segunda-feira, 26 de março de 2012

Títulos pós ou pré-fixados? Escolha está ligada ao tempo de investimento

Por: Heloisa Ferraz Finocchiaro


Dados do Tesouro Nacional revelaram que, no mês de fevereiro, os títulos atrelados à inflação continuaram sendo os mais procurados pelos investidores, beneficiados pela Selic em baixa, hoje em 9,75% ao ano.


Os títulos de renda fixa podem ser pré ou pós-fixados, e é aí que surge a dúvida de muitos investidores. Qual é a melhor opção agora?


Segundo economista da Novinvest Corretora, Sílvio Paixão, a escolha está relacionada ao tempo do investimento. "Os pré-fixados são os mais privilegiados dentro de um cenário de queda dos juros, mas a recomendação é só para um período de menos de seis meses. Agora, se for acima de um ano, os pós-fixados são a melhor alternativa hoje", explicou.


Opções de títulos

Antes de fazer a melhor escolha, porém, é importante conhecer as opções de títulos públicos que, segundo informações do site do Tesouro Direto, são as seguintes:


NTN-F: Título com rentabilidade prefixada, acrescida de juros definidos no momento da compra. Forma de Pagamento: semestralmente (juros) e no vencimento (principal).


NTN-B: Título com rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra. Forma de Pagamento: semestralmente (juros) e no vencimento (principal).


NTN-B Principal: Título com rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra, sem o pagamento de cupom de juros ao longo do tempo. Forma de Pagamento: Data de vencimento do título.


LFT: Título com rentabilidade diária vinculada à taxa de juros básica da economia (taxa média das operações diárias com títulos públicos registrados no sistema (SELIC). Forma de pagamento: no vencimento.


LTN: Título com rentabilidade definida no momento da compra. Forma de pagamento: no vencimento.


Cuidados

Independente do tipo de título que será comprado, pós ou pré-fixados, antes de fazer suas alocações, conforme explica Paixão, o investidor precisa ter alguns cuidados:


- Saber que será responsável pela gestão do seu dinheiro;


- Possuir um mínimo de conhecimento sobre o mercado financeiro;


- Ter tempo para monitorar as alocações


Renda fixa ou variável?

Apesar da atratividade maior que o Tesouro Direto ganhou recentemente, o economista da Novinvest ainda acredita que a renda variável, neste momento, traz uma rentabilidade melhor para o investidor. "A diferença é que para aplicar em renda fixa não é necessário tanto estudo e conhecimento como para quem quer investir na bolsa de valores, por exemplo. Por isso, a procura, às vezes, pode ser maior, pela certa facilidade que é oferecida", apontou.