Tesouro Direto. Neste, a
aplicação deve ser no longo prazo. Analise: uma aplicação de R$ 200 em
um título pré-fixado, com vencimento em 2013 e taxa anual de 12,47% ao
ano, a rentabilidade anual que você terá é de 10,12% já com desconto
das taxas e IR. No exemplo, utilizou-se uma taxa média de
administração, de 0,25%. O lucro líquido será de R$ 245,26.